A última semana do mês de maio de 2017 foi marcada por tragédias relacionadas às intensas chuvas ocorridas nos estados de Alagoas e Pernambuco.
As fortes chuvas, que superaram 300 mm em 3 dias – valor superior ao esperado para todo o mês de maio – deixaram diversos danos nos dois estados, causando 8 mortes e mais de 40 mil pessoas desalojadas.
Segundo informações da Agencia Brasil mais de 50 municípios decretaram estado de emergência. Uma das áreas particularmente mais afetadas foi a região metropolitana de Maceió.
Estima-se que somente no município de Marechal Deodoro, mais de 5 mil pessoas tiveram que deixar suas residências em virtude da subida do nível das águas do rio Sumaúma, as quais superaram 2 metros de altura e afetaram principalmente os bairros Taperaguá, Barro Vermelho e parte do centro histórico da cidade. Por ter sido a primeira capital do estado de Alagoas, a cidade de Marechal Deodoro conta com dezenas de prédios históricos, o que faz o município ser tombado como patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN. Deste modo, além das perdas materiais, esta inundação também ocasionou imensuráveis perdas históricas-culturais ao nosso país.
As projeções realizadas por cientistas da área do Clima exibem um panorama de alterações climáticas, indicando que em um futuro próximo, tempestades como essas ocorrerão de forma mais frequente. Isto fará com que a ocorrência de episódios de inundações intensas seja cada vez mais comum.
Diante deste cenário, surge uma questão: como utilizar a geotecnologia para minimizar os impactos de chuvas extremas, atenuando as chances desses eventos se transformarem em tragédias?
Primeiramente, é importante destacar que de acordo com pesquisa divulgada pela ONU, cada U$1,00 investido na prevenção de desastres representa uma economia de U$7,00 com ações de remediação no pós-desastre. Ou seja, investimentos em PREVENÇÃO representam ECONOMIA ao município!
A utilização de soluções apoiadas em inteligência geográfica fornece importante suporte para situações como esta. A Imagem desenvolveu o Sistema de Gestão de Imagens de Satélite e Aéreas de Alta Resolução e Alta Disponibilidade para Defesa Civil – SGIHD-DC. Este sistema foi criado com o intuito de facilitar a atuação dos órgãos de Defesa Civil diante a ocorrência de desastres naturais visando minimizar prejuízos materiais e evitar perdas de vidas humanas. Uma das características do SGIHD-DC, é que este permite a realização de simulações de cenários de inundações de acordo com estimativas de chuvas com diferentes intensidades sobre a bacia hidrográfica em questão.
Neste exemplo, utilizamos o SGIHD-DC para simular as áreas inundadas pela subida do rio Sumaúma, na cidade de Marechal Deodoro. Percebam que é perfeitamente possível visualizar com eficácia quais são as áreas que serão ocupadas pelas águas, considerando chuvas de diferentes intensidades.
O sistema utiliza o que há de mais avançado em relação à geotecnologia para modelar o comportamento das águas dos rios. Deste modo, o produto apresenta grande eficácia na simulação de inundações em bacias hidrográficas de pequeno e médio porte, podendo ser adaptado conforme as necessidades do município em questão.
A utilização de geotecnologia para o monitoramento de inundações mostra-se extremamente eficaz para ações mitigatórias e preventivas, facilitando o planejamento de ações preparatórias e melhorando a eficiência das ações emergenciais. Com o SGIHD-DC é possível, por exemplo, delimitar a abrangência das manchas de inundações, possibilitando ao agente público definir quais estruturas urbanas poderão ser utilizadas como pontos de apoio emergencial.
barragem também pode causar inundação, nesse site de inspeções explica bastante bem técnicas de inspeção https://www.segurancadebarragens.com/