O impacto das mudanças climáticas e a ocorrência cada vez mais frequente de eventos naturais extremos, destacam com urgência a necessidade de rever as infraestruturas de transporte já implementadas. A mudança significativa dos padrões meteorológicos ao longo do último século tem gerado impactos notáveis no transporte, devido a inundações intensas, movimentações de terra, tempestades imprevisíveis e secas extensas.
O envelhecimento e desgaste das infraestruturas construídas em meados do século XX, tornam evidente a deterioração acelerada de obras de arte, visto as mudanças socioambientais. A integridade estrutural e eficiência de rodovias, pontes, portos e aeroportos construídos no passado distante, precisam de regulares avaliações para evitar acidentes, danos prolongados e interrupções significativas nas comunidades adjacentes.
Se examinarmos a linha do tempo dos transportes multimodais no Brasil, deparamo-nos com uma série de eventos que impulsionam a evolução do sistema de transporte multimodal no país. Este sistema, por sua vez, está constantemente sujeito a dinâmicas complexas, que envolvem não apenas as mudanças climáticas, mas também influências políticas, avanços tecnológicos e adaptações contínuas para atender às crescentes necessidades da sociedade.
Nesse cenário, o ArcGIS surge como uma ferramenta essencial para a promoção de transportes sustentáveis nos próximos anos, emergindo como um imperativo estratégico para a resiliência climática. Ao integrar diferentes dados geoespaciais, o ArcGIS oferece uma abordagem holística para o planejamento, gestão e monitoramento de ativos de transporte.
Este artigo explora como a implementação eficiente do ArcGIS nas operações e concessões logísticas não apenas otimiza a eficiência operacional, mas também contribui para a mitigação dos impactos ambientais, fortalecendo assim a resiliência do sistema de transporte diante dos desafios climáticos e eventos extremos.
ArcGIS para Programas de Conservação e Preservação Ambiental
Crucial para proteger ecossistemas sensíveis e áreas naturais próximas as operações de transporte multimodal, o ArcGIS é referência para criação de base de dados geoespacial com informações dos ativos já existentes, corpos hídricos, fauna, flora e informações geológicas.
A família de soluções Imagem | Esri disponibiliza ferramentas para o acompanhamento automatizado de imagens oriundas de fotogrametria e satélites, apontando inconsistências (invasões, queimadas, corte de vegetação) nas faixas de domínio e facilitando ações para evitar a degradação ambiental ou recuperação de áreas já degradadas.
ArcGIS para Monitoramento Ambiental
Monitoramento de equipes de preservação, operações de campo e integração com sensores para medir qualidade de recursos hídricos, qualidade do ar, solo, fauna e ativos. O ArcGIS é uma ferramenta intuitiva para criar mapas, gráficos e relatórios para conformidade regulatória e rastrear impactos e eventos naturais.
ArcGIS para Eficiência Energética e Redução de Emissões
Melhorar a eficiência energética de operações multimodais é fundamental para reduzir o consumo de combustíveis fósseis e as emissões de gases poluentes.
O ArcGIS pode analisar e otimizar rotas considerando fatores topográficos, distância, tempo, restrições e necessidades operacionais de transporte, apontando rotas mais eficientes em termos de consumo de combustível. Através da análise geoespacial, é possível encontrar rotas que minimizem desnivelamentos, evitem áreas de tráfego intenso e otimizem o uso da infraestrutura existente.
Com ArcGIS também podemos prever possíveis congestionamentos e tomar medidas para desviar o tráfego, evitando atrasos e economizando energia, afinal com a coordenação de vagões, barcos e aviões, é possível evitar paradas e desacelerações desnecessárias, reduzindo o consumo de combustível.
O ArcGIS pode ser utilizado para identificar áreas propícias para a instalação de fontes de energia renovável ao longo da concessão, como parques solares ou eólicos. Essa análise espacial pode ajudar a determinar a viabilidade dessas instalações, considerando fatores como a disponibilidade de recursos naturais e a proximidade da infraestrutura elétrica existente.
ArcGIS para Gestão de Resíduos
Com o ArcGIS é possível mapear locais de geração de resíduos, identificando-os ao longo da infraestrutura de toda a operação, como estações, pátios, oficinas, depósitos de material e outros pontos de atividade, apontar esses locais em um sistema geoespacial ajuda a ter uma visão abrangente dos pontos de geração de resíduos ao longo da concessão.
Após o mapeamento é possível classificar e categorizar os tipos de resíduos, alguns exemplos são: resíduos sólidos, resíduos líquidos, materiais recicláveis, resíduos perigosos. Após essa classificação, é possível codificar e rotular cada tipo de descarte conforme cada tipologia.
O ArcGIS é essencial para rastrear e monitorar a movimentação e descarte dos resíduos ao longo da concessão. Isso pode ser feito registrando informações sobre a quantidade de resíduos gerados, as rotas de transporte utilizadas, os pontos de coleta e os destinos finais dos resíduos. Neste caso a solução também suporta aplicativos de campo para monitorar as equipes e equipamentos que são responsáveis pelo descarte destes materiais.
Além disso é possível identificar pontos de coleta e destinação adequados, como contêineres, depósitos ou áreas designadas para armazenamento temporário. Mapeando esses pontos no ArcGIS e fornecendo informações detalhadas sobre os tipos de resíduos aceitos, os procedimentos de descarte e as diretrizes de segurança.
À medida que enfrentamos uma nova era socioambiental, a construção de infraestruturas resilientes, sustentáveis, descarte coerente e recuperação de degradação ambiental se tornou prioridade. O uso de tecnologias para a coleta e modelagem eficientes de dados, a priorização de ativos e estratégias de construção inovadoras são elementos-chave para enfrentar os desafios climáticos emergentes.
Investir agora em ArcGIS, prepara empresas de concessões e operações multimodais para um futuro logístico eficiente e sustentável para as comunidades globais.