A complexidade de gerenciar um território tão vasto e diversificado como o Brasil é um grande desafio. As particularidades geográfica e demográfica do país, com uma população grande, mas desigualmente distribuída, acrescentam dificuldades significativas na administração pública. As características físicas e culturais variadas da população e a vulnerabilidade são questões adicionais que complicam a governança efetiva.
As tragédias recentes em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Fortaleza são exemplos notáveis das consequências do crescimento urbano não planejado e das mudanças climáticas influenciadas pela ação humana. As fortes chuvas que resultam em enchentes, inundações e deslizamentos de terra são desafios recorrentes que as prefeituras precisam enfrentar, impactando milhares de pessoas.
De acordo com o Informativo Meteorológico nº 2/2024 do INMET, as regiões do Brasil com maior probabilidade de chuvas extremas em 2024 incluem:
- Região Norte, com pancadas de chuva que podem superar os 70 mm no Amazonas, Pará, Amapá e Tocantins;
- Região Nordeste, com chuvas em forma de pancadas em áreas do Maranhão, Piauí e noroeste da Bahia que podem ultrapassar os 50 mm;
- Regiões Centro-Oeste e Sudeste, com chuvas intensas, com volumes maiores que 60 mm, principalmente no centro-norte do Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Triângulo e Sul Mineiro;
- Região Sul, com temporais devido à atuação de um sistema de baixa pressão que favorecerá fortes instabilidades entre terça e quarta-feira em áreas do Rio Grande do Sul, podendo ultrapassar os 150 mm.
A solução para tais problemas envolve um esforço coordenado entre diferentes secretarias, empresas privadas e população, não apenas para resposta imediata aos desastres, mas também para a reconstrução subsequente. A falta de planejamento e a ausência de políticas públicas estruturadas em relação ao crescimento urbano são problemas centrais que precisam ser abordados.
Para combater eficazmente essas questões, uma abordagem preventiva, em vez de corretiva, é essencial. Os Sistemas de Informações Geográficas (SIG) surgem como uma ferramenta valiosa nesse contexto. A plataforma ArcGIS com sua capacidade de integrar e analisar grandes volumes de dados geoespaciais, possibilita uma compreensão mais profunda dos padrões climáticos e dos riscos associados e oferece uma visão detalhada e em tempo real dessas situações, possibilitando ações mais informadas e focadas. Esses sistemas podem armazenar e fornecer informações críticas, como índices de chuva, áreas de maior intensidade de precipitação, e locais de emergência, ajudando a prever e preparar respostas mais eficazes.
Mudar o foco para a gestão preventiva, utilizando a plataforma ArcGIS, pode melhorar significativamente a qualidade dos serviços públicos, garantindo segurança e moradia adequada aos cidadãos. Esta abordagem não apenas ajuda a mitigar os efeitos de desastres naturais, mas também fortalece a resiliência das comunidades urbanas diante das crescentes ameaças climáticas e ambientais.
É imperativo que os gestores públicos adotem essas ferramentas tecnológicas avançadas e façam uso inteligente de dados para antecipar e prevenir desastres. Ao implementar a geotecnologia para mapear áreas de risco, alertar e preparar a população sobre potenciais perigos e como agir em situação de alertas críticos, as prefeituras podem não só salvar vidas, mas também reduzir significativamente os custos associados às respostas a desastres.
Além disso, é crucial que haja um planejamento urbano mais eficiente e sustentável. O desenvolvimento urbano deve ser planejado considerando não só as necessidades atuais, mas também os potenciais riscos futuros e o impacto ambiental. A integração de políticas públicas estruturadas com tecnologia avançada, como os Sistemas de Informações Geográficas, pode levar a uma gestão mais eficiente e a um desenvolvimento mais sustentável.
À luz dos desafios impostos pelas mudanças climáticas e a necessidade de respostas ágeis e eficientes, a solução ArcGIS se destaca como a plataforma integradora ideal para a gestão de desastres naturais e climáticos. Essa ferramenta de inteligência geográfica oferece uma visão abrangente e detalhada das áreas de risco, permitindo aos governos não apenas responder prontamente a emergências, mas também planejar e implementar medidas preventivas e eficazes.
Este é um momento crucial para as cidades brasileiras. Com o avanço da tecnologia e a crescente disponibilidade de dados, há uma oportunidade única de transformar a forma como as cidades são geridas, tornando-as mais seguras, resilientes e preparadas para enfrentar os desafios do século XXI.