Centro de Controle Operacional com Inteligência Geográfica

Guia para Gestão Eficiente de Operações Críticas

Leandro Coutinho

Analista De Marketing Produtos E Verticais

Antes até de entrar no assunto, vamos definir uma base de discussão.

Toda organização, grande ou pequena, pública ou privada sempre tem muito trabalho para:

  • Identificar com precisão, mitigar proativamente e responder rapidamente a eventos que afetam negativamente atividades operacionais críticas
  • Mapear riscos de curto e longo prazos, bem como desenvolver planos de contingência e segurança multidisciplinares para seus ativos

Toda organização precisa fazer isso porque, do contrário:

  • Paradas não programadas ocorrem e criam prejuízo operacional;
  • Operações complexas acontecem ao mesmo tempo e dificultam a gestão em tempo de execução;
  • Forças de trabalho espalhadas geograficamente e no organograma da empresa ficam desconectadas, tornando o entendimento completo da situação dos ativos quase impossível.

Esses incômodos são recorrentes. Difíceis de resolver, mas muito fáceis de exemplificar. Façamos um exercício. Se você trabalha em uma empresa de O&G, Imagine:

  • Qual informação você tem acesso para fazer o seu trabalho?
  • Existe algum dado que você não tem acesso, mas que gostaria de ter?
    • Pense nas suas necessidades operacionais…
      • Dados climáticos, socioambientais, segurança patrimonial, investimentos, riscos geotécnicos, dados de produção, histórico de inspeção, manutenção ou falhas?
  • Existe um dado que você já tem acesso, mas a burocracia torna difícil chegar rapidamente até a última versão dessa informação?
  • O que aconteceria se você tivesse acesso a essa informação atualizada na forma que você precisa?

Repare que respondendo a essas perguntas, uma sequência de passos vem à mente, não é? E eu aposto que uma forma específica de unir e processar os dados também aparece.

E depois vem a visualização do resultado. Números e estatísticas. A apresentação de forma adequada, criando uma imagem que vale mais do que mil palavras.

É aqui que entra a definição de Centro de Controle Operacional – CCO: “uma instalação centralizada onde as operações críticas são monitoradas, coordenadas e controladas”. Um conceito comum em segurança patrimonial ou desastres ambientais.

Exemplos?

Exemplos de Centros de Controle Operacional

Veja o Centro de Operações Rio (COR) da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Figura 1 – Visão do Centro de Controle Operacional Rio da Prefeitura do Rio de Janeiro (link)

Notou as câmeras e os mapas? Nesse contexto, a identificação de cada risco operacional vem das câmeras. A localização delas se junta à dados de precipitação, densidade demográfica, infraestrutura da cidade, declividade e tantas outras que são visualizadas no mapa do centro da imagem (e em alguns monitores também!).

Cada informação tem uma origem distinta e é mantida por um grupo específico de analistas e, no painel, se integram para apoiar decisões.

Já a Transpetro tem o CNCL (Centro Nacional de Controle e Logística). Nesse caso, a orientação é feita por diagramas integrados a instrumentos de medição e sensores. Esses sensores, em tempo real, indicam status operacional de cada equipamento por meio de gráficos e indicadores.

Figura 2 – Visão da “Sala de Controle” por meio de visita virtual ao CNCL da Transpetro (link)

OK!

Agora que eu consegui mostrar sobre o que estamos falando, vamos voltar ao título “Centro de Controle Operacional com Inteligência Geográfica”.

Se você conhece as soluções ArcGIS, isso não é novo para você. Mas, a abordagem para o tema pode ser inovadora.

Mas, se você não conhece e está à procura de soluções para projetos de transformação digital, business intelligence ou eficiência operacional, considere os próximos tópicos.

Soluções ArcGIS para Centro de Controle Operacional com Inteligência Geográfica

Através das soluções ArcGIS é possível construir um ambiente verdadeiramente corporativo, integrando todos os tipos de informações em uma base única para visualização de dados, análise espacial, comunicação e compartilhamento de relatórios.

Dentre as vantagens de trabalhar dessa forma, estão:

  • Coleta de dados em tempo real.
  • Análise espacial de proximidade, como “O quão perto dos meus ativos este incidente está?
  • Análise espacial de tendência, como “Quais localidades têm sido impactadas por um problema operacional específico nos últimos dias ou horas?
  • Consulta a dados internos e externos, estruturados ou não-estruturados, integrados em um único sistema, incluindo big data.
  • Interoperabilidade com dados de diversas fontes, fazendo integração de sistemas internos, serviços climatológicos, dados ambientais, socioeconômicos ou mesmo serviços de câmeras CCTV.
  • Compartilhamento e colaboração de resultados via web, de forma dinâmica e interativa.

Não é o tipo de coisa que tornaria os seus fluxos de trabalho mais eficientes?

Lembrou daquela informação que você não tem ou tem dificuldade de obter?

Reparou que é possível juntar os pontos positivos do “Centro de Operações Rio” (câmeras e mapas) com os do “Centro Nacional de Controle e Logística” (Diagramas e sensores) em um único CCO?

Esse fluxo de trabalho atende a todos os aspectos importantes para empresas de O&G:

“Entender rapidamente o que e onde está realmente acontecendo algo crítico nos seus ativos (e não parte do que está acontecendo), respondendo rapidamente com soluções de mitigação de problemas e otimização de processos”

E como isso se manifesta na forma de um Centro de Controle Operacional com Inteligência Geográfica? Quais perguntas podem ser respondidas dessa forma?

  • Exemplo de tipos de análise espacial:
    • Onde e quando aconteceram últimos incidentes?
    • Eles coincidem com os locais onde foram feitas as últimas inspeções ou manutenções? Quais foram os prestadores desses serviços?
    • Algum deles aconteceu próximo de áreas protegidas ou de alta densidade demográfica?
    • Existem dados de sensores (temperatura, fluxo, câmeras CCTV) disponíveis na região?
  • Exemplo de tipos de notificações (e-mail, aplicativo de mensagem, painel de monitoramento etc.):
    • Entrada de pessoas não autorizadas em ambiente crítico;
    • Localização, código e histórico de medições de um sensor com interrupção de serviço ou leitura fora do intervalo determinado.
  • Formas de Visualização:
  • Painel de gestão de ativos munido de mapas e indicadores definidos por regras de negócio;
  • Aplicativo móvel online ou offline para captura de informação e navegação em campo.

Toda essa arquitetura é baseada no conceito de aplicativo web, permitindo a visualização de dados em qualquer lugar e por qualquer pessoa, desde executivos até usuários finais. Com acesso baseado em níveis de segurança e suporte a todos os tipos de colaboração e compartilhamento.

Por conta da flexibilidade das soluções ArcGIS, é possível atender a diversos casos de uso, como:

  • Monitoramento de ativos;
  • Resposta à incidentes (Common Operation Picture – COP);
  • Gestão de risco operacional;
  • Segurança e meio ambiente.

Essas visões específicas podem permanecer em um Centro de Controle único ou gerar novas visões, utilizando os mesmos dados, mas com interpretações, estatísticas e indicadores especializados.

Figura 3 – Exemplo de painel voltado para simulação de incidentes

Figura 4 – Exemplo de painel voltado para monitoramento de colaboradoresNo próximo artigo, vamos detalhar em nível mais prático a visão de centro de controle operacional em casos de uso voltados à energia renovável, mas que podem ser aplicados ao contexto de qualquer operação crítica.

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Conteúdo muito rico e aplicável em todas as indústrias..

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