A colaboração entre o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo e a Imagem Geosistemas na recente operação de socorro no Rio Grande do Sul é um exemplo real de como a tecnologia GIS pode ser aplicada em emergências para salvar vidas e otimizar recursos.
Com o uso do ArcGIS, uma plataforma de inteligência geográfica, a resposta a desastres se torna mais coordenada e eficiente. Neste artigo, vamos explorar essa parceria, destacando como as ferramentas de geoprocessamento foram fundamentais no sucesso da operação no RS e em outros desastres recentes no Brasil e no mundo.
Conversando com o Especialista: Capitão Mininel
O Capitão João Rafael Mininel Gonçalves, do Corpo de Bombeiros de São Paulo, possui uma vasta experiência em operações de resgate, tendo participado de missões em Brumadinho, Ilhéus, Petrópolis, e até internacionalmente na Turquia.
Sua expertise foi fundamental na integração das tecnologias de geoprocessamento durante as operações de resgate no Rio Grande do Sul.
Implementação do ArcGIS
A parceria com a Imagem Geosistemas permitiu ao Corpo de Bombeiros acessar ferramentas avançadas do ArcGIS, facilitando a coleta e gestão de dados em tempo real.
Essas ferramentas possibilitaram a criação de painéis de controle (dashboards, como o da imagem acima) que forneceram informações meteorológicas críticas, ajudando na tomada de decisões rápidas e precisas.
Benefícios do Uso do Geoprocessamento
Coordenação e eficiência nos resgates
O uso do ArcGIS permitiu uma visão clara das áreas afetadas e das necessidades específicas de cada local. Isso é fundamental em operações de resgate onde o tempo é um fator crítico.
As equipes puderam ser direcionadas com precisão para as áreas mais necessitadas, evitando retrabalho e garantindo que os recursos fossem utilizados da forma mais eficiente possível.
Monitoramento em Tempo Real
A capacidade de monitorar a situação em tempo real através de dashboards interativos foi um dos principais benefícios. Informações sobre setorização, operações, organização, logística, meteorologia e área afetada puderam ser atualizadas constantemente, proporcionando uma resposta mais dinâmica e adaptável às condições em mudança.
Padronização Internacional
Durante a missão na Turquia, o Capitão Mininel destacou a importância de uma linguagem comum em geoprocessamento.
Equipes de resgate de diversos países conseguiram se integrar rapidamente graças ao uso do ArcGIS, que é uma referência global em sistemas de informações geográficas (GIS).
Depoimento do Capitão Mininel
Para fornecer uma perspectiva mais detalhada sobre a parceria e o uso do ArcGIS, compartilhamos abaixo alguns trechos da entrevista com o Capitão Mininel do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo:
Ricardo Cruz e Guerra – Imagem: Capitão, poderia contextualizar o tipo de serviço que vocês prestam nessas situações de emergência?
Capitão Mininel: Sim, nosso Corpo de Bombeiros é responsável pela coordenação e atendimento às emergências e desastres no estado de São Paulo. Desenvolvemos uma capacidade operacional e logística robusta para responder a essas situações. Em eventos como o rompimento da barragem em Brumadinho e as enchentes no Rio Grande do Sul, aplicamos nossa experiência e recursos para oferecer apoio eficiente.
Ricardo Cruz e Guerra – Imagem: Como a parceria com a Imagem Geosistemas e o uso do ArcGIS impactaram as operações no Rio Grande do Sul?
Capitão Mininel: A parceria com a Imagem Geosistemas foi fundamental. Utilizamos ferramentas avançadas do ArcGIS para monitorar e gerenciar as operações em tempo real. A capacidade de visualizar dados meteorológicos e geográficos em um painel integrado facilitou a tomada de decisões e a coordenação das equipes de resgate.Ricardo Cruz e Guerra – Imagem: Qual foi a principal vantagem do uso do ArcGIS em comparação com métodos tradicionais?
Capitão Mininel: A principal vantagem é a capacidade de enxergar a demanda e os recursos disponíveis de forma clara e eficiente. Sem o suporte dessas ferramentas, a coordenação seria muito mais difícil, com maior risco de retrabalho e ineficiência. O ArcGIS nos permitiu priorizar áreas críticas e garantir que os recursos fossem utilizados de maneira mais eficaz.Ricardo Cruz e Guerra – Imagem: Quais são os desafios de coordenar uma operação de resgate em um cenário sem o uso de tecnologias GIS?
Capitão Mininel: Coordenar uma operação de resgate sem tecnologias GIS é extremamente desafiador. Sem uma visão clara das áreas afetadas e das necessidades específicas, a alocação de recursos se torna menos precisa. O risco de retrabalho aumenta significativamente, pois é difícil evitar a sobreposição de esforços em áreas já cobertas. Além disso, a comunicação entre equipes pode ser fragmentada, dificultando a coordenação geral da operação.Ricardo Cruz e Guerra – Imagem: Como você vê o futuro das tecnologias de resgate, especialmente com a integração de drones e inteligência artificial?
Capitão Mininel: O futuro das tecnologias de resgate é promissor com a integração de drones e inteligência artificial. Os drones oferecem uma capacidade única de avaliação rápida e precisa do cenário, permitindo identificar áreas críticas de maneira mais eficiente. A inteligência artificial, por sua vez, pode analisar grandes volumes de dados em tempo real, ajudando a priorizar as ações de resgate e alocação de recursos. Essas tecnologias, quando combinadas com ferramentas GIS, têm o potencial de revolucionar a resposta a desastres, tornando-a mais eficaz e coordenada.
Escute um trecho da entrevista em áudio: Entrevista com o Capitão Mininel
Uma parceria para salvar vidas
A parceria entre o Corpo de Bombeiros de São Paulo e a Imagem Geosistemas exemplifica como a tecnologia pode transformar a resposta a desastres.
O uso do ArcGIS não apenas melhorou a eficiência das operações de resgate no Rio Grande do Sul, mas também estabeleceu um padrão para futuras intervenções.
Com a contínua evolução das tecnologias de geoprocessamento e inteligência artificial, o futuro das operações de emergência promete ser ainda mais inovador e eficaz.
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