No dia 15 de fevereiro de 2013, o Sol mal havia começado a nascer no sudeste da Rússia quando uma bola de luz brilhante iluminou o céu.
Um meteoro de 10.000 toneladas, viajando a 69.000 km/h, cruzou o horizonte antes de explodir sobre o Oblast de Chelyabinsk.
A explosão teve uma energia de impacto medida em 440 quilotons. (Cada quiloton [kt] equivale a 1.000 toneladas de TNT.)
Essa explosão liberou 30 vezes mais energia do que a bomba atômica detonada sobre Hiroshima em 1945.
Apesar de o meteoro ter explodido bem acima do solo, a onda de choque indireta causou quase 1.500 ferimentos graves e danificou mais de 7.000 edifícios em seis cidades.
O meteoro de Chelyabinsk é um dos 1.008 meteoros extremamente brilhantes — conhecidos como bólidos — registrados por sensores operados pelo governo dos Estados Unidos entre 1988 e 2025.
Cada um desses bólidos está representado no mapa acima.
Sensores baseados em solo e no espaço detectaram bólidos entrando na atmosfera sobre todos os continentes e oceanos da Terra.
A maioria dos registros apresenta energia de impacto relativamente baixa (abaixo de 1 kt), embora cerca de uma dúzia ultrapasse os 10 kt.
O meteoro de Chelyabinsk é o maior do banco de dados — e o maior meteoro conhecido a entrar na atmosfera terrestre desde o evento de Tunguska em 1908.
O meteoro de Tunguska foi significativamente mais poderoso, com uma energia de impacto estimada em quase 70 vezes a do meteoro de Chelyabinsk.
Fogo no Céu
Meteoros Brilhantes Registrados por Sensores do Governo dos EUA (1988–2025)

Meteoros e bólidos entram frequentemente na atmosfera da Terra.
A maioria deles se desintegra inofensivamente no céu — ainda que muitas vezes ofereçam um espetáculo impressionante.
Quem tem a sorte de presenciar essas “estrelas cadentes” pode vê-las brilhar em tons de vermelho-alaranjado, azul ou até verde, dependendo dos elementos químicos que contêm.
Recentemente, um meteorito foi até registrado por uma câmera de segurança doméstica ao cair durante o dia.
Sejam vistos de dia ou à noite, os meteoros — e os asteroides que os originam — são elementos normais do nosso ambiente celeste.
E mesmo que não tenhamos a sorte de ver um pessoalmente, os dados que eles deixam ajudam os cientistas a aprender mais sobre essas grandes bolas de fogo.
Confira o vídeo da animação:

Conteúdo adaptado do original de Joshua Stevens.