No setor de saneamento, a combinação entre infraestrutura eficiente, boa gestão comercial e tomada de decisão baseada em dados é essencial para garantir resultados sustentáveis.
Essa lógica é especialmente válida para operadores, que precisam expandir receita, reduzir desperdícios e direcionar corretamente os investimentos — tudo isso com agilidade e rastreabilidade.
Apesar dos avanços em sistemas operacionais e redes inteligentes, muitos desafios ainda começam no básico como a qualidade da base cadastral.
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Garantir participaçãoE é justamente nesse ponto que entra a inteligência territorial, utilizando o ArcGIS Business Analyst como uma das principais ferramentas para integrar informações do território com o dia a dia da operação.
A importância da base cadastral comercial e os sinais do problema
A base comercial é o espelho do que está acontecendo no campo: número de ligações, tipo de cliente, volume consumido, perfil tarifário.
Quando essa base está incompleta, desatualizada ou incoerente com a realidade socioeconômica da região, a empresa perde faturamento, atua de forma reativa e, pior ainda, direciona mal seus recursos.
Entre os sinais mais comuns desses problemas, estão:
- Subfaturamento em áreas com alto consumo estimado;
- Fraudes e ligações clandestinas em bairros economicamente ativos;
- Categoria tarifária incorreta (ex.: comércio registrado como residencial);
- Investimentos mal alocados, sem retorno proporcional.
De onde vem os dados do Business Analyst?
No Brasil, os dados socioeconômicos do Business Analyst são fornecidos pela Michael Bauer Research (MBR), referência internacional em modelagem estatística e análise de mercado.
A MBR integra diferentes fontes: registros administrativos, pesquisas de consumo, dados públicos — como os produzidos pelo IBGE — e modelagens próprias que permitem gerar projeções atualizadas.
Isso significa que, além de aproveitar informações oficiais, a base do Business Analyst amplia o alcance e o nível de detalhe das análises, oferecendo estimativas atuais e consistentes, fundamentais para apoiar decisões estratégicas, mesmo em locais onde os levantamentos censitários ainda não refletem a realidade mais recente.
Como o analista GIS se beneficia na prática?
O ArcGIS Business Analyst, extensão do ArcGIS Pro, permite justamente o que o analista GIS mais precisa: enriquecer sua base com dados confiáveis sobre quem vive no território.
A ferramenta oferece acesso a indicadores de:
- População total e domicílios;
- Renda média e poder de compra;
- Gastos por categoria (alimentação, manutenção, serviços etc.);
- Densidade populacional, segmentação por faixa etária ou perfil familiar.
Tudo isso pode ser cruzado com camadas da operação, como cadastro de clientes, redes ativas ou histórico de consumo, permitindo análises como:
Exemplo prático:
Um bairro com 5.000 domicílios estimados, renda média de R$ 6.000 e consumo previsto elevado apresenta apenas 3.200 ligações cadastradas e faturamento abaixo da média regional.
A análise indica potencial subcadastramento, fraudes ou inconsistência na medição, pontos que justificam ações específicas, com alto retorno financeiro.
Para quem está na linha de frente com ferramentas como o ArcGIS Pro, a extensão do Business Analyst representa praticidade e profundidade analítica em um só lugar.
Entre os principais benefícios estão:
- Interface nativa, sem necessidade de integrações externas;
- Dados organizados por categorias temáticas (população, renda, consumo, perfil familiar etc.);
- Ferramentas como “Enrich Layer” e “Smart Map Search” para enriquecer, comparar e classificar áreas com poucos cliques;
- Geração direta de infográficos, dashboards e relatórios executivos.
Além do ArcGIS Pro, o Business Analyst também está disponível na versão Business Analyst Web App, acessível por meio do ArcGIS Online e do ArcGIS Enterprise.
Isso significa que analistas, equipes comerciais e gestores podem consumir essas informações de qualquer lugar, com visualizações simplificadas e relatórios prontos para tomada de decisão — sem depender de uma instalação desktop.
Outro ponto importante: com uma licença de tipo Creator, o Business Analyst Web App já está habilitado por padrão, facilitando o acesso às análises diretamente na nuvem, sem configurações complexas.
Essa flexibilidade amplia o alcance da análise territorial, permitindo que diferentes áreas da empresa, não apenas o time GIS, se beneficiem da inteligência gerada pela ferramenta.
Isso permite que o GIS vá além do mapa e se torne uma ferramenta de análise estratégica, de uso simples e impacto direto.
Casos de uso: como isso se traduz em ganho para o negócio?
Aqui estão alguns cenários concretos onde o Business Analyst pode transformar a forma como a empresa toma decisões:
1. Qualidade cadastral e combate a perdas
Cruzando dados de domicílios estimados com a base de clientes, é possível localizar áreas com subcadastramento ou fraudes.
Se a estimativa populacional e de renda é alta, mas o número de ligações é baixo, algo precisa ser investigado.
2. Captação de grandes consumidores
Bairros com perfil comercial ou industrial podem estar sendo faturados como residenciais.
Identificar essas regiões com base em características demográficas e econômicas ajuda na recategorização e revisão tarifária.
3. Planejamento de expansão
O crescimento populacional e adensamento urbano pode indicar necessidade de ampliação de redes, com base em análises como “Total de domicílios x Infraestrutura existente”.
4. Análise de inadimplência por perfil
Com dados de ticket médio, consumo e faixa de renda, é possível segmentar regiões por risco de inadimplência e pensar em ações proativas: parcelamentos, canais digitais, campanhas personalizadas.
Onde mais aplicar a extensão Business Analyst?
Embora o artigo tenha se concentrado no uso da ferramenta voltado à base de clientes e faturamento, sua aplicação também se estende ao apoio de decisões em:
- Novos empreendimentos: avaliação de viabilidade em bairros recém-urbanizados;
- Operação e manutenção: priorização de obras com base no retorno esperado;
- Interlocução com órgãos reguladores: uso de dados confiáveis e atualizados em revisões tarifárias ou metas de universalização.
Conclusão: um GIS que entrega valor para o negócio
O ArcGIS Business Analyst amplia o papel do GIS no saneamento: deixa de ser um suporte técnico e passa a ser uma ferramenta estratégica.
Ele permite que os dados do território deixem de ser apenas números — e passem a ser indicadores para orientar equipes, fiscalizações, investimentos e decisões corporativas.
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