5 etapas de prevenção e combate a incêndios com ArcGIS

Da predição à avaliação de danos: como o ArcGIS auxilia no combate a incêndios.

Ana Sofia Gutierrez

Especialista de Marketing do Agronegócio

A prevenção e combate a incêndios é uma questão extremamente importante para a segurança das pessoas e do patrimônio. A ideia de trabalhar com o monitoramento antes do incêndio efetivamente acontecer, garante que se trabalhe com exatidão e rapidez na hora que pegar fogo, promovendo assim maior assertividade no combate ao incêndio. Para garantir que o monitoramento de todo o processo seja realizado de forma hábil, é necessário que algumas etapas de mapeamento e monitoramento do risco sejam executadas para que se possa planejar e combater o incêndio de forma eficiente. Confira abaixo como o GIS se torna uma ferramenta essencial neste processo:

  1. Mapeamento do Risco

Através de modelos inteligentes e o uso de dados integrados no sistema ArcGIS podemos criar análises automatizadas e monitorar os riscos utilizando múltiplas estratégias, para garantir a confiabilidade da informação. A modelagem de risco ocorre em duas etapas, a primeira delas é por meio do modelo de Multicritério que utiliza dados de declividade, NDVI modificado, infraestrutura, intensidade do vento, Índice de Nesterov, entre outros índices e determina as condições de riscos para ignição de novos incêndios, e agora contando com o resultado da etapa anterior juntamente com os dados históricos de incêndios, além de dados meteorológicos dos últimos dias, é possível modelar a segunda etapa via Machine Learning. Neste último, o nível de acurácia é maior e mais assertivo. O resultado pode ser controlado por Dashboards e a propriedade segmentada por classe de risco de incêndio: baixo, médio ou alto risco de incêndio.

 

Painel de Mapeamento de Risco – ArcGIS Experience Builder
  1. Monitoramento do Risco

O monitoramento do risco consiste na utilização da base de mapeamento de risco e consulta aos dados em tempo real do satélite termal MODIS, que foi acessado diretamente da coletânea ArcGIS Living Atlas of the World, sem a necessidade de realizar download dos dados. Os produtos de anomalias térmicas do MODIS incluem diversos parâmetros relacionadas à queima de biomassa. A estratégia utilizada para identificar focos de incêndio se baseia em um algoritmo que detecta pontos de calor a partir de informações obtidas pelas bandas de infravermelho médio e infravermelho termal. Para evitar detecções falsas, é feita uma análise da temperatura do pixel em relação aos pixels adjacentes, bem como informações em diferentes canais e níveis de saturação do pixel. No vídeo abaixo, o dashboard de controle indica que do momento atual a dados históricos de uma semana, não existem focos de calor na área de interesse.

GIF 1 – Painel do Monitoramento do Risco – Dashboard dentro do ArcGIS Experience Builder

  1. Planejamento de Combate ao Incêndio

É de extrema importância que o combate ao incêndio seja eficaz e ágil na hora da emergência e o ponto crucial nesse momento é utilizar o planejamento logístico, pois, repassar a melhor rota para cada tipo de equipe, faz a diferença no combate. Ou seja, uma rota específica para brigadas de incêndio, carro tático, caminhão pipa e para captação de água. “Mas por onde começar?” A resposta é simples: Nosso esforço estará focado nas áreas classificadas por alto risco de incêndio, ou seja, em 12,1% da área de interesse.

A metodologia utilizada na roteirização foi o Vehicle Routing Problem (VRP) que tem como finalidade planejar rotas que possibilitem uma locomoção mais eficaz, em menos tempo e com o objetivo de diminuir custos operacionais. Neste caso, foram imputados como Orders dados de talhões localizados em locais com alto risco de incêndio, Depots os pontos outorgados para captação de água e localização das bases de brigada de incêndio e tipo de veículo e como Point Barriers alguns impedimentos nas vias identificados em campo como buracos e proibição de acesso direto a rodovias. Os resultados foram 3 opções de rotas e o requisito utilizado foi o menor trajeto para cada tipo de veículo.

Painel de Planejamento de Combate ao Incêndio – ArcGIS Experience Builder

Além da agilidade proporcionada pela roteirização no combate ao incêndio, podemos mencionar a melhora na organização dos colaboradores se adequando a jornada de trabalho dos motoristas e equipes de operação, evitando dessa forma, custos com hora extra, controle em tempo real da operação e maior aproveitamento dos recursos.

 Monitoramento do Incêndio

E quando pegar fogo, estamos mais que planejados internamente para combater o incêndio e é essencial que o monitoramento do combate ao fogo seja acompanhado por painéis de controle desde o escritório, pois serve como apoio estratégico para quaisquer eventualidades no campo. Por meio de aplicativos integrados, o supervisor da Brigada de Incêndio foi acionado e movimenta a equipe operacional de combate por meio de despachos de atividades no nível crítico de atendimento e, através do aplicativo Workforce, ele recebe uma notificação pelo celular; já para a localização do foco, visualização da base geográfica cadastral de maneira offline, rotas e localização em tempo real da operação, utilizou-se o Field Map e, por fim, para ganhar agilidade no registro e de forma prática, foi usado o QuickCapture, abaixo o fluxo das informações com exemplos das telas:

Fluxo de trabalho entre os aplicativos ArcGIS Workforce – Field Maps – QuickCapture

No vídeo abaixo, é possível acompanhar no painel a operação por completo, o trajeto do carro tático e caminhão pipa, em quanto tempo a brigada de incêndio levou entre o registro da ocorrência ao atendimento, tempo de deslocamento até o local e movimentação dos supervisores e equipe de combate registrando por meio de fotos a operação e repassando o nível de criticidade, neste momento, é possível realizar auditoria das operações para análise do tempo de ação de cada frente de trabalho. Neste mesmo local, é possível consultar as condições climáticas do local por meio de índices relevantes que contribuem para a extinção da ignição de calor através de link via comunicação API para avaliação de temperatura, vento, chuva e umidade relativa da área.

(GIF 5 – Nomear como Painel de combate a incêndio no ArcGIS Experience Builder)

  1. Avaliação da Área Queimada

O incêndio foi extinto, mas causou alguns prejuízos ambientais e econômicos, para isso, uma equipe especializada vai a campo e faz a investigação da causa do foco da combustão para geração do Relatório de Ocorrência de Incêndio e, preventivamente, se resguardar de possíveis crimes ambientais que acarretam em Autos de Infração causados por Queimadas e Uso do fogo irregular e, para isso, contamos com as informações cadastradas em campo, horário da ocorrência, alocação e movimentação da equipe e registros fotográficos. Este relatório pode ser gerado automaticamente utilizando ferramentas específicas do ArcGIS.

Para a avaliação do dano em campo do ativo, utilizou-se o aplicativo FieldMap e, no Dashboard abaixo, é possível verificar que as áreas mais afetadas foram aquelas que apresentaram maior concentração de registros de focos de incêndio conforme demonstrado pelo Mapa de Calor.

A partir do valor da área afetada, consegue-se estimar prejuízos econômicos em relação ao custo das operações já realizadas até essa idade do plantio, até a colheita e, por fim, projeção do dano em relação a não comercialização do produto final.

Painel de Avaliação da Área Queimada – Dashboard dentro do ArcGIS Experience Builder

Da prevenção ao combate, todas as etapas abordadas neste artigo se tornam essenciais quando se trata de um gerenciamento de combate ao fogo eficaz e ágil. Trabalhar preventivamente sob áreas com alto risco de incêndio orienta com assertividade as demais etapas de monitoramento do risco juntamente com a análise em tempo real por meio de satélites termais. Dessa forma, o planejamento de combate a incêndio dá embasamento quando efetivamente pegar fogo e, com urgência, combate eficientemente a queimada em campo. Destacamos também a importância do acompanhamento no escritório por meio de painéis de controle como suporte estratégico e, por fim, a análise e investigação da área queimada. Por isso, podemos afirmar que o GIS está presente do começo ao fim da solução seja através dos fluxos de trabalhos com aplicativos de campo, do monitoramento de ativos e colaboradores, da análise e predição de eventos ou do compartilhamento e colaboração de informações.

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