Anos atrás, executivos de negócios da bioenergia abraçaram com entusiasmo novas tecnologias corporativas, seduzidos pelas promessas de operações mais ágeis, equipes conectadas e redução de custos.
Para alguns, aquelas promessas se dissiparam em uma série de implementações caras e complexas.
Em uma das grandes regiões agrícolas do mundo, uma empresa de bioenergia contrariou as expectativas e concretizou aquela visão original — aumentando a segurança dos negócios e gerando economia com uma tecnologia corporativa chamada Sistema de Informações Geográficas (GIS).
Da lavoura à colheita: inteligência de localização impulsiona eficiência na bp bioenergy
Da aplicação de insumos à colheita e manutenção dos campos, a inteligência geográfica é hoje uma aliada fundamental na operação da bp bioenergy, uma das maiores empresas de bioenergia do Brasil.
A tecnologia garante mais segurança e economia em toda a cadeia produtiva.
Enquanto algumas dessas promessas iniciais acabaram se tornando implementações caras e complexas, a bp bioenergy conseguiu alcançar essa visão original — combinando eficiência e segurança com o uso estratégico do Sistema de Informações Geográficas (GIS).
A História dos Campos – Bioenergia e agrotecnologia
Há uma geração, a colheita da cana-de-açúcar no Brasil era feita manualmente, muitas vezes com o uso do fogo como técnica de manejo.
Hoje, cerca de 95% da colheita é mecanizada.
As colheitadeiras equipadas com tecnologia embarcada aumentam a produtividade e reduzem riscos à saúde dos trabalhadores e ao meio ambiente.
Essa evolução ajudou o Brasil a se consolidar como um dos maiores polos de agrotecnologia do mundo.
Para a bp bioenergy, um dos pilares da economia canavieira nacional, a inteligência de localização gerada por GIS é um verdadeiro motor de eficiência.
A tecnologia vem transformando processos, trazendo mais rapidez, segurança e controle às operações.
Buscando Novas Eficiências
A empresa administra milhares de hectares de terras cultiváveis e, por safra, pode produzir até 1,7 milhão de toneladas de açúcar, 1,7 milhão de litros de etanol e 1.400 GWh de eletricidade.
Atuando em cinco estados brasileiros com 11 unidades agroindustriais, a bp bioenergy usa o GIS para encontrar oportunidades de melhoria em grande escala.
“Somos uma empresa que opera em larga escala. Precisamos continuar inovando e otimizando processos e custos para manter a eficiência — um fator essencial para nossa sustentabilidade”, explica Miguel Prieto, coordenador de GIS da bp bioenergy.
Como a Inteligência Geográfica Transformou a Agricultura em Larga Escala
Hoje, a empresa opera com 23 aplicações distintas baseadas em GIS.
A cultura de inovação começou com um desafio proposto entre dois colegas.
Carlos Mondio, coordenador de controles agroindustriais e funcionário há 16 anos, é responsável pela unidade de Moema, uma das maiores da empresa.
Ele também cuida dos pagamentos de fornecedores responsáveis por tratamentos nos canaviais.
Antes, a bp bioenergy confiava nos próprios contratados para relatar a execução dos serviços.
Com o crescimento da operação, surgiu a necessidade de um sistema centralizado que reduzisse custos e aumentasse a transparência no processo.
Mondio perguntou a Prieto se seria possível desenvolver uma forma mais eficaz de validar os serviços terceirizados.
“Como eu poderia recusar um desafio desses?”, lembra Prieto.
A partir de dados de sensores embarcados em tratores e aviões, foi possível rastrear as rotas dos equipamentos e validar a execução dos serviços.
O ganho em confiabilidade e rastreabilidade proporcionado pela inteligência de localização resultou em uma redução de 7% nos custos operacionais.
“O GIS é a prova concreta do que realmente aconteceu no campo.”
— Carlos Mondio, bp bioenergy
Agricultura de Alta Precisão, Guiada por GIS
Pouco tempo depois, um novo desafio chegou até Prieto: otimizar a colheita — o coração da operação.
Com o apoio do GIS, a empresa passou a:
- Realizar colheitas com menos equipamentos
- Reduzir o consumo de combustível
- Verificar e rastrear serviços de terceiros
- Mapear milhares de quilômetros de estradas privadas
- Agilizar o atendimento de ambulâncias em incidentes
- Direcionar técnicos a equipamentos para manutenção
- Atualizar geometrias dos talhões diariamente
- Certificar programas de sustentabilidade
- Automatizar a busca por novas propriedades
O processo de colheita envolve um fluxo contínuo: uma colheitadeira corta a cana e a transfere para um caminhão.
Quando esse caminhão se enche, é substituído por outro vazio, mantendo o ritmo da operação.
Com centenas de frentes de trabalho simultâneas, qualquer desvio no fluxo representa perdas.
Para Mário Salani Junior, gerente de mecanização, era hora de inovar.
Em menos de uma semana, Prieto desenvolveu um piloto usando GIS.
O sistema permitiu otimizar as rotas dos tratores, reduzir deslocamentos e melhorar os pontos de carregamento, tornando a colheita mais ágil e econômica.
“Com essa tecnologia, você consegue provar que está tomando as decisões corretas”, destaca Salani.
Desde 2019, os resultados são expressivos:
- O número de colheitadeiras caiu de 223 para 120
- A produtividade diária subiu de 580 para 985 toneladas
- O consumo de combustível e as emissões foram reduzidos
Demanda Crescente por Inteligência de Localização
Com o sucesso da tecnologia, novas aplicações surgiram em toda a empresa.
Por exemplo, o GIS agora orienta rotas de emergência em campo, reforçando a segurança dos trabalhadores.
Mais de 34 mil talhões de cana são atualizados quase diariamente, graças à automação dos mapas com geometria dinâmica.
Antes, essa atividade era feita manualmente, uma a uma.
Agora, os mapas digitais facilitam o planejamento e ajudam nas decisões estratégicas: desde o cálculo de insumos e pagamento de fornecedores, até a previsão de safra.
“Precisamos saber a área exata todos os dias — para pagar, planejar, estimar quanto vamos colher, comprar, plantar…”, explica Mondio.
Com o setor agrícola brasileiro em constante expansão, a bp bioenergy segue ampliando o uso do GIS para capturar ainda mais valor em suas operações.
Inteligência geográfica: muito além da visualização de mapas.
A inteligência geográfica, como aplicada neste caso, se transforma em um motor de eficiência operacional, reduzindo custos, otimizando decisões e garantindo segurança em larga escala.
Conteúdo adaptado do original de Geoff Wade da Esri.

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