8 exemplos reais de como o GIS pode auxiliar a sociedade no combate às mudanças climáticas

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As mudanças climáticas, que já são um desafio dessa geração, produzem outro problema que pode parecer intransponível: a desesperança.

Destacar os esforços e soluções de ação climática que estão em andamento – e mostrar progresso – pode ser uma solução viável.

Em 2022, foi realizado pela Esri um evento exclusivo de liderança sobre questões climáticas cruciais na Califórnia. A proposta foi destacar como a abordagem geográfica permite que os tomadores de decisão enfrentem a crise climática, incluindo, avaliação de vulnerabilidade e risco, investigação de opções, priorização e planejamento.

“As mudanças que estamos vendo são sem precedentes na história da civilização humana neste planeta. Mas há muito trabalho bom acontecendo.”

– Katharine Hayhoe cientista-chefe da The Nature Conservancy, organização internacional, sem fins lucrativos, líder na conservação da biodiversidade e do meio ambiente.

Muito desse bom trabalho é resultado da quantidade de dados baseados em localização que estão sendo coletados de satélites, sensores e pessoas no solo que são coletados e analisados com tecnologia de sistema de informação geográfica (SIG ou GIS). No GIS, os usuários executam modelos, exibem o progresso em painéis e disponibilizam dados e produtos de dados para quem quiser. Dados abertos e ciência aberta estão alimentando uma abordagem mais inclusiva e colaborativa para atender à urgência do momento.

Não estamos simplesmente plantando mais árvores; estamos plantando árvores onde elas beneficiarão mais pessoas e prosperarão.

Confira 8 exemplos do uso do GIS no suporte à comunidade:

1. Podemos identificar melhor onde existem necessidades para ter o maior e mais equitativo impacto na mitigação ambiental.

Os governos estão usando inteligência de localização para determinar onde direcionar investimentos.

O CalEnviroScreen 4.0, uma ferramenta de mapeamento ambiental da Califórnia, identifica e exibe comunidades que foram afetadas por danos ambientais, combinando 21 indicadores de população e características de poluição, da pobreza ao uso de pesticidas. As comunidades identificadas na ferramenta são então priorizadas no programa California Climate Investments, que já investiu US$ 11,4 bilhões em projetos destinados a promover a justiça ambiental e mitigar os efeitos climáticos.

“É vital entendermos as lacunas de dados e quem pode ficar de fora por causa delas, assim como obter feedback daqueles com a experiência vivida sendo mapeada. Governo aberto e dados abertos devem ser constantes” – Yana Garcia, secretária de proteção ambiental da Califórnia.

Nacionalmente, o portal Climate Mapping for Resilience and Adaptation (CMRA) da Casa Branca, produzido em colaboração com a Esri, explora as condições climáticas atuais e projetadas. Esses dados destacam os riscos climáticos onde vivemos e trabalhamos, ajudando as comunidades a se prepararem melhor. E eleva a equidade, uma métrica importante que pode tornar os lugares elegíveis para financiamento do governo para aumentar a resiliência.

2. Podemos ver os riscos que as cidades estão enfrentando usando dados de sensores e satélites para visualizar a vulnerabilidade e construir resiliência às ameaças.

A cidade de Praga está estudando quais áreas são mais propensas ao calor extremo e usando essas informações para decidir onde plantar árvores e grama e instalar superfícies de resfriamento.

O calor extremo está entre os efeitos mais mortais das mudanças climáticas, e as cidades usam GIS para examinar ilhas de calor e projetar medidas de mitigação para combater o aumento das temperaturas. Funcionários do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento de Praga estão medindo e monitorando as mudanças ambientais (incluindo temperatura, umidade e radiação solar no ar e no solo) e como os ajustes em edifícios e paisagens fazem a diferença.

Este mapa mostra as temperaturas da superfície em Praga durante uma recente onda de calor.

As análises incluem a visualização da quantidade de clorofila que as plantas emitem e o estudo da flutuação da temperatura superficial com o objetivo de reduzir o calor em áreas densamente povoadas da cidade. Tudo isso está ajudando Praga a planejar o agravamento das ondas de calor, projetando futuros desenvolvimentos adaptáveis que resistam melhor aos impactos ambientais.

3. Estamos usando inteligência de localização para . . .

• Evitar inundações usando sensores inteligentes para desviar o escoamento para onde há capacidade. A empresa Xylem tem usado sensores para monitorar os níveis e o fluxo de água durante tempestades, combinando dados de dispositivos com aprendizado de máquina para saber quais instalações de armazenamento de água estão cheias ou quais têm capacidade para absorver mais escoamento.

• Determinar quanta água está sendo usada para as plantações em meio a uma seca. Em um momento de seca extrema na Califórnia, a Land IQ monitora o uso de água e a área cultivada tanto para a indústria agrícola quanto para os reguladores governamentais, apresentando fatos apoiados pela ciência com dados coletados de satélites e medições no solo.

4. Não estamos apenas explorando o espaço, mas também observando de perto o que está acontecendo na Terra.

Uma frota de cerca de 20 missões científicas da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) orbita a Terra desde o início dos anos 2000. Os sensores a bordo desses satélites registram a condição em constante mudança dos ecossistemas e terras agrícolas, e o estado da criosfera (a parte da superfície da Terra onde a água está em forma sólida) para monitoramento do aumento do nível do mar.

Os dados fornecem informações contínuas para entrada em modelos SIG com objetivo de rastrear uma ampla gama de variáveis climáticas, bem como a perda de biodiversidade, de nível regional a global.

A NASA monitora a Terra, bem como outros planetas, para observar mudanças e mitigar impactos.

“Os satélites ficam de olho em partes do mundo que não foram observadas tão de perto antes” – Carmen Blackwood, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.

5. Não estamos simplesmente plantando mais árvores;

Estamos plantando árvores onde elas beneficiarão mais pessoas e prosperarão. É fundamental que as árvores sejam plantadas nas florestas certas, nos locais urbanos certos e no momento certo, disse Paul Cooper, diretor de informações da Arbor Day Foundation.

É aí que o GIS, incluindo mapas e painéis, ajudam a informar as pessoas onde existem ilhas de calor ou onde há falta de sombra. “Ser capaz de buscar seu bairro ou aquela floresta que você está interessado e ver onde esses impactos podem ser feitos de forma mais eficaz – é onde queremos plantar nossas árvores”, disse ele.

6. Estamos adotando uma abordagem baseada na natureza.

A Tribo Karuk, no norte da Califórnia, tem utilizado tecnologia geoespacial à medida que revive suas antigas práticas tradicionais de incêndios prescritos e queimadas culturais para não apenas suprimir incêndios potenciais, mas também eliminar perigos para casas e estradas e melhorar o fluxo de córregos – que podem, por sua vez, esfriar as temperaturas.

7. Estamos usando mapas para fazer escolhas mais sustentáveis sobre eletrodomésticos com alto consumo de energia.

O aquecimento do espaço e o uso doméstico de água quente são responsáveis por grande parte do uso de energia e emissões de carbono pelos 400.000 moradores da Autoridade de Habitação da Cidade de Nova York.

O órgão tem utilizado mapas para identificar áreas que precisam de melhorias, investindo em novas tecnologias que não sejam apenas eficientes, mas também acessíveis e que não diminuam a qualidade de vida do morador, como bombas de calor. É um elemento do que a vice-presidente sênior de sustentabilidade da agência, Vlada Kenniff, chamou de “caminho geográfico para a descarbonização”.

A Autoridade de Habitação da Cidade de Nova York aplica a ciência para tornar a habitação mais sustentável diante das mudanças climáticas.

8. Não estamos apenas respondendo a desastres;

Estamos equipando as comunidades para melhor suportá-las quando elas acontecem. Ferramentas como o Índice Nacional de Risco para Perigos Naturais da Agência Federal de Gestão de Emergências dos EUA (FEMA), um aplicativo de mapeamento on-line, ajudam a agência e o público a identificar onde os riscos podem ser desproporcionalmente maiores.

A ferramenta combina dados sobre 18 potenciais riscos naturais e ajuda as comunidades a considerar vulnerabilidades sociais. Ao saber quais são os riscos, as pessoas podem planejar melhor como tornar suas comunidades mais resilientes. A FEMA também lançou uma estratégia nacional de código de construção para incentivar a adoção de códigos de construção resistentes ao risco para estruturas novas e existentes.

Em cada um desses exemplos, a ação climática está se beneficiando de uma quantidade crescente de dados geográficos disponíveis ao nosso alcance como nunca antes, e o SIG está ajudando a entender isso.

Ou, como Katharine Hayhoe tão sucintamente colocou: “Quanto mais sabemos, mais decisões podemos tomar que são informadas pelo que já está acontecendo e pelo que esperamos que aconteça no futuro”.

Para conhecer soluções voltadas a monitoramento de risco e queimadas no agronegócio ou em cidades e governos, acesse aqui.

Conteúdo adaptado da editoria: Climate Action por Dawn Wright.

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