Desvendando o Poder da Geografia: O Guia Completo para Projetos de Carbono Bem-sucedidos

Drielle Salles de Oliveira

Analista De Marketing Produtos E Verticais

O que são Créditos de Carbono?

Conforme a publicação da revista Exame, os últimos 8 anos foram os mais quentes da história, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Esse fato comprova algo que tem sido discutido há pelo menos 3 décadas. No começo dos anos 90, os primeiros relatórios do IPCC apontavam que a mudança nos padrões climáticos (especialmente eventos extremos mais severos) eram um fato e que deveria ser controlada.

O aumento recente da temperatura global trouxe novamente à tona o termo “Créditos de Carbono“, tornando-o amplamente reconhecido, embora ainda pouco compreendido pelo público em geral.

O conceito Créditos de Carbono surgiu em 1997 a partir do Protocolo de Kyoto. Ele tem como objetivo a diminuição dos gases do efeito estufa (GEE), que, associados as mudanças climáticas causam grandes problemas ambientais. O nome “créditos de carbono” é uma proposta que considera o gás principal de emissões o gás carbônico (CO2), utilizado como parâmetro de medida para o qual todos os efeitos de outros GEE são equivalentes em alguma medida.

Cada tonelada de carbono que deixou de ser emitida na atmosfera gera um crédito de carbono. Quando um país consegue evitar a tonelada de gases emitidos na atmosfera ele recebe uma certificação emitida pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), podendo usar este crédito para comercializar com países que não alcançaram suas metas. (Fonte).

Esses créditos são obtidos por meio de diversas iniciativas e projetos que visam à mitigação e redução das emissões, como reflorestamento, produção de energia renovável, conservação, eficiência energética, entre outros.

Recentemente, foi aprovado a proposta que regulamenta o mercado de carbono no Brasil (PL 2148/15). O texto cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que estabelece tetos para emissões e um mercado de venda de títulos. (Fonte: Agência Câmara de Notícias)

A ideia do projeto é criar um limite de emissões de gases do efeito estufa para as empresas. Aquelas que mais poluem deverão compensar suas emissões com a compra de títulos. Já as que não atingiram o limite ganharão cotas a serem vendidas no mercado. (Fonte: Agência Câmara de Notícias).

Fluxograma com indústrias, investimentos, remoção/compensação de carbono e crédito de carbono

ArcGIS aplicado a demandas de créditos de carbono

 

Existem vários tipos de projetos de carbono, como geração de energia renovável, captura e queima de gases em aterros sanitários, projetos de conservação florestal, reflorestamento, desmatamento evitado ou recuperado, dentre outros.

Entretanto, para um projeto ser desenvolvido, certificado e transformado em Créditos, existe um processo que passa por uma série de análises e levantamento de dados espaciais para calcular históricos de emissões de uma determinada região e a projeção de recuperação de carbono pode ser evitado nestas regiões através de ações de mitigação e conservação.

Os projetos não contam apenas com iniciativas ambientais, mas também sociais, já é preciso fazer um forte trabalho social com comunidades e povos residentes nas regiões. É importante que as comunidades sejam envolvidas no projeto e que atuem nas ações de mitigação de riscos, em troca as empresas desenvolvedoras dos projetos realizam uma série de ações para desenvolvimento e sustento destas comunidades.

Quando falamos de projetos de conservação é uma verdadeira jornada que as empresas passam para sustentar cada projeto, passando pelas fases de prospecção de áreas adequadas para um projeto, seu desenvolvimento e depois seu monitoramento durante o tempo que o projeto estiver em atividade.

Vale lembrar que estes projetos são longos e que o controle e a identificação de ações e riscos de extrema importância para se manter a integridade dos dados e a rentabilidade da conversão das não emissões em créditos.

Em todas as de um projeto o ArcGIS se faz presente, e torna viável a execução considerando que são ações de complexidade considerável, nas quais a transparência, agilidade e capacidade no tratamento do dado faz toda diferença

O ambiente do ArcGIS com seus 3 pilares de sustentação (Sistema de Registro, Sistema de Engajamento e Sistema de Insights) tem todos os recursos necessários para tornar assertiva a jornada de uma empresa que visa executar ou administrar um projeto de carbono. Isso porque a Esri, empresa americana dona do ArcGIS, está no mercado internacional desde 1969, transformando dados em informações e informações em conhecimento acionável que capacita empresas e pessoas a tomarem decisões complexas com segurança e confiabilidade.

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