A integração entre GIS e BIM está rapidamente se tornando uma pedra angular na Gestão de Ativos, transformando modelos digitais em ferramentas poderosas para aprimorar as operações e otimizar o ciclo de vida de ativos.
O BIM (Building Information Modeling), originalmente desenvolvido para criar representações digitais de edifícios e estruturas, evoluiu com o passar dos anos para uma ferramenta avançada e multifuncional, que aponta todas as características físicas e financeiras de determinado ativo.
Quando geoespacializamos o BIM por meio do GIS, a capacidade de fornecer uma representação precisa é ampliada, visto que no GIS podemos trazer informações do entorno imediato e conectar esses ativos a outros fatores geoespacializados, como câmeras e sensores, permitindo uma compreensão mais profunda do contexto geográfico em que os ativos estão inseridos.
Essa convergência não apenas oferece um controle mais eficaz dos processos, mas também eleva a entrega de serviços a um novo patamar, proporcionando uma série de benefícios financeiros e de gerenciamento de dados.
Gerenciamento de dados eficiente com GIS e BIM
Tradicionalmente a gestão de ativos envolve montanhas papéis e informações em Excel descentralizadas, dificultando o acompanhamento, manutenção e otimização desses ativos.
Um dos principais benefícios desse casamento GIS e BIM, é a melhoria no gerenciamento dessas informações, afinal, no GIS, é possível amarrar um ativo BIM a determinado documento ou planilha com ordens de serviço e informações de fornecedores, no qual resulta em uma visão holística dos ativos, facilitando o planejamento, evitando gastos em reparos de última hora com manutenções preventivas organizadas.
Aprimoramento da qualidade da entrega de serviços
GIS e BIM também aprimoram significativamente a qualidade da entrega de serviços das equipes de manutenção e operação dos ativos. A capacidade de visualizar dados em um contexto geográfico facilita a identificação de pontos de acesso, rotas, áreas autorizadas e áreas de intervenção, melhorando a eficiência operacional.
Vamos imaginar um cenário fictício: por exemplo um maquinário que está no ponto 1 e precisa ir ao ponto 2.
Se for em um ambiente outdoor, o ArcGIS consegue tranquilamente proporcionar a melhor rota de acordo com fatores topográficos e logísticos, mas pensando em ambiente indoor, o cenário de análise pode ser outro. A tridimensão impacta diretamente no resultado da rota, exemplo: altura do maquinário x pé-direito (altura) do local de armazenamento ou trajeto desse equipamento.
Isso é crucial em setores como infraestrutura e indústrias, onde a localização geográfica interna desempenha um papel fundamental na locomoção de ativos.
Aprimoramento dos dados ao longo do ciclo de vida
Outro aspecto impactante desta fusão GIS e BIM, é o aprimoramento dos dados ao longo do ciclo de vida do ativo. Desde a fase de projeto, construção até a operação e manutenção, a combinação dessas tecnologias permite coletar, analisar e interpretar eficientemente os dados.
O ArcGIS possuí vários aplicativos que podem ser utilizados para preencher informações durante as fases de obra e manutenção, dessa forma, é possível consolidar uma base de informações históricas e rastreáveis. Fazer análises preditivas em cima desses dados também é uma possibilidade, no qual historicamente você consegue prever tempo de obra ou tempo de manutenção de determinado ativo.
Também é vantajoso economicamente, afinal, a precisão na representação digital dos ativos reduz os riscos de erros durante a construção e operação, economizando recursos financeiros que poderiam ser direcionados para correções onerosas. Além disso, a melhoria na eficiência operacional resultante da integração pode levar a economias substanciais ao longo do tempo, otimizando o desempenho dos ativos e minimizando custos de manutenção.
A integração de GIS e BIM como uma estratégia fundamental para a gestão de ativos
Em resumo, a integração do BIM e GIS na Gestão de Ativos representa uma evolução significativa na forma como os ativos são concebidos, construídos, operados e mantidos, sendo uma das tecnologias promissoras na Engenharia do futuro.
Os benefícios tangíveis em termos de controle operacional, eficiência financeira e gestão de dados posicionam essa abordagem como uma estratégia fundamental para organizações que buscam otimizar e melhorar o desempenho de seus ativos e equipes em um mundo cada vez mais digital e geoespacial.