Quando, afinal, fica ultrapassado acompanhar cada movimento em uma disputa comercial global?
Para executivos que lidam com cadeias de suprimentos internacionais, a resposta é simples:
nunca.
O cenário é complexo demais — tarifas mudam de uma semana para outra, alianças comerciais se reconfiguram, regulações surgem de forma inesperada.
E líderes que não acompanham o ritmo correm o risco de comprometer estratégias inteiras.
Hoje, diante de novas tensões no comércio mundial, muitas empresas enfrentam um dilema: agir sem clareza e errar, ou hesitar e perder competitividade.
Mas executivos mais preparados se apoiam em um recurso silencioso e poderoso: um mapa corporativo que mostra onde a empresa opera e como pode se adaptar às novas realidades comerciais.

Buscando Clareza em um Cenário Turbulento de Comércio Exterior
No “embaralhamento” comercial de 2025, as ondas de mudanças chegam rápido:
- Empresas suíças acordaram com a possibilidade de tarifas de 39%.
- Autoridades da União Europeia adiaram tarifas retaliatórias sobre produtos dos EUA por seis meses.
- Nos EUA, líderes corporativos perguntam: “O que vai mudar na semana que vem?”
É um cenário de volatilidade tão alta que, se houvesse um “VIX do comércio global”, ele estaria disparado.
E diante de dados fragmentados — planilhas, manchetes, relatórios — é fácil se perder.
Mas existe um antídoto: dashboard geográficos.
Ao mapear fornecedores, rotas de produção, tarifas aplicáveis e risco por região, executivos conseguem visualizar em segundos:
- onde buscar matérias-primas;
- quais parceiros de cadeia de suprimentos são mais resilientes;
- onde podem montar produtos para minimizar impacto tarifário.
Não é a primeira vez que mapas ajudam empresas a atravessar momentos de incerteza.
Um Olhar para o Passado Recente: Como Mapas Trouxeram Clareza na Pandemia
Quando a COVID-19 se transformou em pandemia em 2020, cadeias de suprimentos operaram com menos da metade da capacidade, trabalhadores ficaram doentes e novas regulações surgiam a cada semana.
Assim como no comércio internacional, a pandemia era um fenômeno geograficamente complexo.
Executivos precisavam de uma espécie de “torre de controle”, capaz de mostrar:
- taxas de contágio por cidade ou estado;
- restrições locais de funcionamento;
- impactos regionais nas operações e na mão de obra.
Eles encontraram isso no GIS (Sistema de Informações Geográficas).
Um grande varejista nacional norte-americano — com mais de 200 milhões de visitantes anuais e presença em 45 estados — utilizou dashboards GIS para entender em tempo real o status de suas operações.
Ao geoenriquecer dados como vendas, estacionamento, horários e quadros de funcionários, o time de GIS permitiu que a diretoria enxergasse:
- o que estava funcionando,
- onde havia gargalos,
- e qual era o impacto agregado das lojas sobre o negócio.
“Quando tudo é caos e complexidade, entender o que está acontecendo acalma a situação”, afirmou um dos executivos envolvidos.
E embora mapas não eliminem um vírus — nem resolvam guerras comerciais — eles reduzem a incerteza.
Cinco anos depois, esse mesmo contexto é fundamental para decisões sobre fornecedores, parceiros e locais de produção.
O futuro após o grande reordenamento global
Quando executivos conseguem enxergar suas operações sobre um mapa e, ao lado, dados atualizados sobre comércio exterior, eles ganham a clareza necessária para simular cenários:
- E se tarifas aumentarem nesta região?
- É possível transferir parte da produção para um país vizinho?
- Qual o impacto financeiro dessa mudança?
Esse tipo de análise “e se…” é precisamente onde o GIS se destaca.
E, quando a poeira da atual reorganização comercial baixar, os mapas continuarão sendo um dos ativos mais valiosos das lideranças empresariais — uma fonte única de verdade sobre:
- desempenho de vendas,
- gestão da força de trabalho,
- mitigação de riscos da cadeia de suprimentos,
- e KPIs estratégicos.
A volatilidade sempre existiu — há um século, cinco anos atrás, hoje, e certamente amanhã.
No meio do turbilhão dos negócios globais, o melhor conselho para executivos permanece:
“Keep calm and map on.”
Em tempos de incerteza, mapas ajudam a enxergar o caminho.
E o contexto brasileiro?
Para empresas brasileiras inseridas em cadeias globais, o cenário descrito é igualmente relevante:
- O Brasil depende fortemente de insumos importados para setores como indústria, energia, tecnologia e agronegócio.
- Mudanças tarifárias entre EUA, China e Europa impactam diretamente custos logísticos e competitividade nacional.
- Mapas ajudam multinacionais e empresas nacionais a visualizar dependências, identificar riscos, buscar fornecedores alternativos e planejar realocação de produção.
- Órgãos públicos e empresas de infraestrutura usam GIS para monitorar gargalos logísticos, portos, rotas de escoamento e vulnerabilidades comerciais.
Assim como no restante do mundo, líderes brasileiros precisam ver suas operações no território, entendendo riscos e oportunidades em um contexto global volátil.
Traduzido e adaptado do original de Por Chris Chiappinelli da Esri.

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