Uma mudança de cultura é crucial para que a indústria se torne mais competitiva
Ao gastar tempo para observar os processos de qualquer setor de indústria, você provavelmente ouvirá que as metas foram alcançadas, porque eles sempre fizeram da mesma forma que fazem hoje.
E a implicação é clara, você não sabe do que está falando e é por isso que não vai funcionar. Afinal, você não é um profissional do setor para ter embasamento para se abster desses processos.
A voz da experiência e das autoridades dificultam o desafio, especialmente nas indústrias maduras cheias de riscos. Pois, o preço de assumir esse risco e estar errado geralmente é considerado muito grande. O resultado? O conforto com o status quo substitui o medo da mudança e levanta barreiras, que eventualmente, podem levar ao fracasso.
Essa mensagem envia uma consideração importante: as habilidades não serão valorizadas da mesma forma que um profissional especializado no setor. Essa é a razão porque isso é relevante hoje. Como muitos outros, a indústria de mineração está passando por uma mutação que é impulsionada pela transformação digital.
Pesquisas mostram, que o maior obstáculo para isso não é a tecnologia em si, mas a implementação, e que o maior impedimento para a implementação é a liderança, que pode possuir uma cultura mais resistente a mudança, devido à falta de habilidades necessárias.
Em uma mineradora, novos conhecimentos serão requisitados entorno da análise de dados, programação de software, fabricação avançada e planejamento de cenários, para citar alguns dos obstáculos. E as companhias que falharem para desenvolver isso, vão falhar no processo de mudança.
Sucesso, portanto, requer o reconhecimento de que todos os profissionais são importantes dentro de uma indústria e que contribuem para o ponto focal de produtividade e melhoria dos processos de um setor.
Culturalmente, a transformação digital requer uma disposição para colaborar e assumir riscos, abraçar o fracasso e aprender rapidamente com os erros do passado. Este será o desafio, e já foi feito antes.
Por exemplo, quando Lou Gerstner assumiu a IBM in 1993, ela estava desaparecendo na história, era um dinossauro focado no desenvolvimento de hardware e nos negócios. Hoje, o negócio é primordialmente uma empresa de software, consultoria orientada e negócios.
Gerstner disse que “cultura é tudo” na realização da transformação. E a Microsoft pode ser a próxima IBM, passando a ser considerada como uma empresa que tenta dinamizar seus negócios através de uma nova liderança focada em mudar a dinâmica cultural.
Steve Ballmer, na sua última entrevista para CEO, afirmou que se concentrou em “como você ganha dinheiro?”. Compare isso com Satya Nadella, atual CEO da Microsoft: “Algo que vale US $ 1 milhão pode ser irrelevante. Mas esse negócio de US $ 1 milhão pode ser o mais importante que estamos fazendo”.
O que torna tão grande o pivô possível não é apenas uma visão clara ou uma boa tecnologia. Para dar vida, Nadela faz eco com a diretriz de Gerstner, de como “a cultura é tudo”.
Uma parte do que tornará possível a transformação da indústria de mineração são culturas que reconhecem e elevam as novas habilidades necessárias para transformá-la. Devemos reconhecer que a liderança do futuro não pode ser composta apenas de engenheiros, mas também de outros cientistas. Seus antecedentes podem não estar em recursos, mas em varejo.
Muitos concordarão, mas é importante advertir sobre uma ênfase excessiva sobre o brilhante e o novo núcleo da indústria. Afinal, a mineração está quebrando pedra e extraindo minerais e sempre foi assim, mas a mudança está chegando.
Referência: But, you’re not a miner? (GEORGE HEMINGWAY)