Nesse primeiro artigo eu estarei muito à vontade para falar com vocês sobre o que fazemos na nossa empresa. Digo muito à vontade pois desde que eu me formei e comecei a trabalhar eu vivo explicando para todo mundo o que eu faço da vida.
Afinal, eu sou Engenheiro Cartógrafo, com mestrado em Aerofotogrametria e a nossa empresa especialista em GIS. É complicado, né? Dá um nó na cabeça das pessoas… Mas eu já estou acostumado.
Para minha mãe eu digo que o nosso negócio é fazer mapas e entregá-los não mais em papel, mas na forma de um software. E digo mais… Digo que isso é um grande negócio! Afinal, todas as empresas do mundo trabalham com mapas, umas mais outras menos, e que hoje em dia ninguém mais quer mapas em papel numa mapoteca.
Os mapas estão em formato digital administrado por um software especializado. E que nós temos o melhor software do mundo para isso. E é por isso é que a gente ganha bem e vive a vida numa boa… Aí eu pergunto se ela entendeu e ela responde: “sim, então você trabalha com esse negócio de GPS, não é?” Aí eu respiro fundo e digo: “é, é isso mesmo…”
Mas não é só com a minha mãe que é assim, não. Com meus amigos de praia é igualzinho, só que as referências são mais atuais. Vão dizer: “hum, então é esse negócio de Waze, não é?” Uns, mais ligados, vão perguntar: “mas quem faz mapa é o Google, não é?”. E eu respondo que o Google é genial, mas somos nós que fazemos os mapas das empresas, das grandes corporações. O B2B.
Empresas gastam milhões com mapas e informações geográficas especializadas para o seu negócio, e não é o Google que eles contratam. É a Imagem que eles contratam. Aí os olhinhos deles começam a brilhar. “Hum… agora estou começando a entender”.
Se você também está começando a entender e quer saber mais sobre o nosso negócio e a nossa empresa, e um pouco da minha trajetória, acompanhe-nos aqui neste canal.
A Ciência do “Onde”
Uma outra maneira, mais poética e ao mesmo tempo mais atual de eu explicar o que fazemos é falar da “Ciência do Onde”.
O Onde é uma das coisas mais importantes na vida de todo mundo. Basta ver a quantidade de vezes que a gente diz a palavra onde: Onde é? Onde está? Aonde vamos? Por onde vamos? Onde nos encontramos?
É assim na vida pessoal e nas empresas. Nas empresas, a questão é: Onde estão as oportunidades? Onde está o problema? Onde estão meus recursos? Onde estão os clientes?
O Onde é tão importante que já merecia mesmo ser tratado como Ciência.
Nossa empresa se dedica a implantar a “Ciência do Onde” há 30 anos e não sabia…
Quando entregamos para uma prefeitura um Sistema de Informações Geográficas com um mapa de todos os imóveis da cidade junto com um software que ajuda a prefeitura a decidir ONDE ela deve priorizar suas políticas fiscais e aumentar a sua arrecadação de maneira justa; ou quando entregamos para uma secretaria de segurança um sistema que plota num mapa os crimes conforme registrados em tempo real nos boletins de ocorrência, estamos ajudando a decidir ONDE alocar recursos com mais eficiência. Estamos praticando a Ciência de onde.
No Agro, quando analisamos dados de produtividade das colheitadeiras e cruzamos com análises de solo podemos ver ONDE temos que aplicar produtos para corrigir o solo, estamos praticando a “Ciência do Onde”.
São tantas situações que não caberia aqui listar. Basta dizer que nossas soluções estão presentes em mais de 2.000 empresas e governos em todo o país. Nossa tecnologia está presente em 65% das 30 maiores empresas listadas na revista Exame.
Portanto, dá para perceber que a Ciência do Onde é uma coisa séria.
E pra que fique ainda mais claro: Google Maps, Waze, Booking.com, Uber, etc. são produtos da Ciência do Onde!
O GIS
Pode parecer meio abstrato falar de Ciência do Onde, mas para tranquilizar eu tenho uma boa notícia: não se faz ciência sem Tecnologia. Não se estuda a ciência da astronomia sem um bom telescópio. No caso da Ciência do Onde, a tecnologia que a gente precisa é a tecnologia dos Sistemas de Informações Geográfica, o GIS.
O GIS não só fornece a estrutura, bem como exerce um papel central no processo da aplicação da “Ciência do Onde”.
Este processo começa por mapear e medir diversos elementos geográficos e sociais da área de interesse. Depois, é preciso integrar estes dados, organizá-los em camadas, modelar e fazer gestão e manutenção destes dados. É o que chamamos de Governança de Dados, ou desde o ponto de vista do GIS, é o “Sistema de Registros”.
Depois, entra a capacidade de visualização e acesso aos dados, de maneira a empodeirar pessoas e sistemas para agir com mais inteligência e eficiência. É o que vai fazer as pessoas e as empresas serem mais produtivas. É impulsionar um “Sistema de Engajamento”.
Por fim, entra a capacidade de cruzar e interpretar dados, informações e relacionamentos. Analisar resultados e cenários para então agir. É o que nós chamamos de “Sistema de Insights”.
Depois de agir é preciso medir de novo, e o processo não para.
Trata-se de um círculo virtuoso.
Really Smart
O GIS está cada vez mais inteligente, incorporando as inovações tecnológicas da área da Geolocalização aos conceitos e elementos da Transformação Digital.
É todo um conjunto de tecnologias, que abraçamos dentro do GIS, e que hoje fundamental para a gente compreender o mundo e se relacionar com ele.
Esse mundo está ficando mais INTELIGENTE (SMARTER). Todos têm um smartphone, uma smart TV, todos querem viver numa smartcity, as redes de distribuição de energia elétrica são smart, e assim por diante.
A ideia do smart tem muito a ver com sensores, com eletrônica e computação. Mas nossa contribuição não para por aí. Nós adicionamos a Inteligência Geográfica.
Porque Inteligência tem que ser 360º. É como a Inteligência Emocional… Uma pessoa pode ser muito inteligente em matemática, física etc. mas se ele (ou ela) não tiver capacidade de se relacionar com outros, de ser empático, de compreender o mundo, poderá não conseguir ser um indivíduo completo, em todas as dimensões da vida em sociedade.
Não basta termos uma Smartcity cheia de sensores que comandam o fluxo de abertura e fechamento de sinais de trânsito, se não formos capazes de prever e atuar diante de eventos climatológicos de grandes proporções. É onde entra a Inteligência Geográfica.
Os exemplos de aplicação da Inteligência Geográfica não se limitam ao enfrentamento de desastres ambientais. A beleza da nossa área é justamente a diversidade de aplicações. Os benefícios se estendem a todo tipo de empresas e organizações públicas ou privadas.
Mapas já não são estáticos.
As coisas mudam tão rápido que o mapa de uma hora atras já não pode servir mais. Há alguns poucos anos atrás nos contentávamos em fazer roteamento sobre um mapa estático, que não levava em consideração o trânsito naquele exato momento. É difícil até de imaginar….
Tudo isto está provocando uma revolução na maneira com que planejamos e projetamos nossas cidades. Cidades hoje são capazes de se planejar em tempo real.
Exemplo disto são as Salas de Comando e Controle que recebem dados de câmeras e outros sensores espalhadas pela cidade e hospedam técnicos de diversos órgãos da administração pública. Ali estamos constantemente ajustando a programação e relampejamos as ações a partir de eventos e alertas disparados pelo sistema.
Loucos por Mapas
Eu sempre fui “Louco por Mapas”, e isto é uma característica de muita gente. Não só de quem trabalha com isso, mas também de gente, como uma gerente de banco com quem conversei recentemente e que ao saber da minha profissão declarou que adora mapas e que passa horas navegando por mapas na internet mesmo sem um propósito específico.
Esta é uma vantagem da nossa profissão e da nossa empresa. Não é difícil chamar a atenção dos clientes para as coisas que nós temos a dizer. Muitos deles são também meio “loucos por mapa”.
No meu caso eu escolhi fazer disso uma profissão e um meio de vida, e graças a Deus encontrei aqui na Imagem e na Esri um ambiente de gente que, assim como eu, compartilha essa loucura por mapas e o desejo de fazer disso um Negócio (assim com N maiúsculo), porque acreditamos que só através do empreendedorismo e do trabalho árduo é que conseguimos substanciar esta paixão em benefícios concretos para as empresas e para a sociedade em geral.
Lembro-me de uma vez em que fui convidado pra participar do Campus Party para falar no plenário sobre a Ciência do Onde para desenvolvedores e programadores, na sua grande maioria jovens. Depois de falar que o ArcGIS é uma plataforma completa que suporta todo o tipo de devices e ambientes de TI; suporta várias linguagens de programação, que é open systems, etc…, eu terminei então por convidá-los a abraçar a Ciência do Onde.
Disse ainda que se preferissem dedicar-se a desenvolver software para uma fintech, por exemplo, tudo bem. Mas se quisessem uma área de especialização única que combina tecnologia de ponta com um propósito maior de transformar o mundo através da Inteligência Geográfica, o caminho é esse.
Em breve mais um “episódio” da nossa Resenha do Lugra… Aguarde!
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Esse cara é fera! Ele sabe muito, mas também tem o dom de comunicar e ensinar. É um mestre! Parabéns!
Querido Carlos Vidal. Obrigado pelas palavras carinhosas. É bom ter amigos como você, que além de profissional e empresário competente é uma pessoa muito legal! Um abraço..