Nesse mês de março tive o grande prazer de participar do Esri Partner Conference 2022, em Palm Springs, California, representando a Imagem, distribuidora da Esri aqui no Brasil.
Maior encontro mundial de parcerias da companhia, o evento é uma excelente oportunidade de fortalecer nosso propósito de impactar positivamente o mundo, impulsionando a prosperidade dos negócios e a sustentabilidade das cidades e do meio ambiente. Uma grande reflexão sobre como a abordagem geográfica tem se tornado uma excelente forma de entender, prever e agir, mudando nossas prioridades como líderes, passando a ter um compromisso maior com o futuro do nosso planeta.
Reconexão que vale ouro
Foram dias intensos, nos quais foi possível estabelecer uma reconexão ímpar com clientes, parceiros e colegas. Compartilhamos experiências, discutimos novos insights e fomentamos a busca por caminhos efetivos que podem potencializar o sucesso das organizações que apostam nas soluções Esri.
Essa experiência tem ainda mais valor considerando que, há exatos dois anos, esta mesma conferência acontecia em meio às diversas preocupações, com pessoas vindas de mais de 50 países, ainda anestesiadas com a notícia de um vírus até então desconhecido e que viria a provocar a pandemia da qual o mundo inteiro ainda tenta sair. Todas as discussões foram substituídas por uma única grande preocupação: a saúde das pessoas. Participantes do mundo inteiro anteciparam seus voos com medo do fechamento das fronteiras. 14 dias de quarentena, que depois se transformaram em um anúncio nunca imaginado: todo mundo trabalhando em casa a partir de amanhã. Vidas perdidas, rotinas modificadas, novas formas de trabalhar. Ao longo de 2 anos, reaprendemos a fazer negócios e, sobretudo, reaprendemos a viver e valorizar as pequenas coisas.
Inovação requer interações presenciais
O contexto mundial que tanto transformou nossa forma de viver nos levou aos eventos on-line que, se já tinham papel importante para empresas e pessoas, tornaram-se vitais para todos os setores da economia em tempos de confinamento.
Acredito, porém, que não há como substituirmos o bom e velho “aperto de mão” e que a inovação nasce não apenas da alta tecnologia. A tecnologia apenas potencializa as relações humanas e não o contrário. E a inovação, por sua vez, surge das interações entre as pessoas, das trocas presenciais, da combinação de ideias, considerando fatores como:
- 1 – Ainda que eventos on-line permitam interações simultâneas que até se estendem por meio de ferramentas de chat, essa troca não se aproxima da experiência física, da troca de energia. Das conversas interpessoais surgem os mais diversos conceitos e ideias que pode se complementar e, então, estimular a inovação pela “serendipidade” (conceito e termo importado do inglês serendipity, que significa “descoberta feita, aparentemente, ao acaso”);
- 2 – Esse olho no olho durante os diálogos presenciais é um fator de peso no que se refere ao estabelecimento da confiança, que está pautada nos propósitos de suas organizações, tão necessária para estabelecer parcerias – sejam entre empresas, profissionais ou em esferas de outras instâncias, como as governamentais e diplomáticas;
- 3 – As relações humanas são de extrema relevância para o futuro, considerando aspectos primordiais como diversidade, empatia e colaboração. É somente por meio do contato direto com outras pessoas que podemos exercer nossas habilidades de compreender melhor o outro e colaborar para trazer transformações necessárias para negócios, comunidades e para o mundo.
On-line ou presencial: complementaridade promete melhores soluções
Com a flexibilização dos cuidados sanitários em relação à Covid-19, o modelo remoto que foi predominante agora dá espaço para o sistema híbrido.
O trabalho à distância, sem dúvida, se mostrou uma grande oportunidade aos negócios. Ganho de produtividade, ganho de capilaridade regional, aumento da diversidade. Empresas que tinham atuação nacional ou até global, mas com profissionais muito concentrados regionalmente, puderam agregar aos times profissionais das mais diferentes partes do país e do mundo, com expertises, olhares e culturas que se completam. Não há diversidade apenas no papel. Esse, talvez, tenha sido um dos maiores ganhos do modelo de trabalho remoto.
Já o modelo híbrido, partindo da ideia de mesclar o presencial e o remoto em um mesmo encontro, é passível de algumas observações. Uma provocação pode ilustrar esse racional: uma reunião presencial na qual parte das pessoas está fisicamente presente e parte está à distância, permite as mesmas trocas para todos os envolvidos?
Nesse contexto, provavelmente, a melhor resposta não esteja na ideia de hibridismo de soluções, mas, sim, no foco em complementariedade dos dois universos, em trazer o melhor dos dois mundos para a mesa.
Para isso, é preciso que as empresas conheçam suas culturas e não apenas delimitem se determinadas atividades serão integralmente on-line ou totalmente físicas, mas, que possam ir além, permitindo que as experiências sejam aproveitadas e valorizadas em seus potenciais máximos, integrando ferramentas e soluções virtuais e físicas, para que seja possível extrair o melhor de cada ambiente, como, por exemplo, aproveitar a agilidade e praticidade do ambiente virtual, enquanto se reforça as relações de confiança estabelecidas no presencial.
E, nessa mesma linha, voltando ao tópico anterior, os eventos digitais e presenciais também se completam. Eventos online têm o potencial de gerar um volume alto de participantes, maior possibilidade de alcance territorial e, por consequência, de engajamento. Porém, o que se tem observado é que as pessoas buscam eventos online principalmente para aprendizado, para se capacitar, para expandir sua visão e não necessariamente para interagir, para estreitar relações. Já nos eventos presenciais, as interações humanas vão além do aprendizado e, por esse motivo, a geração de negócios e discussão de futuro acabam sendo muito mais valiosas e efetivas.
Sendo assim, passa a ser muito mais uma questão de “e” do que de “ou”.
Conclusão: a volta ao simples
As organizações são convidadas a se voltarem aos seus propósitos, realinharem suas estratégias essenciais e valorizarem o simples.
Mais do que o termo do momento Data driven company, um conceito cada vez mais presente passa a ser o Purpose Driven Company, que promete a reconexão entre os indivíduos e as organizações, a relação humana e seus impactos positivos para crescimento, sustentabilidade e inovação. Pois, independentemente do ambiente, todas as organizações são entidades sociais que provocam, desenvolvem e lideram transformações em suas comunidades e em todo o mundo, e nada pode ser alcançado sem que existam conexões reais e relações de confiança mútua.
Essa é a Imagem. Essa é a Esri.
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Muito bom. Parabéns pelo artigo.