A Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, dentro do seu papel de regular e fiscalizar os agentes do Setor Elétrico, tem evoluído nos seus processos para atingir os objetivos de aprimorar e dar celeridade às suas ações.
Nesse sentido, tem utilizado cada vez mais processos digitais para troca de informações vitais nos processos regulatórios, introduzindo entregas obrigatórias e estruturadas dos dados de ativos das empresas e também de ações de manutenção voltadas à mitigação de impactos ao sistema em eventos de queimadas, entre outras iniciativas.
No setor de Transmissão, houve algumas iniciativas que elevaram o nível de exigência das informações dos agentes e também das ações de manutenção das faixas de servidão, especialmente no manejo de vegetação para evitar ocorrências e desligamentos de grandes blocos de carga em queimadas, que é uma das maiores causas de desligamentos de linhas de transmissão da Rede Básica (RB) do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Entenda as novas demandas da ANEEL e ONS para transmissão de energia elétrica no Brasil
Nesse contexto, torna-se necessário que os agentes possuam um cadastro robusto, completo e disponível, e acessível aos diversos usos internos e externos, como os atendimentos regulatórios, tanto da Aneel quanto do ONS (Operador Nacional do Sistema).
Da mesma forma, gerenciar e monitorar de melhor forma possível as ações de manutenção e evidenciar diretamente ao regulador tornaram-se tarefas fundamentais para a eficiência operacional, além de permitir aos agentes ter um maior controle seus ativos, monitorar ações e seus resultados e operar com maior confiabilidade.
Conheça 2 aspectos fundamentais das entregas regulatórias
As entregas regulatórias que são endereçadas às empresas transmissoras envolvem:
- seus dados de ativos de cada empreendimento, compondo a Base de Dados das Instalações de Transmissão de Energia Elétrica – BDIT, que devem ser entregues de modo periódico, a cada ano, e onde estão descritas as características técnicas de cada item que compõem as linhas de transmissão (LTs) e subestações (SEs) pertencentes à RB, com suas características de georreferenciamento com precisão centesimal – e isso também inclui altimetria de cada estrutura existente;
- seus planos de manejo de vegetação para redução de ocorrências de queimadas nas faixas de servidão de cada LT que faça parte do Gestão Geoespacializada da Transmissão – GGT, e também as evidências de todas as ações de manutenção executadas para esse fim. E, através de um sistema de monitoramento dotado de inteligência artificial, a Aneel avalia a efetividade das ações de cada empresa.
Portanto, é fundamental que as empresas tenham seus dados estruturados e prontos para atender às exigências regulatórias. E, para tanto, também é imprescindível ter um ecossistema completo para permitir o acesso, garantir a confiabilidade e gerir as informações que devem ser enviadas. Nesse sentido, as aplicações baseadas na plataforma ArcGIS dão todo o suporte necessário para todas as etapas desses desafios.
Olá,
Excelente artigo! Quanto a acessibilidade, como é consultada a base de dados do BDIT? Tento via ANEEL mas comentam que o ONS deve liberar, converso com ONS e eles comentam que a ANEEL deveria liberar…