Como prevenir ou diminuir os impactos das mudanças climáticas nas cidades?

Weber Pires de Sá Junior

Arquiteto de Negócios Parceiras e Novos Negócios – Imagem Geosistemas

Por que devemos nos preocupar com as mudanças climáticas?  

 

O desmatamento de grandes áreas na Amazônia e os processos de acúmulo de CO2 (Gás Carbônico) pela queima de combustíveis fósseis em escala Global têm contribuído expressivamente para alterações nos regimes de chuvas em especial em países tropicais como o Brasil.  

Temos visto cada vez mais a concentração de volumes de chuvas em curtos períodos durante o verão no Hemisfério Sul devido ao aquecimento global que desestabiliza o regime de distribuição dos volumes de chuvas em nosso país. 

Em novembro de 2022, chuvas causaram alagamentos em Sergipe — Foto: Defesa Civil de Sergipe

Cada vez mais, as consequências têm sido sentidas pelas cidades brasileiras que sofrem durante este período chuvoso, com os constantes deslizamentos e inundações das cidades.  Sendo assim, as populações das periferias das grandes cidades que de forma geral ocupam as zonas de maior risco ambiental são as que sofrem as piores consequências destes desastres muitas vezes previsíveis.

 

Como se prevenir de acidentes causados pelas chuvas?

 

Esta é uma pergunta que todos os anos nos fazemos quando ocorrem desastres causados por excesso de chuvas em cidades brasileiras.

Para ajudar a responder parte desta pergunta, uma das grandes novidades tecnológicas vem de uma empresa finlandesa, a ICEYE, que lançou ao espaço e opera uma constelação de 21 satélites orbitais, em baixa órbita, operando um sistema de sensores Radar que transmite e recebe de volta feixes ondas X, capazes de criar imagens da superfície do planeta com possibilidade de funcionar até durante a noite.

A grande novidade é que, diferentemente de câmeras fotográficas, estes Radares servem para “fotografar” ou criar imagens das áreas de risco mesmo durante os períodos de chuvas ultrapassando as nuvens que bloqueiam as imagens fotográficas comuns.

 

3 curiosidades sobre as imagens SAR da ICEYE

 

  • O grande número de pequenos satélites em órbita permite a aquisição de grande quantidade de imagens com disponibilidade de mais de foto por dia em uma mesma área de interesse.

 

  • A resolução destas imagens e destes sensores variam de 25 cm a 1,0 metro, ou seja, cada ponto na imagem corresponde a uma área de 25 cm ou 1,0 metro no solo. Tal resolução é fundamental para identificação de casas, veículos, estradas e áreas inundadas ou a própria movimentação do solo encharcado, sendo capaz de prever os locais de maior risco antes mesmo que estes ocorram na superfície de encostas ou montanhas. De acordo com os módulos de imageamento destes satélites, áreas de aproximadamente 2.500 campos de futebol podem ser fotografadas em uma única cena destes satélites de maneira que bairros inteiros ou mesmo pequenas cidades inteiras podem ser monitoradas por estes sensores.

 

  • Esta tecnologia atualmente está ao alcance de qualquer autoridade brasileira e passa a ser mais uma aliada na aquisição de informações do terreno e das áreas de risco permitindo que as equipes de Defesa Civil e autoridades municipais possam ampliar as opções na previsão e nas análises de gerenciamento de riscos. Contribuindo também com a geração de mapas de áreas de risco e antevendo as principais ações antes mesmo que os acidentes naturais ocorram.

 

Esta tecnologia de geração de imagens orbitais é conhecida como sensoriamento remoto por satélites orbitais e serve como uma das principais fontes de dados a serem utilizadas em Sistemas de Informação Geográfica – SIG, que permite executar análises espaciais do território e, assim, criar mapas de riscos que indicam áreas susceptíveis a deslizamentos, riscos de enchentes, locais de possíveis quedas de barreiras, muitas vezes associadas ao desmatamento das áreas de encostas ou de proteção ambiental. Também é possível gerar mapas de saturação de água nos solos urbanos e indicar as áreas de maiores riscos nas cidades brasileiras.

 

A tecnologia pode ser uma grande aliada no planejamento de riscos no período de chuvas para as cidades

 

Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro em Petrópolis (fevereiro de 2022).

O sensoriamento remoto tem proporcionado aos órgãos competentes informações importantes para a tomada de decisões sobre áreas de risco, permitindo ações preventivas como a mudança da localização de casas e estabelecimentos comerciais ou industriais que estejam em áreas de risco e, ainda, ajudando a determinar as áreas mais vulneráveis para o planejamento de projetos de prevenção de desastres, como a construção de barragens, aterros, diques, entre outros.

Também é possível a extração de informações relevantes para a elaboração de relatórios técnicos para ações de prevenção de acidentes, como a indicação de rotas de fuga, áreas de abrigo etc. Portanto, o sensoriamento remoto por satélite tem se mostrado uma importante ferramenta na prevenção de acidentes e na gestão de áreas de risco em municípios brasileiros.

 

Os satélites com Radar a bordo e o Planejamento de riscos das cidades

 

Imagens de Radar atualmente são muito mais fáceis de se interpretar uma vez que sua resolução espacial está muito próxima a resolução de objetos identificáveis no terreno. Por exemplo, imagens de Radar de abertura Sintética – SAR possuem resoluções que variam de um metro a três metros e são capazes de identificar diferentes mudanças no solo em áreas de risco, quando utilizadas de maneira sistemática e com alta frequência de aquisição durante os meses de chuvas mais intensas.

Foto do satélite SAR da ICEYE.Foto do satélite SAR da ICEYE.

Além disso, os satélites, por estarem em órbita constante ao redor do planeta, permitem a visualização e análise de imagens de áreas remotas e de difícil de acesso, como florestas, áreas montanhosas etc., facilitando o acesso das equipes de fiscalização e da Defesa Civil das cidades atendidas.

A capacidade de obter imagens de alta resolução em áreas remotas permite aos Especialistas e Técnicos identificarem e monitorarem a atividade humana, como por exemplo, a ocupação ilegal destas áreas de riscos, a degradação do solo e a destruição das áreas florestais no topo dos morros. Desta maneira, é possível fazer um planejamento e mapeamento anteriormente ao período de chuvas intensas, evitando assim o problema recorrente de acidentes naturais em áreas de riscos nas periferias das cidades.

Com o uso desta tecnologia de imagens de Radar SAR, os municípios ou empresas de mineração, por exemplo, que atuam com a exploração dos recursos naturais, podem receber informações importantes para a tomada de decisões sobre áreas de risco, permitindo ações preventivas como a mudança da localização das minas e barragens de rejeitos ou de casas e núcleos urbanos, estabelecimentos comerciais ou industriais que estejam em áreas de risco e ainda ajudar a determinar as áreas mais vulneráveis para o planejamento de projetos de prevenção de desastres, indicações para a construção de barragens, aterros, diques, entre outros que visam a prevenção de acidentes.

Também é possível a extração de informações relevantes para a elaboração de relatórios técnicos para ações de prevenção de acidentes, como a indicação de rotas de fuga, áreas de abrigo etc. Portanto, o sensoriamento remoto por satélite radar tem se mostrado uma importante ferramenta na prevenção de acidentes e na gestão de áreas de risco em para diferentes municípios brasileiros.

Por estas e outras vantagens, a escolha desta tecnologia de mapeamento por Imagens de Radar SAR é a indicação definitiva para aqueles que precisam monitorar o ambiente no período de chuvas quando as nuvens impedem a visualização das áreas de risco ou quando ocorre uma fatalidade como as quedas de barreiras em estradas, deslizamentos de encostas ou inundação de rios nas nossas cidades.

 

VEJA COMO NOSSO SISTEMA SIG SE INTEGRA

À TECNOLOGIA SAR DA ICEYE!

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