Uma paleta de pigmentos vista do espaço: vegetação do Brasil pelo satélite PACE

Imagem Geosistemas

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As folhas verdes são ricas em clorofila, pigmento essencial para a fotossíntese.

É através desse processo que plantas, árvores e até cianobactérias transformam luz solar em energia, ao mesmo tempo em que produzem oxigênio.

Mas a clorofila não atua sozinha: outros pigmentos, como os carotenoides (amarelos e alaranjados) e as antocianinas (vermelhos, azuis e roxos), também participam, ajudando na fotoproteção contra calor e excesso de radiação.

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A combinação desses pigmentos gera a diversidade de cores que vemos em flores, frutas e até em folhas ao longo do ano.

Agora, satélites também estão “pintando” esse quadro colorido em escala global.

O olhar do satélite PACE

O satélite PACE (Plankton, Aerosol, Cloud, ocean Ecosystem), lançado pela NASA em 2024, foi projetado para monitorar a cor e a biologia dos oceanos, mas também coleta dados sobre vegetação em terra firme.

Seus sensores conseguem medir a composição dos pigmentos das plantas quase em tempo real — a cada um ou dois dias.

A animação produzida pela NASA mostra como esses pigmentos se distribuem e se transformam entre março de 2024 e março de 2025.

  • Verde indica clorofila.
  • Azul mostra a presença de carotenoides.
  • Vermelho revela antocianinas.
  • Regiões brilhantes no mapa revelam altas concentrações de todos os pigmentos ao mesmo tempo.

O Brasil visto do espaço

Observação sobre abril de 2024

Mapa global mostrando a distribuição de pigmentos da vegetação em abril de 2024. Tons verdes indicam clorofila, azul mostra carotenoides e vermelho indica antocianinas. No Brasil, a Amazônia aparece em verde intenso, enquanto áreas do Cerrado e Sul exibem mistura de pigmentos.

Na imagem de abril de 2024, início do outono no hemisfério sul, vemos contrastes interessantes no Brasil:

  • Amazônia já aparece em verde intenso, com forte predominância de clorofila, indicando produtividade constante.
  • No Cerrado, surgem manchas azuladas e arroxeadas, reflexo de carotenoides e antocianinas, que indicam folhas em estresse hídrico ou em transição sazonal.
  • No Sul do Brasil, nota-se uma maior mistura de pigmentos em comparação a dezembro, consequência da alternância entre fim de colheitas de verão e o início de culturas de inverno.

Essa comparação mostra como o monitoramento contínuo via satélite permite observar mudanças rápidas na vegetação ao longo do ano, algo fundamental para agricultura, preservação de biomas e gestão ambiental.

Mapa mundial com índices de clorofila, carotenoides e antocianinas captados pelo satélite PACE em dezembro de 2024. O Brasil se destaca pela Amazônia verdejante e pela variação de pigmentos no Cerrado e no Sul agrícola.

Nos mapas de dezembro de 2024, é possível notar como o Brasil se destaca no cenário global.

A imensidão do território brasileiro, com seus diferentes biomas, revela contrastes nítidos quando analisados a partir da perspectiva dos pigmentos vegetais.

A Amazônia, por exemplo, aparece intensamente em tons de verde.

Esse padrão é reflexo da alta concentração de clorofila típica da floresta tropical úmida, cuja produtividade se mantém praticamente constante ao longo do ano.

Em contraste, ao deslocarmos o olhar para o Cerrado e a Caatinga, observamos um mosaico mais complexo de cores.

Nessas regiões, a sazonalidade climática e o estresse hídrico marcam presença, e em algumas áreas predominam os carotenoides (azul), indicando folhas sob estresse ou em processo de senescência.

Seguindo em direção ao Sul do Brasil, as variações tornam-se ainda mais evidentes ao longo das estações.

O mapa de dezembro — que coincide com o início do verão — revela extensas áreas agrícolas exibindo altos índices de clorofila, em sintonia com o ciclo de crescimento de culturas como soja e milho.

Essa alternância entre biomas e práticas agrícolas mostra como os padrões de pigmentos ajudam a contar a história da vegetação brasileira em diferentes escalas.

Essa capacidade de monitorar os pigmentos, no entanto, não se limita ao campo científico.

Ela abre caminho para aplicações práticas e estratégicas, que vão desde o acompanhamento do desenvolvimento agrícola até o monitoramento das florestas e a gestão ambiental.

Com informações dessa natureza, é possível prever episódios de estresse da vegetação, detectar indícios de desmatamento de forma indireta e até avaliar a saúde de ecossistemas inteiros em tempo quase real.

Artigo adaptado do original de maps.com.

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