BP e os 8 aprendizados sobre transformação digital

A BP (British Petroleum) é uma das maiores empresas globais de energia, com atuação em mais de 70 países. Neste conteúdo, ela apresenta seus aprendizados.
Logotipo da empresa Imagem Geosistemas, exibido em um fundo com gradiente de cores que vai do azul ao verde. O logotipo consiste em um pequeno quadrado branco acima da palavra "imagem," que está escrita em letras minúsculas e brancas, com uma tipografia moderna e simples.

Imagem Geosistemas

Esri Official Distributor

O que a BP aprendeu ao transformar digitalmente suas operações com GIS

A transformação digital é vista por líderes de grandes empresas como um passo fundamental para o futuro.

Segundo uma pesquisa da Forbes Insights, metade dos executivos seniores globais afirma que os próximos dois anos serão críticos para essa transição.

Na BP, essa jornada envolve adotar tecnologias digitais capazes de monitorar, prever e otimizar nossas operações.

E, no centro dessa transformação, está a inteligência geográfica — a capacidade de entender o mundo por meio da localização.

Com mais de 70 mil colaboradores atuando em exploração, produção, transporte, refino e comercialização de petróleo e gás (além de iniciativas em biocombustíveis e energia eólica), a BP vem aprendendo na prática o que funciona quando se trata de digitalização em escala global.

A seguir, compartilhamos 8 lições extraídas dessa jornada — especialmente sob a ótica do GIS (Sistema de Informação Geográfica), tecnologia essencial para conectar dados, locais e decisões estratégicas em toda a companhia.

1. Adote uma plataforma corporativa, e não apenas soluções isoladas

Durante anos, diversas áreas da BP criaram suas próprias soluções GIS. Isso gerou redundância, inconsistência de versões, alto custo de manutenção e dados desconectados.

Ao migrarmos para uma plataforma corporativa de GIS, ganhamos:

  • Agilidade: os próprios usuários criam apps e mapas personalizados, reduzindo o tempo de resposta.
  • Colaboração: diferentes áreas acessam as mesmas informações em tempo real, sem necessidade de exportações manuais.
  • Ciclo virtuoso de dados: dados úteis para uma área se tornam insumos valiosos para outra.
  • A adoção de um GIS corporativo unificado reduziu custos, integrou dados e acelerou insights, promovendo uma inteligência geográfica sustentável em toda a organização.

2. Se o GIS está em todo lugar, então ele não é de ninguém

Esse paradoxo é comum: tecnologias transversais, como o GIS, acabam sem uma “casa” clara dentro da organização.

Na BP, decidimos alocar a governança do GIS próximo ao núcleo do negócio — no segmento de Subsuperfície, ligado ao Upstream.

Essa escolha refletiu o domínio técnico e o conhecimento das operações.

Mesmo assim, a colaboração com a TI foi (e continua sendo) essencial.

Equipes multidisciplinares de TI e áreas de negócio formaram um time virtual de projeto, garantindo que a tecnologia fosse implementada com alinhamento técnico, estratégico e operacional.

3. Libere os dados (quando possível)

Por padrão, adotamos o princípio de “dados abertos”.

Estimamos que 95% dos dados geoespaciais da BP podem (e devem) ser compartilhados internamente.

Antes, a prática era bloquear o acesso por precaução.

Isso gerava duplicação de dados, versões desatualizadas e confusão.

Ao liberar os dados, aumentamos a reutilização, a confiança e o valor gerado.

Criamos também mecanismos de classificação, como tags administrativas e metadados, para ajudar os usuários a identificar a versão correta para cada uso.

4. Deixe os usuários criarem seus próprios apps

O conceito de “desenvolvedor cidadão” se tornou realidade.

Hoje, profissionais de diversas áreas conseguem criar dashboards, mapas e apps analíticos em poucos cliques, sem necessidade de codificação.

Ao invés de centralizar todas as demandas em uma equipe de TI, oferecemos treinamentos básicos e um ambiente aberto:

“Aqui está sua caixa de ferramentas — use-a para resolver seus problemas”.

O resultado?

Centenas de apps foram criados espontaneamente, trazendo agilidade, inovação e maior produtividade aos times.

5. Ofereça suporte alinhado à nova realidade

Suporte técnico tradicional não basta para uma plataforma tão ampla quanto o GIS corporativo.

Os times de apoio precisam entender tecnologia, dados, fluxos de trabalho, análise, visualização e até cartografia.

A integração entre TI e áreas de negócio foi essencial para construir um suporte mais responsivo e qualificado, capaz de acompanhar a velocidade da inovação gerada pelos próprios usuários.

6. Automatize sempre que puder

A regra de ouro na BP é: se uma tarefa pode ser repetida, automatize desde o início.

A automação garante consistência, economia de tempo, rastreabilidade e capacidade de escalar.

Atualmente, executamos centenas de processos automatizados, alguns em segundos, outros apenas algumas vezes por ano — todos otimizados para gerar mais valor com menos esforço manual.

7. Comunicação importa (e muito)

Ao lançar uma plataforma corporativa, é crucial investir em marketing interno:

Criamos uma marca: One Map, representando o conceito de um único ecossistema de mapeamento.

Ajustamos a linguagem para cada público: com TI, falamos de arquitetura e sistemas; com as áreas de negócio, falamos de produtividade, segurança e eficiência.

Usamos canais diversos: e-mails, cartazes, TVs corporativas, sites internos, Yammer, notícias, artigos e campanhas com CTA claros.

O aprendizado: não basta lançar a tecnologia. É preciso engajar.

8. Meça o sucesso com dados e resultados

Antes mesmo da campanha oficial de lançamento, mais de 7 mil usuários já haviam acessado a plataforma apenas via canais informais.

Quatro meses depois, esse número passou de 10 mil.

Hoje, monitoramos diariamente:

  • Usuários ativos
  • Serviços acessados
  • Mapas, apps e dashboards utilizados
  • Dados mais consultados por região

Essas métricas nos ajudam a ajustar a infraestrutura, identificar necessidades de capacitação e demonstrar o retorno da transformação digital baseada em GIS.

Com ganhos médios de 3% a 8% de produtividade por colaborador técnico, a economia acumulada é significativa.

E, mais importante: os resultados mostram que apostar em uma plataforma corporativa é mais eficiente do que investir em soluções isoladas.

Próximos passos: GIS, IoT, AR e o futuro da inteligência geográfica

O GIS está cada vez mais integrado com sensores IoT, realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR).

A BP já está conectando sensores em ativos móveis e fixos, integrando dados espaciais com sistemas de manutenção, manuais técnicos e processos de substituição de equipamentos.

Imagine um técnico acessando um poço com óculos AR e visualizando em tempo real o status da máquina, o histórico de manutenções, o manual e um botão para solicitar uma peça — tudo integrado a sistemas corporativos.

Isso exige um nível de consciência espacial e integração digital que está prestes a revolucionar nosso setor.

Da gestão de dutos ao monitoramento de ativos no setor de energia

Muitos podem pensar que uma transformação digital como essa exige orçamentos milionários.

Mas a realidade é que a BP iniciou esse projeto com apenas cinco pessoas e um orçamento enxuto.

Ao priorizar uma plataforma colaborativa e escalável, conseguimos multiplicar os resultados com o envolvimento de toda a empresa.

Para organizações que desejam transformar suas operações com inteligência geográfica, fica a dica: invista em plataforma, incentive a cultura de dados abertos, capacite seus usuários e prepare-se para colher os frutos da verdadeira transformação digital.

Conteúdo traduzido e adaptado do original de Brian Boulmay da Esri.

Quem é a BP?

A BP (British Petroleum) é uma das maiores empresas globais de energia, com atuação em mais de 70 países. Sua operação envolve toda a cadeia do petróleo e gás — da exploração e produção à distribuição e comercialização — além de iniciativas em energias renováveis, como biocombustíveis e eólica. Com mais de 70 mil colaboradores, a BP também está presente no Brasil, onde investe em energias alternativas e parcerias estratégicas. Nos últimos anos, a empresa tem se destacado por sua estratégia de transformação digital e adoção de tecnologias como o GIS (Sistema de Informação Geográfica) para otimizar operações, reduzir riscos e impulsionar decisões baseadas em localização.

Leia neste artigo

Descubra o poder das soluções

Preencha o formulário para que um especialista Imagem possa encontrar a solução que você precisa.

0 0 votes
Avalie o Artigo
Acompanhe estes comentários
Me avise sobre

0 Comentários
Mais antigo
Mais recente Mais votado
Inline Feedbacks
View all comments
Faça sua busca