A Transformação Digital significa um salto no modelo de negócios das empresas por meio de novas competências tecnológicas e mudanças de processos.
Resume-se em ganho de produtividade, competitividade e melhoraria na experiência dos clientes finais. Na prática, quando aplicamos esse conceito no segmento de água e esgoto brasileiro, estamos tratando de 6 aspectos essenciais que fazem parte do dia-a-dia daqueles que buscam, através dessas novas competências tecnológicas, obter como resultados:
- A REDUÇÃO PERDAS
- O CONTROLE DOS SERVIÇOS MANUTENÇÃO
- A MELHORIA DA RECEITA
- O ALCANCE DE UMA ARRECADAÇÃO CONDIZENTE OU PRÓXIMA AO QUE SE É FATURADO
- O MELHOR USO DOS INVESTIMENTOS EM TODA A OPERAÇÃO
- UMA VISÃO CORRETA DAS ÁREAS QUE DEMANDAM MAIS MANUTENÇÃO
Basicamente, essas 6 frentes de melhorias possuem em comum o entendimento de um grande volume de dados e isso tem aderência com o objetivo principal da Transformação Digital que é de transformar dados em conhecimento. Para facilitar, estamos considerando ao menos 3 cruzamentos de informações comuns a todas as empresas de saneamento:
Dados Físicos X Dados Comerciais X Dados Operacionais
A visão sistemática e integrada desses dados é a chave para o sucesso dessa transformação. Nesse sentido, as empresas devem entender a importância da organização dos dados e como eles são consumidos e transformados em conhecimento. Aqui, reside a necessidade de uma fonte única de informação, que se torna real através de um modelo de dados que permita a integração entre diferentes sistemas, departamentos e pessoas. Isso será consumido em todas as etapas do processo operacional e servirá de alavanca para a tomada de decisão no nível estratégico desde o Planejamento, passando por Obras, Manutenção, Gestão Operacional até chegar na Gestão Comercial e atendimento do cliente final. Dessa maneira, a Transformação Digital tem início no processo de organização dessas informações, para que sejam localizados eventuais problemas nas áreas operacionais, comerciais ou de planejamento.
Podemos ter como exemplo, a identificação de desvios de faturamento, através da correlação entre áreas com baixa arrecadação, falta de água ou excessivo número de reclamações. A simples visualização dessa correlação no mapa pode significar um ganho de dezenas milhares de reais para uma companhia de água e esgoto.
Percebe-se que com os dados organizados e integrados é possível planejar melhor, otimizar recursos, identificar e combater perdas e priorizar investimentos. Um facilitador desse processo é o momento tecnológico em que vivemos, hoje não é mais aceitável aguardar dias para se ter em mãos um relatório gerencial, estamos na era do tempo real como fator crítico da produtividade e da melhoria na experiência dos nossos clientes.
No Brasil existem verdadeiros líderes dessa Transformação Digital, como é o caso da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB) que desenvolveu aplicações para uso dos clientes, corpo técnico e fiscais de campo. A população do Distrito Federal pode fazer uso de apps, seja para consulta e solicitação de segunda via de uma fatura ou para acessar mapas dinâmicos com informações sobre o rodizio de abastecimento em tempos de crise hídrica.
Uma outra referência nacional no setor é o Departamento de Águas e Esgoto da Capital Gaúcha, o DEMAE. Utilizando a tecnologia certa e trabalhando no mapeamento dos principais pontos dos processos da companhia, foi possível identificar padrões e realizar analises avançadas num imenso volume de dados. Esse Big Data contemplou imagens de satélite, dados cartográficos detalhados e padrões de consumo da população. Tudo foi construído e analisado numa única plataforma tecnológica, o que permitiu identificar clientes que estavam recebendo um benefício social de maneira irregular. Essa simples análise resultou numa economiza de 500 mil reais/mês para o DEMAE que aplicou esse recurso na melhoria de seus serviços, através da expansão da sua rede de água e esgoto.
Essas duas referências aqui citadas utilizam o ArcGIS, uma plataforma que integra os dados através da localização, que permite realizar análises espaciais avançadas de maneira simples e intuitiva e que ainda facilita a comunicação através de aplicativos prontos para uso.
Em termos mais técnicos, A plataforma ArcGIS para Saneamento fornece padrões de implementação seguros e flexíveis que são implementados de acordo com as políticas de segurança das empresas: on-premise ou 100% nuvem ou ainda de maneira híbrida. Essas soluções são abertas e suportam todos os padrões comuns de GIS e TI.