No cenário atual, contando com diversas adversidades como a própria pandemia, inflação, juros em alta, boa parte das famílias endividadas, é preciso ter um olhar atento às movimentações varejistas.
Na contramão disso, algumas redes de lojas de variados setores decidiram abrir mais lojas ao longo dos últimos anos, focando no futuro a longo prazo, ou até mesmo no atingimento de um público mais diversificado do que era habitual, como por exemplo, estratégia de entrar no segmento de atacarejo ou direcionar esforços aos atacarejos.
Aí entra o questionamento de analistas e outros empresários, qual a estratégia pensada neste sentido e como eles fazem essas análises?
Para responder essas questões, vamos entrar no quesito planejamento estratégico das redes varejistas. Com a transformação digital e integrações tecnológicas, o planejamento é mais intensificado. No trecho abaixo, elaborado pela minha colega @alinecoimbra ela destaca a importância e pontos relevantes que estão por trás da estratégia de expansão das grandes redes:
Planejamento
Dentro da análise, é possível realizarmos alguns passos importantes na ampliação da sua rede de lojas. Em um primeiro momento, essa ação vai além do uso das ferramentas de geomarketing e se amplia ao nível de planejamento. Isso porque expandir está relacionado a também correr novos riscos, realizar investimentos, entre outros. Veja abaixo:
- Saiba onde quer chegar: Onde estou e o que minha empresa faz? Para onde quero ir? Como chegar lá e quais ações de decisões devo realizar? A partir desse primeiro item, é possível traçar um olhar estratégico e criar rotas de como chegar ao seu objetivo final e em quanto tempo;
- Tenha um esboço de como será seu posicionamento em marketing e sua presença digital, visto que é importante analisar tendências e oportunidades no seu meio;
- Faça um planejamento financeiro e verifique possibilidades de linhas de crédito para que realize um plano de desenvolvimento do seu empreendimento. Com a incorporação do geomarketing a estas ações, será cada vez mais assertivo, pois ao realizar estudos socio-demográficos e mercadológicos para a escolha de um novo ponto, é possível definir análises facilitadoras na tomada de decisão.”
E o interessante do trecho destacado acima, é que ela colocou que a inteligência geográfica atrelada a diversas outras ferramentas como BI, Data Analytics, Data Science entre outras, agregam muito valor e insights de negócios enriquecidos para uma tomada de decisão assertiva.
Outras respostas podem estar ligadas às estratégias de omnicanalidade, por exemplo, para estabelecer e estreitar a integração entre os canais digitais e físicos promovendo melhores experiências dos consumidores. Esta estratégia é totalmente baseada em dados e contexto geográfico.
Demografia, economia, relacionamento geográfico e preferências por conveniência nas proximidades, permitiram que as empresas otimizem suas operações para melhor atender às necessidades de seus clientes.
Aí entra um dado interessante, é impressionante que 87% das organizações entendem que os Sistemas de Informações Geográficas (GIS) exercem função importante para seus negócios, porém existem desafios. Parte do problema é o acesso ao dado e a sistemas.
É fundamental que as empresas, principalmente de bens de consumo, entendam a natureza mutável de como os clientes consomem seus produtos, onde estão, qual canal, o mix de produtos ideal, concorrentes e onde estarão as próximas oportunidades de crescimento de market share.
Esta ciência de interpretação do mercado mudou significativamente após o início da pandemia, pois passou a exigir análises mais sofisticadas, visto que a dinâmica dos consumidores vem mudando de forma significativa. Para permitir acompanhar esse fenômeno, os executivos devem começar a monitorar e estudar dados próprios, como por exemplo, a sua base de clientes (CRM).
Grandes redes varejistas estão investindo pesado no setor atacarejo, o qual já ultrapassa o varejo tradicional nas casas brasileiras, ou seja, com preços atrativos, cerca de 15% a menos do que supermercados tradicionais, preenche muito bem os lares em uma economia volátil, onde nota-se o comportamento dos clientes de busca por menores preços.
E essa estratégia passa por fusões, aquisições e estratégias de expansões de marca, para isso, não basta feeling, mas sim ferramentas de geomarketing que lhe darão percepções reais do consumo e de como e para onde focar esforços de atuação.
E não parece que para por aí: no ano de 2022, houve um crescimento de 25% comparado a 2021 e a previsão para os próximos anos é de que o setor continue como uma das principais áreas de crescimento dentro do varejo alimentar. Com crescimentos expressivos no faturamento e um ritmo forte de aberturas do setor (já anunciado pelos principais operadores), as redes de Atacarejo se firmam como pilares imprescindíveis para a evolução econômica da rede varejista no Brasil. Diante dos números superlativos do setor, o desafio permanente é conseguir continuar atendendo às demandas de um consumidor brasileiro cada vez mais exigente, mais informado e com mais alternativas de compra, como o e-commerce.
Um dos caminhos encontrados é aumentar o portfólio de produtos para conquistar o consumidor: 51% dos produtos disponíveis para ele – como alimentício, limpeza, higiene, perfumaria, dentre outros.
Fato é que as estratégias primordiais do setor permeiam a realização e cruzamento de dados, condicionando-as a variável geoespacial, ou seja, inteligência geográfica e geomarketing para suportar os processos de decisões, criando uma verdadeira máquina de análises e insights de negócios, quando usada com Data Analytics, BI, CRM e afins, possibilitando e minimizando a margem de falhas e rupturas.
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