A gestão eficiente de instalações e equipamentos de qualquer companhia é sempre uma atividade desafiadora em qualquer operação.
Há sempre necessidade de cadastro preciso e monitoramento especializado, coerente com o alto valor agregado dos equipamentos. Inspeções complexas precisam ser realizadas de forma recorrente e com segurança em locais de difícil acesso, sempre em busca de melhoria de eficiência e para atender a rigorosas medidas regulatórias.
O inventário de peças de reposição precisa estar atualizado com suporte ativo através de um relacionamento de proximidade com fornecedores.
Tudo isso acompanhado por processos que percorrem múltiplas áreas de conhecimento e departamentos, desde o planejamento, construção até a operação, passando por paradas regulares para manutenção.
Com o tempo, toda essa informação se acumula sem ser aproveitada da melhor forma. Em muitos casos, acaba descartada ou mesmo subutilizada. Simplesmente por não haver tempo e esforço suficiente dedicado a análise.
Paralelamente, a recorrência e repetição dessas atividades leva a potencial falha humana. Olhos humanos desgastados pela carga de trabalho ou mesmo por urgência ocasional podem deixar passar aspectos importantes na fase de planejamento de operações, de monitoramento ou mesmo no momento da inspeção.
Como consequência, perdas na cadeia produtiva são observadas. Ou pior, acidentes que se transformam em lesões ou em perda de vidas.
Componentes da cadeia produtiva e equipamentos de segurança precisam ser constantemente revisados para evitar depreciação e cada momento interrupção para manutenção conta.
Para exemplificar melhor, vejamos um caso real. A plataforma de petróleo P-62 foi entregue à Petrobras em 2013, teve o custo de construção estimado em R$ 2,6 Bilhões, com capacidade de produzir 180 mil barris de petróleo por dia. Portanto, na cotação média de 2021 (cerca de US$ 70), cada dia de parada não programada para manutenção confere um prejuízo potencial de US$ 12.600.000,00.
Outro exemplo de equipamento valioso é o gasoduto Bolívia-Brasil. Ele leva gás natural da Bolívia até o sul do Brasil passando pelas regiões centro-oeste e sudeste. Custou cerca de US$ 2 bilhões para ser construído e pode carrear cerca de 30 milhões de metros cúbicos de gás.
Mais um exemplo. No segundo semestre de 2021, um consórcio formado pelas distribuidoras de combustível Raízen, Ipiranga e Vibra passaram a operar uma nova base de distribuição no Pará com capacidade de movimentar cerca de 800 mil litros de combustível derivado de petróleo por dia.
O investimento foi de aproximadamente R$ 115 milhões. Em um caso hipotético dessa movimentação diária se dar exclusivamente de gasolina e considerando o valor do litro em R$ 5,25 (média de 2021, segundo ANP), o prejuízo potencial seria de R$ 4.200.000,00 por dia em caso de parada total não programada.
Em qualquer um dos exemplos mencionados, uma parada inesperada na operação pode levar a prejuízos significativos.
Sendo assim, muitas empresas vêm apostando na digitalização ou mesmo na automação de processos com o objetivo de melhorar a visibilidade e o tempo de resposta a problemas.
Utilizando a capacidade das máquinas de processar informações, é possível aumentar a visibilidade de gaps de produção, sem mencionar a correlação entre fatos relevantes (como acidentes e paradas não programadas) e processos. Em um primeiro momento, tais correlações podem ser imperceptíveis a olho nu.
Essa mesma capacidade de processamento da informação também ajuda a resgatar dados acumulados, como resultados de inspeções e aferições de instrumentos. Essa nova forma de análise agrega sabedoria ao processo produtivo e gera insumo para modelos preditivos. Os modelos preditivos, por sua vez, geram alertas a partir de eventos indesejados.
Mesmo assim, essa não é a realidade em todo o mercado de Óleo & Gás.
Uma pesquisa de mercado divulgada em fev/2022 indica atraso das companhias de óleo e gás na adoção de estratégias de transformação digital. Dentre as principais iniciativas, destacam-se:
- 34% dos respondentes indicaram estar no início ou ainda estar para começar iniciativas neste sentido;
- 21% responderam que iniciativas digitais muitas vezes resultaram em aumento de trabalho e geraram pouco benefício;
- 50% das companhias exploram tecnologias bem definidas:
– Câmeras de Surveys (Drones);
– Sistemas autônomos (GRV, AUV, BVLOS);
– Fabricação aditiva/impressão 3D.
Outra pesquisa publicada em 2021 afirma que apenas 29% das empresas do setor de óleo e gás possui um time preparado para um processo de automação.
Essa mesma pesquisa aponta que apenas 23% das empresas de Recursos Naturais (Óleo & Gás, Energia e Mineração) têm dados “capturados, integrados e armazenados com finalidade de propiciar uma visão 360º de clientes, concorrentes, do próprio setor e de outros setores também”.
Esta citação evidencia mais um ponto crítico: a dificuldade do compartilhamento e governança da informação. Os dados vão naturalmente ficando circunscritos a silos específicos dentro da organização ou mesmo entre organizações. Isso restringe o uso mais holístico e impede a geração de valor em outros processos.
Plantas de engenharia ficam guardadas em armários fechados. Relatórios de inspeção não são completamente compartilhados com a equipes de operação e um percentual muito baixo desse conteúdo costuma servir de modelo para as equipes de gestão e expansão.
Um último aspecto envolve compliance. Boa parte das companhias não têm performance adequada tanto na completude quanto no prazo de entrega de relatórios. Muitos gargalos podem ser observados neste âmbito como, por exemplo, o tempo entre a compilação de relatórios de inspeção feitos em papel e a consolidação em um relatório final, feito no escritório.
Existe, inclusive, o risco de perda de formulários nessa transição. Acrescenta-se a isso erros de digitalização e a dificuldade para recuperar dados em caso de necessidade.
Gestão Geográfica de Ativos
Obviamente, gerir toda essa diversidade de ativos, em várias localidades distintas, não é tarefa simples.
Contudo, processos de gestão podem evoluir sustentados por práticas de transformação digital que envolvam conceitos e informações compartilhadas não só por parte das equipes de TI, mas também pelas equipes de:
- Gestão de equipamentos, instalações e patrimônio (de alto e baixo valor agregado);
- Operações;
- Processos (incluindo todo o caminho percorrido na criação dos produtos);
- Projetos e engenharia.
Nesse cenário, o sistema ArcGIS provê soluções de inteligência geográfica que torna possível a execução integrada de atividades que compõem os processos de negócio de qualquer empresa do mercado de Óleo & Gás, independente do subsetor em que atuam (Upstream, Midstream ou Downstream).
Em ambiente SaaS ou On-Premise. Desktop, web e/ou mobile. Da seguinte forma:
- Capacidade de captura e modelagem da Realidade:
– Formulários de campo inteligentes em ambiente;
– Planejamento, execução e gerenciamento de produtos gerados a partir de voos de drones;
– Geração automática de mosaicos, imagens oblíquas, modelos digitais de terreno e nuvens de pontos. - Agrupamento de dados e imagens:
– Gerenciamento de imagens em mosaico ou imagens obliquas. - Integração com outros sistemas para visão holística do ambiente:
– SAP, Microsoft, BIM, Salesforce e muito mais… - Conexão em tempo real com feeds de dados:
– Sensores;
– Colaboradores;
– Veículos. - Monitoramento exibido em painéis dinâmicos:
– Acompanhamento em tempo real;
– Filtros que incidem simultaneamente sobre mapas e indicadores;
– Utilização e construção simplificada (alta velocidade de manutenção). - Visualização rica em duas ou três dimensões:
– Todos os equipamentos e instalações visíveis em um só lugar;
– Reuniões analíticas e/ou executivas em qualquer lugar. - Simulação de condições e cenários:
– “Fusão” de múltiplas informações baseada nas características desejadas e na posição geográfica do evento;
– Análises multicritério consolidadas no mercado. - Criação de modelos preditivos com ou sem a ajuda de inteligência artificial:
– Ferramentas de análise incluídas no produto;
– Customização opcional sem custo adicional. - Informação compartilhada entre departamentos:
– Compartilhamento mapas e relatórios dinâmicos em instantes;
– Alta diversidade de modelos e formatos de colaboração. - Segurança e governança garantidos:
– Integração com os sistemas de autenticação da sua empresa. - Apoio a processos de operação e tomada de decisão:
– Acesso à informação compartilhada em qualquer lugar (web e/ou intranet);
– Múltiplas formas de acesso ao mesmo produto: desktop, web ou dispositivo móvel.
Captura e Integração de Dados:
Monitoramento em tempo real e Visualização de informações:
Análise e Predição:
Colaboração e Compartilhamento:
Em resumo, a Gestão Geográfica de Ativos é uma solução de integração digital que suporta processos colaborativos com visão holística que promove melhores Insights e tornando-os exequíveis de forma corporativa.
Essa abordagem traz benefícios não apenas em função da integração das informações de negócio da companhia, mas também enriquecendo análises através da inclusão de dados do entorno das instalações, como dados socioeconômicos e ambientais.
Nenhuma outra solução pode integrar modelos de negócio com uma variedade tão grande de informações, disponibilizando às organizações o entendimento completo das suas operações, a percepção de impactos imediatos e potenciais, bem como planejar o futuro.
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