“Nós utilizamos tecnologia e análise nas operações que nos permitiram servir aos consumidores como eles gostariam de ser servidos enquanto também manteve as nossas operações eficientes” – Jack Levis, Diretor Sênior em Gestão de Processos da UPS
A UPS, multinacional com operações logísticas em mais de 220 países, usa geotecnologia para calcular trajetos do tipo “origem-destino”.
Diariamente, é feita a identificação de onde cada encomenda está saindo e onde cada uma deve estar até o fim do dia. As localizações de origem e destino são inseridas em um algoritmo customizado onde rotas de entrega para cada veículo são geradas.
Utilizando as soluções ArcGIS, foi alcançada em um ano uma economia de aproximadamente 50 milhões de dólares, incluindo 10 milhões de galões de combustível e 100.000 toneladas de carbono que não foram emitias para a atmosfera¹.
A evolução dessa empresa no uso da tecnologia se deu de forma gradativa. Iniciando com a análise descritiva da cadeia sua de suprimentos (Onde eu estou?), passando pela análise preditiva (Para onde estou indo?) e culminando na análise prescritiva (Para onde eu deveria estar indo?).
E não acaba por aí. Novas soluções continuam a ser incorporadas resolvendo problemas cada vez mais complexos de forma integrada.
“Nós temos 200 sensores em todos os nossos veículos. Nós reduzimos custos com panes e reparos simultaneamente através da análise”
Sensores e Sistemas Integrados
“Devido à necessidade de altos investimentos, os executivos brasileiros também priorizam uma visão com abordagens mais pragmáticas, focadas principalmente em iniciativas de melhoria e integração de processos e sistemas (ou digitalização), automação e sensorização da cadeia produtiva (máquinas, equipamentos e estoque) para melhor coleta de dados e visibilidade do fluxo produtivo.” – KPMG: Indústria 4.0 no Brasil, 02/2022
Em suas jornadas em direção a digitalização, é muito comum que indústrias invistam em soluções pontuais, focadas em soluções destinadas a silos específicos da companhia, muitas vezes por restrições de custo e/ou de prazo. Dentro desse escopo, as soluções mais comuns são as de automação e sensorização.
Entretanto, em uma visão de longo prazo, a falta de conectividade entre estes silos organizacionais gera um ecossistema de soluções difícil de gerir.
No artigo “Gestão Geográfica de Ativos: Upstream, Midstream e Downstream” foram discutidas inúmeras formas de otimizar processos em qualquer fase da cadeia de valor de Óleo e Gás. E, nos “6 estágios da indústria 3.0 até 4.0” essa discussão foi além, direcionada para uma proposta evolutiva, partindo de uma versão da indústria com menos influência tecnológica (versão 3.0) para uma versão mais automatizada (versão 4.0).
Em todas as etapas dessa evolução a integração entre sensores e sistemas vigora, proporcionando a identificação antecipada de situações de risco que podem ocasionar desvios na operação, falhas de equipamentos e paradas não programadas.
Esse raciocínio se estende para a incorporação de informações de contexto geográfico que podem influenciar nas condições operacionais dos ativos. O monitoramento das condições climáticas (chuvas, vento, ondas, relâmpagos), socioeconômicas ou de tráfego, por exemplo, podem ser utilizadas para antecipar situações de risco e possibilitar a execução de soluções de contorno em tempo hábil, evitando o descumprimento de contratos e a aplicação de multas.
Outro ponto de destaque é o monitoramento de estoques atuais e futuros. Armazenar “apenas o suficiente” é a melhor forma de otimizar custos. Sendo assim, monitorar em tempo real o estoque estacionário armazenado em tanques ou o estoque em movimento por qualquer modal garante a visão ampla de toda a cadeia de suprimentos e, por consequência, a capacidade de otimizar identificar visualmente ou de forma automatizada formas de otimizar a governança sobre o volume de insumos e produtos.
Considera-se, ainda nesse contexto, o monitoramento dos responsáveis pela manutenção, inspeção de equipamentos e de resposta à emergência, posicionados dentro e fora das limitações geográficas dos ativos.
A indústria de Óleo e Gás do Futuro
“O mercado brasileiro de óleo e gás investiu em 2021 cerca de US$ 717 Milhões em software e serviços. Esses investimentos foram direcionados, principalmente, para o subsetor de exploração e produção. Todo esse investimento corresponde a um acréscimo de 11,4% em relação a 2020.” – Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES)
As empresas de óleo e gás investiram em software e serviços no ano de 2021 o equivalente a apenas 3,7% de todo investimento feito no Brasil. Se compararmos com os segmentos de Finanças (US$ 5 Bilhões) e de Telecomunicações (US$ 4,9 Bilhões) fica evidente que ainda há muito espaço para novos investimentos, inovação e diversificação. Dessa forma, projetos corporativos com objetivos e retornos de investimento claros são a chave para desbloquear orçamentos.
Como referência a esses projetos corporativos, podemos voltar à discussão da automação e sensorização usando como exemplo duas tecnologias muito utilizadas em ambientes industriais: o RFID e o IoT.
Exemplos de tecnologias usadas em ambientes industriais
A tecnologia RFID, do inglês Radio Frequency Identification (Identificação por Radiofrequência), pode ser considerado por muitos a evolução do código de barras, pois permite a coleta à distância de múltiplas informações fixadas em etiquetas que, por sua vez, ficam instaladas em equipamentos ou em crachás de colaboradores.
Dessa forma, sinais de rádio emitidos por um leitor reconhecem as etiquetas que estão a uma certa distância (pode chegar a até 100 m) e transmitem em tempo real a informação adiante para um sistema onde podem ser consultadas por um gestor. Esse leitor pode ser uma antena posicionada em um portal, de forma a informar quando o produto ou ativo passou de um ambiente para o outro ou pode ser um leitor manual, carregado por algum colaborador que “aponta” para um ativo para ler as suas condições.
A leitura dessas informações feita dessa forma permite que um volume maior de informações chegue mais rápido aos tomadores de decisão que, orientados a dados, passam a ser capazes de identificar melhorias de processo de forma mais assertiva.
Essa é uma ótima solução quando o custo por ativo é uma prioridade ou quando o ativo em questão só precisa ser monitorado em localizações específicas.
Já a tecnologia IoT, do inglês Internet of Things (Internet das coisas), não está limitada à comunicação por rádio e pode interagir através de vários protocolos de comunicação. Nesse caso, o sensor é instalado em um equipamento e transmite, além da posição geográfica exata do ativo, quaisquer informações adicionais disponíveis. Por ser uma tecnologia mais complexa, possui custo mais elevado mas, em contrapartida, possui maior capacidade de integração com outros sistemas e não se restringe ao posicionamento em “checkpoints” pré-estabelecidos por portais, como no RFID.
Outra boa forma de começar é otimizar trabalhos de campo.
Pense no tempo que um técnico de campo leva para preencher um formulário relacionado ao cumprimento de qualquer atividade. Pense no tempo necessário para que as informações contidas nesse formulário retornem para a base operacional, sejam digitalizadas e organizadas. Nesse ponto, vale a ressalva do erro humano potencial na digitalização e compatibilização com outras informações, como fotografias e áudios coletados. Por fim, pense no tempo que essa informação vai levar para ser consultada no escritório e poder ser utilizada como insumo para a tomada de decisão.
Imagine agora que toda essa informação pode ser coletada utilizando um aplicativo móvel. O formulário contido nesse aplicativo é idêntico ao utilizado em papel, com algumas melhorias:
- Apenas as perguntas relevantes à atividade ficam visíveis
- Preenchimento automático e/ou padronizado em função da regra do seu negócio
- Coleta e envio de assinaturas, fotografias e documentos anexado a cada formulário
- Envio imediato quando online ou momento de acesso a uma rede de comunicação
A redução de custo em horas trabalhadas de digitalização da informação e de custo intangível representada pela informação acessível de forma imediata e integrada ao seu modelo de negócio podem ser bons argumentos para iniciar um projeto de inovação.
O Papel da Inteligência Geográfica
Independente da escolha da tecnologia, as soluções ArcGIS são capazes de integrar os dados enviados por qualquer sensor aos dados dos sistemas de cadastro, adicionar dados de contexto geográfico, incluir análises, gerar relatórios e proporcionar o compartilhamento dos resultados de forma dinâmica e corporativa. Esse tipo de integração proporciona o engajamento vertical e horizontal em todas as áreas da companhia, levando agilidade e eficiência às operações e construindo um ambiente de planejamento e inteligência corporativo, orientado a dados.
Mas, esses são apenas estágios iniciais se considerarmos o nível de complexidade e o potencial para geração de valor. Se a sua empresa ainda não iniciou esse processo de digitalização, os exemplos acima são um bom ponto de partida. Veja os testemunhos desse cliente e desse outro como casos de sucesso.
E se você já está em estágio mais avançado, tenha a certeza de que ainda há espaço para novas formas de inovação. Nesse caso, utilize a nossa rede de apoio como catalizador do seu processo evolutivo em direção ao conceito de indústria 4.0.
SE VOCÊ SE INTERESSOU POR ESSA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, ACESSE NOSSA SOLUÇÃO!
Referências:
¹Fonte: https://www.esri.com/content/dam/esrisites/en-us/media/ebooks/brand-iot-online-web.pdf
Veja mais em:
Os 6 estágios da indústria 3.0 até 4.0 (onde a sua empresa está hoje?)
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