PwC utiliza Inteligência Geográfica para antecipar riscos relacionados à água

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Excesso em alguns lugares, escassez em outros

Empresas de diversos setores enfrentam um desafio crítico: há locais com água demais, gerando inundações e prejuízos, enquanto outros enfrentam escassez severa.

É o que especialistas têm chamado de um desequilíbrio entre excesso e falta de água — um problema que impacta diretamente cadeias de suprimentos, operações e investimentos.

As mudanças nos padrões hídricos globais vêm aumentando os riscos em escala setorial.

Em regiões com pouca água, indústrias como a de alimentos, moda e agricultura precisam conciliar seu consumo com o abastecimento das comunidades locais.

Em outras, chuvas mais intensas já causam enchentes em centros urbanos, interrompem rotas logísticas e levam produtores a repensar culturas e regiões de cultivo.

De acordo com a organização CDP, eventos relacionados à água custam bilhões de dólares às empresas todos os anos.

Mapeamento e análise para decisões estratégicas

Com o apoio da análise espacial, empresas têm reavaliado o impacto da água em seus ativos físicos, operações, funcionários e investimentos.

A PwC, uma das maiores consultorias do mundo, criou a plataforma Geospatial Climate Intelligence (GCI), que utiliza tecnologia de localização para modelar os impactos climáticos sobre empresas globais.

Dos 12 principais riscos monitorados pela plataforma, muitos estão diretamente ligados à água: enchentes, ciclones, ressacas, secas, aumento do nível do mar e ondas de calor.

A análise é feita por meio de dashboards com tecnologia GIS (Sistema de Informação Geográfica), que permitem identificar os riscos com base na localização dos ativos das empresas.

Isso gera inteligência de localização para apoiar decisões mais resilientes frente aos desafios climáticos.

“A tecnologia GIS ajuda a tornar o risco mais tangível”, afirma Steve Bochanski, líder da equipe de modelagem de riscos climáticos da PwC.

“Combinando dados climáticos e imagens de satélite, conseguimos entender por que um local apresenta maior risco do que outro a poucos quilômetros de distância.”

Um novo panorama global da disponibilidade hídrica

A equipe de sustentabilidade da PwC reúne cientistas do clima, atuários, modeladores de catástrofes e cientistas de dados para criar modelos de risco com base em mais de 100 fontes diferentes.

O objetivo é fornecer clareza estratégica para decisões de investimento de longo prazo.

Esses modelos geram projeções detalhadas sobre a frequência e a intensidade de eventos extremos até o ano de 2100.

No mapa interativo, os clientes visualizam o risco nas suas unidades, depósitos e demais localizações estratégicas.

É possível visualizar rapidamente áreas críticas — destacadas em amarelo escuro, laranja ou vermelho — e analisar riscos isolados como calor extremo, ou agrupamentos de eventos adversos.

“É uma visualização muito impactante”, diz Bochanski. “Chama a atenção do cliente de imediato e ajuda a iniciar conversas estratégicas.”

Em alguns casos, os analistas chegam ao nível de resolução de 10 metros (como nos EUA), projetando, por exemplo, a vulnerabilidade de um armazém a furacões de categoria 3 nos próximos dez anos.

Informações como o tipo de construção e a vegetação ao redor ajudam a estimar melhor os danos potenciais.

Onde tecnologia, indústria e agricultura já aplicam inteligência hídrica

Tecnologia: centros de dados e o uso intensivo de água

Instalações de alta tecnologia como fábricas de chips e data centers consomem volumes enormes de água — necessária para manter a temperatura ideal dos servidores (entre 17 °C e 22 °C).

Em muitas regiões, a água ainda é o método de resfriamento mais acessível economicamente.

Porém, centros de dados podem consumir até 5 milhões de galões por dia.

Quando há concentração em regiões já pressionadas, como Phoenix (com quase 60 data centers), os impactos são significativos para o abastecimento local.

Com dados geoespaciais, empresas podem prever se a escassez ou os custos hídricos futuros inviabilizarão operações.

Algumas já consideram mudar para resfriamento a ar, com base nessas análises.

Indústria: reconfigurando cadeias produtivas globais

Fábricas utilizam água em várias etapas produtivas e são altamente dependentes de cadeias logísticas integradas.

Na Índia, que se tornou um polo de peças aeroespaciais, chuvas históricas têm causado alagamentos que bloqueiam estradas e impedem o abastecimento, levando a atrasos e desabastecimentos.

Com a inteligência da GCI, é possível antecipar esses riscos e redesenhar a cadeia produtiva, desviando atividades para áreas menos vulneráveis.

A plataforma também permite avaliar riscos de contaminação ou escassez para orientar decisões de médio e longo prazo.

Para empresas do setor alimentício e outras que dependem da agricultura, um painel específico permite avaliar regiões produtoras com base em riscos de seca, orientando decisões sobre preços, volume e fornecimento.

Agricultura: o futuro dos cultivos segue a água

O estresse hídrico já afeta diretamente 25% de toda a produção agrícola global.

A análise geoespacial permite prever quais regiões poderão deixar de ser viáveis e quais podem se tornar mais produtivas com a mudança dos padrões de temperatura e disponibilidade de água.

Nos EUA, por exemplo, o cinturão do milho está se deslocando para o norte, migrando de Illinois e Iowa para estados como Minnesota e Dakota do Sul.

A PwC também orienta investimentos em irrigação com base em projeções que cruzam temperatura e precipitação — ajudando produtores a decidir quando e onde adotar novas tecnologias.

Mapeamento para ação: adaptando com inteligência

As empresas que adotam inteligência de localização ganham clareza para agir.

Sabendo onde os riscos são maiores, podem instalar coberturas reforçadas, barreiras contra enchentes, ou até investir localmente em tecnologias para uso eficiente da água.

Com o apoio de modelos de risco climático baseados em localização, é possível operar de forma mais sustentável e colaborativa, respeitando um recurso essencial para a vida, as comunidades e os negócios.

Traduzido e adaptado do original de Alexander Martonik (Esri). 

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