2024 foi declarado o ano mais quente já registrado, superando 2023, que anteriormente ocupava esse lugar.
Nosso planeta está, sem dúvida, aquecendo.
No entanto, assim como ocorre com a maioria dos fenômenos climáticos, os impactos variam de acordo com a geografia.
Embora o aquecimento seja global, nem todas as regiões estão aumentando de temperatura na mesma taxa ou ao mesmo tempo.
Compreender essas variações ajuda os cientistas a prever futuras mudanças e os impactos relacionados ao clima.

Este mapa animado, produzido pelo NASA Scientific Visualization Studio, ilustra como diferentes partes do nosso planeta têm se aquecido ao longo do tempo.
Ele utiliza os dados da Análise de Temperatura da Superfície do GISS, que abrange as anomalias de temperatura registradas de 1880 até 2024.
O mapa divide a Terra em oito faixas horizontais por latitude.
Tons de vermelho indicam temperaturas mais elevadas em relação à média do período de 1951 a 1980, enquanto tons de azul representam temperaturas mais baixas.
As cores mais intensas – tanto os vermelhos quanto os azuis – evidenciam as variações mais extremas.
Até 2024, todas as faixas da Terra apresentaram uma anomalia de temperatura de pelo menos um grau acima da média de referência.
À medida que o mapa é animado, cada faixa mostra a evolução da anomalia de temperatura ano a ano.
Um gráfico ao lado do mapa registra essas variações com marcas, permitindo visualizar a distribuição das anomalias de temperatura ao longo do tempo em cada faixa.
Dessa forma, é possível observar como diferentes regiões estão se aquecendo de maneira distinta.
Mesmo há 100 anos, algumas áreas já registravam temperaturas relativamente mais altas.
Até a década de 1970, a maioria das anomalias ficava abaixo da média de referência.
A partir desse período, tanto o mapa quanto o gráfico passam a mostrar uma predominância de tons vermelhos.
Ao final da animação, em 2024, o globo inteiro está imerso em tons de vermelho.
Em algumas marcas do gráfico, as anomalias chegam a superar 2,2°C (equivalente a 4°F) no Polo Norte.
De forma geral, a amplitude das variações indica que as regiões polares têm experimentado as flutuações de temperatura mais extremas, com o Ártico aquecendo muito mais rápido do que qualquer outra região.
Essas constatações estão em consonância com a observada perda de massa de gelo polar e redução do gelo marinho, sinalizando um potencial aumento na velocidade da elevação do nível do mar.
Conteúdo traduzido do original de Robby Deming.