O termo “mudanças climáticas” tem sido cada vez mais pesquisado em todo o mundo, atingindo recorde de buscas no ano de 2022. O interesse em saber mais sobre o assunto diz respeito não só a essas duas palavras, mas principalmente às suas consequências, que são já conhecidas por brasileiros de norte a sul do país.
Todos os anos, com a chegada do verão, episódios de chuva forte ocorrem em todo o Brasil trazendo, de forma associada, inundação, deslizamentos e enxurradas. Estes desastres atingem os mais diferentes ramos da sociedade: desde a produção agropecuária, com a produção de alimentos e produtos sendo afetadas pelos episódios climáticos; como setores de transportes e logística, cuja atividade pode ser diretamente prejudicada pela interrupção do tráfego.
De forma mais direta, governos enfrentam ano a ano a necessidade de revisitar suas ações para a redução de risco de desastres, visando a proteção da população e manutenção de sua infraestrutura.
No Atlas Digital de Desastres no Brasil (Atlas (ufsc.br)), se observarmos apenas desastres que podem estar relacionados a chuvas fortes como: alagamentos, enxurradas, inundações, movimento de massa e chuvas intensas, é possível verificar cerca de 3.700 óbitos, 7.45 milhões de desabrigados e desalojados e 76.98 milhões de afetados entre os anos 1991 e 2021 em todo o país. Em valores corrigidos, os danos totais contabilizam 102.97 bilhões de reais para o mesmo período.
Com as mudanças climáticas, os desastres têm sofrido maior dificuldade de previsão. O aumento de sua frequência e intensidade colocam à prova toda a estrutura da sociedade em relação a esse enfrentamento, trazendo a necessidade de planejamento e organização nas etapas de preparação, resposta e recuperação. Neste sentido, a inteligência geográfica se mostra como um aliado fundamental para a construção da capacidade de recuperação em todos estes momentos.
O GIS é estratégico para mensurar o grau dos riscos em mapas dinâmicos
Atuando nas etapas pré, durante e pós-desastres, os Sistemas de Informação Geográfica (SIG ou GIS, em inglês) contribuem para o levantamento de informações, centralização de dados e compartilhamento de iniciativas. Refletindo sobre os diferentes setores que atuam no combate à desastres no Brasil, é possível verificar a possibilidade de coletar dados socioeconômicos das pessoas em situação de vulnerabilidade, realizar um inventário da infraestrutura de apoio, como hospitais, abrigos e escolas, identificar áreas suscetíveis à novos riscos, traçar rotas de evacuação e transporte de mantimentos para atingidos, entre outros.
Aliada ao potencial de novas tecnologias, como sistemas integrados à dispositivos móveis, a atuação de equipes de campo e escritório é capaz agora de coletar informações e acompanhá-las em tempo real, possibilitando a elaboração e análise de indicadores. A utilização desses sistemas possibilita ainda mapeamentos colaborativos, incentivando o engajamento da população nas tomadas de decisões, fundamentais para o estabelecimento de políticas públicas.
A gestão da informação e a inteligência geográfica permitem o planejamento de qualidade, fortalecendo os processos de identificação e gestão do território e das pessoas que nele vivem. As chuvas de verão, intensificadas pelas mudanças climáticas, ainda provocarão modificações no nosso país, porém a prevenção e o planejamento são os principais meios para salvar vidas e construir um futuro mais sustentável.
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Parabéns pelo artigo Karol, excelente! Muito interessante o Atlas produzido pela UFSC… lamentável que o nosso país tenha que passar por estes problemas com chuvas, todos os anos!!!!