O guia do CEO: Vantagem competitiva com Location Intelligence

Maurício Jun - Diretor de Marketing - Imagem Esri - Autor Portal GEO

Maurício Jun

Diretor de Marketing - Imagem/Esri

Atualizado em 29/11/2022

Quem está na direção executiva de uma empresa assume a missão de definir metas e sua visão de futuro. E ser o responsável pelo sucesso da empresa, em um mercado dinâmico e competitivo, influencia diretamente CEOs a procurarem novas ferramentas de apoio. Então, está na hora de falar sobre Location Intelligence.

Uma ferramenta que chama cada vez mais atenção por sua crescente relevância é o que o principal analista da Forrester chama de estratégia orientada por análises.

Os executivos “precisam obter insights em escala”, disse McCormick em um podcast.

“Precisamos de tecnologias de dados e análises que forneçam valor estratégico, não apenas a estimativa do ROI. E esse valor precisa nos diferenciar. Por isso, devemos entender nossos negócios, clientes e processos de forma a oferecer essa diferenciação.”

Location Intelligence pode ser a chave para apoiar CEOs a obter essa vantagem competitiva. Location Intelligence é um termo que vem da análise de dados de negócios em um contexto geográfico. Por exemplo, a localização de um ponto bom em vendas, os hábitos de consumo online dos consumidores e eventos que afetam as decisões da cadeia de suprimentos.

Em resumo, a Location Intelligence traz à tona tendências e padrões locais, nacionais e globais. Uma estratégia com Location Intelligence apoia muitas das responsabilidades de um CEO, incluindo o reconhecimento e adaptação aos padrões de vendas, prestação de serviços e eficiência em todos os locais corporativos, assim como se antecipar os movimentos do mercado e as mudanças demográficas.

O motor por trás dessa location intelligence é um GIS (Sistema de Informações Geográficas), que analisa e organiza informações em mapas e painéis inteligentes.

CEOs podem monitorar os padrões revelados em um painel do GIS, que atualiza as informações de tendências de vendas, características dos clientes, a demografia da população, os custos e eficiência da cadeia de suprimentos e a reputação da empresa.

“Peter Drucker, consultor de gestão internacionalmente renomado, disse uma vez que o propósito de um negócio é criar e manter os clientes”, diz Thomas Horan, reitor da Escola de Negócios da Universidade de Redlands, na Califórnia.

“Para servir bem esses clientes, CEOs devem ter o entendimento estratégico e tático de onde a empresa está posicionada no mercado e como está sendo seu desempenho.”
– completa Horan.

Monitore e responda às tendências empresariais, econômicas e sociais

 

Ao analisar milhões de pontos de dados que afetam a produção, as vendas ou o transporte, desde a mudança da demografia dos locais de trabalho até as alterações nos mercados e nos padrões climáticos, o GIS transforma o Big Data em insights de nível estratégico.

Os mapas inteligentes fornecem relatórios de status em tempo real sobre tendências e condições que são importantes para melhorar os negócios atuais e planejar estratégias de longo prazo.

No setor de manufatura, a tendência que mostra o declínio na taxa de compra de carros é um exemplo de como CEOs podem aplicar a location intelligence.

Tratar de uma tendência de com essa importância, que ameaça os modelos de negócios e tem visibilidade em nível de diretoria, exige inteligência confiável e uma estratégia bem ajustada.

CEOs podem mapear percepções de mercados globais e locais para entender como, onde e em qual ritmo as preferências dos consumidores de automóveis estão mudando. Com essa informação, os líderes conseguem ajustar o modelo de negócios para superar a concorrência.

Em diferentes segmentos, o GIS potencializa a análise e as ações por meio de painéis de nível executivo que monitoram, por exemplo:

    • Tendências e riscos em localizações do mundo todo, dando a situação dos mercados atuais e potenciais

 

    • Fatores de risco ou de oportunidades relacionadas às mudanças nos padrões políticos, culturais ou econômicos

 

    • Indicadores de mercado, incluindo flutuações nos sistemas monetários, economias regionais ou locais, bolsas de valores e taxas de juros em regiões ao redor do mundo

 

    • Trending topics das redes sociais que revelam as preocupações dos consumidores sobre a economia, negócios ou sociedade

 


location intelligence - imagem 1

A Location Intelligence orienta as decisões competitivas ao realçar a demografia de uma área, incluindo idade, sexo, educação, renda e até mesmo dados diferenciados, como preferências de entretenimento.

Desenvolva e mantenha uma compreensão maior do cliente

 

Os CEOs devem compreender as mudanças nas expectativas dos clientes e saber respondê-las com produtos e serviços novos ou modificados.

Para o fundador e presidente de uma grande rede varejista de móveis nos Estados Unidos, antigamente os direcionamentos do varejo eram, em grande parte, feitos por intuição.

Mas, como o negócio cresceu – hoje ele está entre os principais varejistas da categoria no país – a escala e o tamanho de seus investimentos exigiram maior rigor. Foi quando ele recorreu à inteligência geográfica orientada por GIS para entender quem e onde estavam os clientes da empresa.

Com dados de GIS que deram uma compreensão profunda de não apenas quem eram seus melhores clientes potenciais, mas onde eles estavam, o executivo conduziu uma expansão que continua até hoje. “Ter dados adicionais para refinar [meu] instinto foi muito, muito benéfico”, diz ele.

Da mesma forma, quando os executivos de um dos maiores restaurantes Fast Casual dos Estados Unidos procuraram lançar um aplicativo que permitisse aos clientes pedir comida em seus telefones, a inteligência de localização desempenhou um papel fundamental.

Para a fase piloto, a empresa poderia simplesmente ter escolhido mercados onde as vendas fossem mais altas. Mas, os executivos se aprofundaram. Usando análises com base em GIS, eles mapearam as cidades que mostraram fortes vendas e altas taxas de adoção digital.

A análise – que revelou a porcentagem de pessoas em cada cidade que havia usado recentemente o telefone para fazer uma compra de produto – promoveu uma compreensão mais ampla dos clientes do que a maioria dos executivos imaginava. Com essa percepção, a empresa adotou uma estratégia orientada por dados para implantar seu novo serviço, ampliando a adoção e minimizando os desperdícios em marketing.

Aumente os negócios e afaste ameaças competitivas

 

“O trabalho de um executivo é olhar para o mercado e prestar atenção à posição competitiva da empresa e seu futuro como uma entidade viável”, relata Brian Kilcourse, sócio-gerente da RSR Research.

Uma questão complicada sobre a concorrência é que ela muda. Na indústria de Utilities nos Estados Unidos, por exemplo, a concorrência era praticamente inexistente antes dos esforços de desregulamentação dos anos 90. Depois disso, os CEOs das concessionárias recalibraram suas estratégias de mercado e o terreno começou a mudar novamente.

Desta vez, a democratização se tornou uma barreira pois os proprietários individuais, residenciais e empresas podem gerar sua própria energia através de fontes solares e eólicas. Olhando para o futuro, os CEOs das Utilities estão usando a inteligência de localização para entender onde essa ameaça competitiva existe, bem como planejar para chegar à frente dela.

No varejo, manufatura e outras indústrias, o mapeamento inteligente oferece aos líderes uma noção de como áreas específicas estão mudando – se moradores ou visitantes estão começando a se tornar um grupo demográfico mais velho, exibir diferentes estilos de vida ou se estão favorecendo marcas concorrentes. O painel de controle de um CEO pode rastrear insights baseados em localização, como locais planejados pela concorrência e mercados nos quais os rivais estão reformulando as linhas de produtos.

Alguns executivos adotam uma abordagem mais direta, listando serviços que usam inteligência artificial (IA) para interpretar imagens de satélite e revelar tendências entre concorrentes. Outros voam com drones sobre as instalações da concorrência para entender os níveis e técnicas de produção.

Todos esses dados, em nível local e nacional, alimentam decisões executivas sobre como alocar recursos corporativos para expandir e desenvolver ofertas.

Determine como e onde alocar recursos

 

Uma grande cadeia de varejo usou a inteligência de localização do GIS para analisar sua cadeia de suprimentos e reduzir seu número de centros de serviços em mais da metade, criando grandes melhorias na experiência do cliente e na lucratividade.

“Em determinado momento, a empresa tinha quase 50 pontos de serviço nos Estados Unidos”, explica Avijit Sarkar, professor de administração da Universidade de Redlands. “Eles estavam enviando técnicos de entrega para atender seus produtos em milhões de lares de uma maneira quase aleatória, porque não administravam bem essa parte do negócio”.

Com a linha de frente sofrendo com essas ineficiências, o CEO e a equipe executiva recorreram ao GIS, que há muito tempo já usavam para apoiar o desenvolvimento do mercado, para ajudar a otimizar a cadeia de suprimentos de serviços e entregas. Eles mapearam os locais de clientes, técnicos e suprimentos e analisaram métricas como:

    • Entregas do cliente e rotas de serviço, incluindo entregas sensíveis ao tempo

 

    • Custos de combustível e manutenção

 

    • Relatórios de acidentes e custos por rota

 

    • Salários e benefícios do motorista e do pessoal de serviço

 

    • Regiões de crescimento antecipado de clientes

 

Os mapas resultantes revelaram possibilidades de rendimento que a atuação humana não conseguiria calcular em escala nacional. A equipe executiva reduziu o número de pontos de serviço de 46 para 22, diz Sarkar. “Imagine o efeito disso. Você está atendendo exatamente as mesmas regiões espalhadas por todos os EUA com metade do número de escritórios e uma redução significativa em motoristas de caminhão e custos de combustível.”


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Quando os CEOs analisam as oportunidades de expansão dos negócios, a Location Intelligence oferece a eles a confiança de que um novo mercado responderá ao produto ou serviço da empresa.


Desenvolva e promova as melhores pessoas e as melhores práticas

 

Em uma economia agitada como a dos Estados Unidos nos dias atuais, a aquisição e a retenção de talentos é uma preocupação para os CEOs. Para executar um planejamento confiável ao longo prazo, o CEO deve estar alerta para dados concretos e sutis sobre onde os talentos estão e como a empresa pode aproveitá-los.

A Location Intelligence desempenha um papel importante nessa questão. Os CEOs podem mapear dados quantitativos, como mostram os resultados de um estudo recente documentando a migração de profissionais da geração do milênio para as grandes cidades. Os executivos podem usar a tecnologia GIS para identificar essas mudanças demográficas antes que os concorrentes o façam.

A inteligência de localização também ajuda os CEOs a identificar talentos e práticas notáveis ​​dentro de uma empresa. Um painel de controle de nível estratégico pode exibir as localizações dos funcionários mais bem avaliados em uma empresa global e destacar grupos de desenvolvimento de produtos que mais contribuem para a receita da organização.

Com essa inteligência, um CEO pode garantir que as melhores práticas sejam aplicadas e sempre aprimoradas, e que os funcionários de alto desempenho sejam incentivados, mantidos na empresa e promovidos.

Garantir que o time e a cultura da empresa reflitam a diversidade da base de clientes

 

Os CEOs de hoje têm como objetivo criar equipes que reflitam a demografia dos mercados atendidos pela empresa. Nessa busca, a produtividade é tanto um orientador quanto um princípio. Um estudo de 2013, destacado na Harvard Business Review, constatou que as empresas com equipes diversificadas têm uma probabilidade 45% maior de crescimento ano após ano.

O objetivo é fomentar uma cultura que atraia ideias de um grupo forte de colaboradores, cujas perspectivas reflitam os interesses, as preocupações e as sutilezas da população consumidora.

O resultado: uma força de trabalho diversificada inova e tem um desempenho melhor!

 

Para converter essa filosofia de negócios em prática, a equipe executiva pode contratar funcionários que representam algumas características dos principais clientes.

A tecnologia GIS guiou esse processo por décadas. Por exemplo, “Maria” pode ser uma mãe trabalhadora com alta renda disponível, altas expectativas de atendimento ao cliente e fidelidade a marcas com programas de sustentabilidade. “Gabriela” pode ser uma jovem que trabalha na indústria de serviços financeiros, com um gosto forte pela cultura pop. O mapeamento inteligente pode revelar onde esses e outros grupos trabalham, vivem e possuem atividades de lazer.

Proteja e fortaleça a reputação da empresa no mercado

 

A reputação de uma empresa pode mudar de um dia para o outro com a notícia de uma violação de dados do cliente ou do comportamento inadequado de um executivo. Casos recentes desse tipo incluem a Theranos e a Cambridge Analytica.

Para a maioria das empresas, porém, a reputação se deteriora de maneiras muito mais sutis, em canais numerosos demais para serem contados. Considere o impacto que um Tweet pode ter, vindo de alguém com influência significativa. Em seguida, considere a amplitude e a complexidade de todos os Tweets direcionados a uma empresa. A Nike, por exemplo, foi mencionada 2,7 milhões de vezes em dois dias de setembro de 2018 (e esses são apenas os Tweets).

Peter Buell Hirsch, sócio global da consultoria de reputação e líder de risco da Ogilvy, elogia o papel dos “mapas de influenciadores” para ajudar os executivos a entenderem de onde vêm os conceitos sobre uma empresa ou indústria. Uma combinação da tecnologia GIS e análise de sentimentos pode criar esses mapas, peneirando milhões de indicadores em tempo real para revelar sinais dignos da atenção de um CEO.

Com esse nível de informação, os executivos podem usar o GIS para rastrear outros indicadores de influência – desde vendas em mercados específicos até feedback da equipe de vendas e de prestação de serviços que estão na linha de frente.

Se pontuações baixas aparecem em determinados locais, os executivos podem analisar se a discrepância está relacionada aos profissionais da empresa, aos seus clientes ou ambos. A identificação da causa ajuda a evitar que o problema se desenvolva em outro lugar. Dessa forma, o insight baseado em localização ajuda a empresa a aprimorar produtos e serviços e a melhorar sua reputação como uma empresa que se adapta e que está preparada para o futuro.

Crie uma empresa atenta aos insights da localização

 

Jeff Bezos, que liderou a Amazon desde a sua fundação em 1994, disse em uma entrevista em 2017 que seu trabalho como CEO é tomar algumas grandes decisões a cada dia. Para qualquer CEO que aspirasse ao sucesso da Amazon, o conselho é instrutivo. Mas, pode ser complementado.

Afinal, tomar algumas decisões significativas a cada dia só é possível quando a boa intuição se baseia em bons dados. E encontrar bons dados, potencializados pela Location Intelligence, exige um esforço concentrado do CEO e da equipe executiva. Nas palavras de Horan, “CEOs devem criar uma cultura que faça a Location Intelligence ser um recurso confiável para a empresa.”

O guia acima oferece uma estrutura sobre como os CEOs podem aplicar essa percepção. Diz McCormick, da Forrester, “A maioria das empresas pode sobreviver sem uma estratégia baseada em insights, mas isso não será verdade por muito tempo.”

“Você ainda pode trabalhar, você ainda pode competir, você ainda pode existir”, explica ele.

“Mas você está rapidamente perdendo participação de mercado ou, com certeza, está perdendo sua competitividade no mercado. E haverá um tempo entre agora e por volta de 2021, onde se você não tiver uma estratégia orientada por insights e se você não estiver em algum lugar na estrada da transformação digital, você já terá perdido a corrida.”


FONTE: Business Advantage through Location Intelligence: The CEO’s Guide (WhereNext Magazine – Esri)


 

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Veja também:

Executivos da Esri dão dicas valiosas para alavancar vantagem competitiva

Além da análise preditiva – Por que a ciência de dados e a geolocalização se tornaram fundamentais na estratégia do varejo?

 

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