As constantes intervenções do homem sobre o meio natural têm provocado uma série de impactos ambientais, com repercussões em diferentes escalas, tendo implicações tanto localmente, bem como em âmbito global. Dentro da ampla diversidade de impactos decorrentes da ação humana, a temática das mudanças climáticas está no topo da lista de preocupações, uma vez que se trata de um problema que transcende as fronteiras nacionais, afetando todos os povos de nosso planeta.
Diversos estudos envolvendo as causas e consequências das mudanças climáticas têm apontado que as atividades industriais apresentam papel fundamental na elevação da temperatura média da Terra.
Essa elevação da temperatura ocorre devido à emissão de gases causadores de efeito estufa (também conhecidos pela sigla GEE em português ou GHG em inglês).
Os gases de efeito estufa consistem em gases cujas moléculas são formadas por três ou mais átomos, tais como água (H2O), Dióxido de Carbono (CO2), Metano (CH4), Óxido Nitroso (N2O), entre outros.
De modo simplificado, é possível afirmar que tais gases são capazes de absorver a energia infravermelha refletida pela superfície de nosso planeta, transformando-a em calor.
Ao longo da história geológica de nosso planeta, esse fenômeno foi essencial para o surgimento da vida. Sem o efeito estufa, a Terra seria um ambiente extremamente inóspito, com temperaturas variando de extremos congelantes durante a noite ao calor tórrido durante o dia. Deste modo, podemos afirmar que o efeito estufa é fundamental à manutenção da vida na Terra.
Contudo, desde a revolução industrial o mundo está vivenciando um cenário de aumento nas emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa, alterando o tênue equilíbrio existente em nossa atmosfera.
Com uma quantidade maior destes gases diluída em nossa troposfera, ocorre um fenômeno conhecido como “quebra do equilíbrio radiante”, o qual tem como consequência o aquecimento das temperaturas médias em escala global.
Apenas para melhor entendimento, neste ponto é válido destacar uma rápida explicação da dinâmica envolvida no aquecimento global. Em situações normais, a quantidade de radiação que entra em nosso planeta é a mesma que é irradiada de volta ao espaço. Isso é denominado de equilíbrio radiante.
Com o aumento na presença de gases capazes de interagir com essa radiação, ocorre uma retenção desta energia na atmosfera, elevando gradativamente sua temperatura, uma vez que parte da radiação que seria reemitida ao espaço é absorvida, ficando retida pelas moléculas desses gases.
Este saldo energético retido na troposfera é o responsável pelo aquecimento anômalo que temos vivenciado ao longo do período pós-industrial.
Considerando que os impactos das mudanças climáticas têm repercussão global, muitas empresas têm assumido a responsabilidade de mitigarem os impactos de suas atividades por meio da adoção de uma série de políticas e compromissos voltados à melhoria em seus indicadores de sustentabilidade.
Tais ações envolvem a adoção de tecnologias que permitam o controle e redução na emissão dos gases de efeito estufa, tendo por base padrões internacionais, como por exemplo o GHG Protocol. Desta forma, têm se procurado adotar modernos sistemas computacionais capazes de gerenciar as emissões.
Tais tecnologias são fundamentais para que se alcance uma operação carbono-zero, tornando possível, inclusive, incursões no mercado de crédito de carbono.
Dentro do universo das plataformas digitais disponíveis para controle, gestão, aquisição e compartilhamento de dados referentes às emissões industriais, um sistema de informações geográficas (GIS) é um grande aliado, sendo a abordagem mais adequada para se lidar com as complexas problemáticas envolvendo a área de sustentabilidade.
Considerando os segmentos industriais, um dos que mais se beneficiam da adoção de tais sistemas é o setor de mineração.
Estigmatizada por deixar profundas marcas no planeta, atualmente a mineração se apoia na tecnologia GIS como principal aliada na busca da ambiciosa meta de atingirem o status de indústrias carbono-zero, evidenciando à sociedade que danos ambientais não fazem mais parte do cotidiano da indústria.
Ao atenderem as normas internacionais em relações às emissões, as grandes corporações podem se desvencilhar da associação entre suas operações e eventuais impactos ambientais.
Assim, algumas empresas líderes do setor passaram a serem consideradas referências quanto à utilização de tecnologia para conciliar produtividade, sustentabilidade e qualidade de vida às comunidades envolvidas.
Ao possibilitar a integração de dados quantitativos e qualitativos de diferentes origens, a tecnologia GIS é capaz de apoiar o setor industrial a alcançar o grande objetivo geral: o desenvolvimento de um mundo sustentável e com maior qualidade de vida a todos!
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