Entrevistamos Mário Lazarini, Supervisor de Operações Agrícolas do Tietê Agroindustrial e Miguel Prieto, Coordenador de Geotecnologias da empresa BP Bunge Bioenergia, para sabermos mais sobre como a plataforma e a automatização de processos no ArcGIS tem trazido grandes ganhos operacionais e impactado os resultados positivos no dia a dia das empresas. Veja abaixo:
Há muitos anos o ArcGIS tem se consolidado como a principal plataforma para gerenciamento e análises de dados geográficos no setor sucroenergético brasileiro.
São muitas as etapas do processo produtivo da cana que necessitam estar especializadas, a fim de garantir a alta precisão na execução das tarefas de campo e, posteriormente, a organização das informações em escritório. E este é o core business do ArcGIS!
O dinamismo da indústria sucroenergética no Brasil possui um crescimento exponencial, exigindo que as tarefas sejam executadas cada vez mais com agilidade, sem perder a qualidade dos entregáveis. Isso só é possível com a automatização computacional de tarefas repetitivas, como por exemplo, a execução de análise de qualidade dos canaviais através de imagens de satélite.
Veja como exemplo o passo a passo a seguir onde demonstramos como você pode utilizar as ferramentas do ArcGIS Pro para iniciar um projeto de automatização de processos. Neste caso você não precisa digitar nenhuma linha de código!
Passo 1: Criando um fluxo de tarefas através da ferramenta ModelBuilder:
Passo 2: Executando o modelo criado como uma ferramenta de geoprocessamento:
Passo 3: Exportando o modelo criado para arquivo Python:
Passo 4: Criando uma tarefa agendada no ArcGIS Pro para execução automática do modelo:
Para os mais avançados, a Esri fornece o ArcGIS Developers, que além de possibilitar a automatização de tarefas, também lhe dá as ferramentas e autonomia necessária para construir aplicações com mapas e análises.
Neste artigo você confere uma breve entrevista realizada com dois grandes players do mercado e clientes Imagem, BP Bunge Bioenergia e Tietê Agroindustrial, demonstrando como o trabalho deles com a plataforma e a automatização de processos no ArcGIS têm trazido grandes ganhos operacionais e impactado os resultados positivos das empresas.
Os entrevistados são Miguel Prieto (BP Bunge Bioenergia) e Mario Lazarini (Tietê Agroindustrial).
Confira a entrevista:
1) Há quanto tempo você é usuário do ArcGIS? E há quanto tempo você começou a estudar sobre a automatização de tarefas no ArcGIS?
Miguel Prieto: Sou usuário do ArcGIS há 13 anos e venho estudando sobre automatização de tarefas e processamento em lote desde 2018.
Mario Lazarini: Aproximadamente há 13 anos a gente vem conhecendo e utilizando a ferramenta ArcGIS. Tínhamos o conhecimento da possibilidade de se trabalhar com automatização de tarefas no ArcGIS desde 2018, entretanto começamos a utilizar a ferramenta em meados de 2019.
2) Em quais problemas de negócio as automatizações de tarefas do ArcGIS estão implementadas em sua empresa hoje?
Miguel Prieto:
• Extração de vetores CAD;
• Conferência ERP-GIS;
• Atualização de geodatabase;
• Atualização de mapas temáticos, pacotes de mapas móveis e publicação de mapas para consumo em aplicações de campo (Navigator e FieldMaps);
• Cálculos para prospecção de áreas;
• Projetos para sistematização e plantio atualizando app de campo e dashboard;
• Cálculos para mapas de taxa variável e fertilidade do solo atualizando dashboard;
• Fechamento de áreas plantadas;
• Análises operacionais/fechamento de terceiros atualizando dashboard;
• Formulários para auditorias linkados a dashboard.
Mario Lazarini:
• Divergência entre mapas CAD e ERP da empresa. Através da automatização conseguimos solucionar esse problema, uma vez que de forma automática, mapas e ERP são atualizados simultaneamente;
• Eliminamos a necessidade de estar atualizando nossos arquivos .SHP de forma manual. Com isso não corremos risco de trabalhar com arquivos desatualizados e com erros;
• Tínhamos um problema nas aberturas de OS uma vez que os colaboradores utilizavam mapas desatualizado, o que foi solucionado pela rotina automatizada;
• Com a automatização conseguimos criar dashboards atualizados automaticamente fornecendo mais informações geoespaciais, expandindo as possibilidades de gestão de outros setores;
• Através do Survey123 conseguimos eliminar todos os apontamentos que antes eram feitos em papel e automatizar o consumo dessas informações através da parceria entre ESRI e Microsoft;
Utilizamos uma API com o Survey123 para realização dos apontamentos e o Power BI para montagem dos dashboards.
3) Hoje você possui uma automatização via Python no ArcGIS para converter arquivos CAD para GIS. O que motivou a migração dos arquivos CAD para GIS?
Miguel Prieto: Capacidade que analistas corporativos têm para desenvolvimento, possibilidade de processamento em lote e centralizada e precisão nos cálculos.
Mario Lazarini: Sim hoje possuímos uma automatização via Python que converte arquivos DWG para MXD, APRX ou SHP. o que nos motivou foi a necessidade de agilizar os processos do setor de geotecnologia, uma vez que os equipamentos do Agro estão cada vez mais fornecendo dados para serem analisados. Se não automatizarmos o máximo possível o processo de transformação das informações para o consumo de toda a empresa, não conseguiremos aproveitar toda a tecnologia disponível no mercado.
4) Quais outros processos do seu negócio você pretende implementar no ArcGIS?
Miguel Prieto: Para esse ano temos o plano de eliminação de cadernos de mapas/formulários onde iremos subsidiar através dos processamentos existentes + FieldMaps e Survey123; Painéis interativos, utilizando ArcGIS Dashboards e ArcGIS Experience Builder; Roteirização através do ArcGIS Navigator.
Mario Lazarini: Continuar a automatização dos processos do setor de geotecnologia como Mapas de aplicação de vinhaça, Mapas de aplicação aérea, Mapas de Sistematização, Mapas para amostragem de solo. Implantação de mais formulários do Survey123 como, por exemplo, na comunicação de incêndio das áreas. Além disso, pretendemos iniciar um projeto com o ArcGIS Navigator em conjunto com o ArcGIS Network Analyst para impulsionar a eficiência dos roteamentos.
5) Como a Imagem tem lhe auxiliado a atingir seus objetivos?
Miguel Prieto: Fortemente, nos ajudando em um plano de trabalho e subsidiando através de esclarecimento sobre ferramentas inseridas dentro do ArcGIS Pro, além do fornecimento de trial do ArcGIS Navigator.
Mario Lazarini: A Imagem, através do programa de Sucesso do Cliente, mais especificamente o João Sobreiro, tem nos auxiliado muito em todo esse processo de transformação que estamos passando. Processo que não é fácil. Que somente foi possível através da colaboração e a troca de informações de todos.
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