Dados mais GIS é igual a apoio para alunos sem moradia

Felipe Seabra - Gerente de Marketing - Imagem Esri - Autor Portal GEO

Felipe Seabra

Gerente de Marketing - Imagem/Esri

Um grupo sem fins lucrativos com sede em Nova York usa a tecnologia da Esri para analisar dados sobre crianças e alunos sem moradia, produzindo mapas e infográficos destinados a informar políticas e direcionar recursos para áreas onde há mais necessidade.

O Institute for Children, Poverty & Homelessness (ICPH) usa o ArcGIS Desktop e o ArcGIS Online em sua pesquisa, análise e apresentação de dados relacionados à falta de moradia na infância. O ICPH publica as informações, inclusive os mapas, em relatórios como “On the Map: The Atlas of Student Homelessness in New York City 2018”.

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Mais de 100.000 crianças em idade escolar em Nova York são consideradas desabrigadas.

 

Mais de 2,5 milhões de crianças não tem moradia nos Estados Unidos, de acordo com o Centro Nacional de Falta de Moradia na Família, que faz parte dos Institutos Americanos de Pesquisa. Isso representa 1 em cada 30 crianças no país, e elas se encontram em toda cidade, condado e estado.

Nas áreas urbanas, os números são muito maiores.

“Há cerca de 1,1 milhão de crianças em idade escolar em Nova York, e mais de 1 em cada 10 delas são consideradas sem-teto.”

– diz Aurora Zepeda,
Diretora de Operações do ICPH.

O sistema de escolas públicas da cidade de Nova York é o maior do mundo. Inclui mais de 1.700 escolas, divididas em 32 distritos escolares comunitários de ensino fundamental e médio e cinco distritos de ensino médio.

Para ajudar a orientar as políticas, o ICPH estuda os dados disponíveis sobre a quantidade de desabrigados entre os alunos nesse vasto sistema escolar. A base para o apoio do governo federal é a Lei McKinney-Vento de Assistência aos Desabrigados de 1987. A lei define que crianças e jovens são desabrigados quando não possuem residência fixa, regular e adequada para passar a noite.

Compreendendo melhor o caso dos alunos sem moradia

 

Entre as principais publicações do ICPH está a série Student Homelessness in New York City. Essa pesquisa fornece uma imagem detalhada do caso, com mapas, tabelas, gráficos, infográficos e informações estatísticas. Inclui uma variedade de informações sobre todos os distritos escolares e é atualizado anualmente. É complementado pelo New York City Interactive Map of Student Homelessness, que o ICPH publicou por meio do ArcGIS Online.

Um mapa produzido pelo ICPH mostra, por porcentagem, o crescimento dos alunos desabrigados entre os anos letivos de 2010-11 e 2016-17. Em algumas partes da cidade, as porcentagens saltaram em mais de 80% durante esse período, de acordo com os dados publicados no mapa.

A série também inclui as características mais importantes dos alunos desabrigados da cidade e as tendências da cidade que são importantes no desenvolvimento de políticas e programas para eles.

A publicação também fornece informações sobre a distribuição geográfica de alunos sem moradia em toda a cidade e como os resultados educacionais variam dentro de cada distrito escolar. Uma estatística citada em um relatório, por exemplo, é que quase 1 em cada 6 alunos sem moradia abandonou o ensino médio antes da formatura. Em sua publicação, o ICPH oferece um exame aprofundado dos alunos em cada distrito escolar.

“As informações que fornecemos em Student Homelessness in New York City são usadas no planejamento e na priorização nos níveis local, distrital e municipal do sistema de escolas públicas de Nova York.”

– diz Zepeda.


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As camadas operacionais dos conjuntos de dados do ICPH em Nova York incluem alunos sem moardia em escolas públicas e autônomas da cidade, além de abrigos, recursos comunitários, habitação econômica e limites municipais. Os dados vêm da US Census Bureau, do Centro Nacional de Estatística da Educação (EUA), do Departamento de Educação de Nova York e de várias outras agências da própria cidade.

O Departamento de Educação de Nova York oferece acesso a dados anônimos no nível dos alunos sobre todas as crianças que frequentam as escolas públicas da cidade. Esses dados são registrados no fim de cada ano letivo e são vinculados a informações anuais sobre o status de moradia do aluno por meio de um identificador único codificado do aluno. Todos os alunos são geocodificados com base na última escola em que estiveram matriculados e no seu número de distrito escolar.

“Quando você adiciona a capacidade de análise e mapeamento do GIS à avaliação da falta de moradia, fica mais fácil identificar as áreas que podem se beneficiar de recursos alocados e de campanhas direcionadas e, posteriormente, fornecer um apoio melhor aos alunos sem teto. Curiosamente, encontramos escolas próximas umas das outras que têm perfis de alunos que não possuem moradia, completamente diferentes. Ou seja, uma escola pode ter um número relativamente baixo de alunos que não têm onde morar, enquanto outra tem um número muito maior. Isso talvez se deva a diferentes fatores, como a revitalização da comunidade, a gentrificação ou a segregação de um bairro pelas principais vias que passam por ele.”

– diz Kristen MacFarlane, ex-Analista Sênior de GIS do ICPH.

Usando informações baseada em fatos para reduzir a falta de moradia

 

O ICPH é uma organização independente de pesquisa de políticas públicas. Sua missão é colocar em foco a falta de moradia na família e na infância por meio de pesquisas, informes sobre políticas e ferramentas de dados interativas, além de promover um diálogo robusto e baseado em evidências sobre os desafios enfrentados por famílias e crianças que não têm onde morar.

Uma análise determinou que o estresse da incerteza criada pela falta de moradia, juntamente com outros fatores correlacionados à experiência de instabilidade habitacional, pode afetar muito o desempenho escolar de um aluno.

Por exemplo, é muito mais provável que alunos desabrigados peçam transferência de escola, faltem ou sejam suspensos com mais frequência, abandonem a escola, tenham taxas de proficiência mais baixas em avaliações estaduais ou precisem de atenção especial em comparação com seus colegas com moradia fixa.

“Acreditamos que, em sua raiz, a falta de moradia dos alunos e os obstáculos educacionais resultantes devem ser abordados em nível local. Por isso, usamos uma variedade de dados em nossas publicações, incluindo dados geoespaciais, para informar as agências locais e o público sobre os efeitos da falta de moradia para as crianças e famílias. Somos um grupo de pesquisa de políticas que se concentra nas crianças deesabrigadas e em suas famílias porque eles são ocultos. Ou seja, é mais provável que eles vivam com amigos ou parentes, tornando mais difícil contabilizá-los e fornecer-lhes os serviços necessários.”

– diz Zepeda.

O ICPH também produz uma série nacional sobre educação estadual. “Nesse projeto, analisamos os distritos escolares de cada estado”, diz Zepeda. “É um projeto complexo porque os distritos escolares podem se sobrepor em alguns estados. Essencialmente, examinamos diferentes subgrupos entre alunos sem moradia (como os portadores de deficiências) para ajudar a informar os distritos escolares locais e os governos estaduais e federais sobre a necessidade de apoio e de alocação de financiamento educacional.”

A educação é fundamental para superar a falta de moradia

 

“Descobrimos que a falta de moradia é uma questão generalizada. É encontrada em toda parte e afeta tudo, mas a educação pode quebrar o ciclo de pobreza e de falta de moradia. Nossa meta é fornecer informações estatísticas definitivas de forma compreensível para que os tomadores de decisão possam usá-las para ajudar os alunos sem teto a atingir seu pleno potencial.”

– diz Zepeda.


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