Cidades Inteligentes: expectativa de Serviços Melhores

Letícia Mose - referência em SIG no Brasil - Especialista Esri - Governo Municipal e Federal - Marketing Técnico Imagem Esri - Portal GEO

Letícia Mose

Marketing de Verticais

Abaixo você confere o artigo escrito por Letícia Mose, Marketing de Verticais da Imagem, publicado na Revista Valor , falando sobre a expectativa de Serviços Melhores em Cidades Inteligentes, tendo as Geotecnologias como peça-chave. Confira!

Quanto mais conectadas, mais as Cidades Inteligentes melhoram a mobilidade, o meio ambiente e a segurança, contribuindo para o bem-estar dos cidadãos.

A chegada da tecnologia 5G ao Brasil deve potencializar o conceito de cidades inteligentes em que a tecnologia de ponta totalmente conectada é aplicada no desenvolvimento de um ambiente urbano melhor para todos os cidadãos.

Mais do que uma cidade digitalizada, a cidade inteligente é aquela que promove, por meio da inovação e interatividade, o bem-estar de toda a população nas mais diversas áreas, como mobilidade, meio ambiente, saneamento, desburocratização, segurança, educação, saúde, entre outras.

Durante muito tempo, o conceito de cidade inteligente era restrito à adoção de modernos serviços digitais públicos, como semáforos sincronizados, câmeras de vigilância nas vias públicas, centros de controle de defesa civil e serviços de atendimento rápido ao cidadão para emissão de documentos pessoais ou guias de serviços.

Mas o conceito vai além de todos esses serviços digitais para serem considerados inteligentes, também devem ser inovadores, conectados às políticas públicas e atender a todos que vivem ou trabalham na localidade.

Não adianta uma cidade possuir diversos serviços digitais se eles não estão acessíveis e não mudam a realidade de quem precisa. Uma cidade inteligente deve usar as diferentes tecnologias disponíveis como base de sustentação de suas ações sociais, ambientais e de governança, melhorando a qualidade de vida dos cidadãos e reduzindo orçamentos“, afirma a geografa Leticia Mose, especialista em sistemas de informação geográfica (GI5) para cidades e governos da Imagem Geosistemas, que presta serviços de implementação de tecnologia avançada e análise de dados.

Em uma sociedade cada vez mais conectada pela internet e dispositivos móveis, a demanda por serviços públicos disponibilizados de forma digital será o futuro na relação entre governo e sociedade“, acrescenta ela.

Com a chegada do 5G, a adoção da internet das coisas (loT) será naturalmente acelerada, multiplicando a interatividade e a conectividade entre objetos e pessoas e potencializando o conceito de cidade inteligente.

Será possível conectar veículos a semáforos e luminárias públicas, por exemplo, que serão acionados conforme a intensidade do trânsito em cada local“, observa Igor Calvet, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

Uma cidade inteligente oferece melhores condições de vida aos cidadãos à medida que garante mais segurança, melhora o acesso às escolas e torna o transporte mais sustentável“, diz Roberto Speicys, CEO da Speicys, empresa de inovação que desenvolve soluções tecnológicas urbanas.

Durante a pandemia, a empresa desenvolveu uma plataforma de gestão inteligente de sistemas de transporte público de acordo com as de mandas verificadas em cada momento – uma vez que elas oscilaram muito ao longo da emergência sanitária as características de cada cidade beneficiada.

A ferramenta, chamada Trancity, foi adotada por prefeituras como as de São Paulo, São José do Rio Preto (SP) Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Ao identificar as rotas que precisam de maior volume de ônibus, assim como os horários de maior demanda de tráfego e os pontos de gargalo, a administração municipal consegue melhorar o trânsito de maneira geral. Informações assim permitem usar os recursos públicos de uma maneira mais eficiente“, explica Speicys.

Ele cita estudo da consultoria MicKinsey, segundo o qual uma cidade de 5 milhões de habitantes com serviços digitais avançados pode reduzir a criminalidade em até 40% e os gastos de saúde em cerca de 15%, além de proporcionar aos cidadãos 30 minutos livres por dia, em média.

Outros modelos e programas de cidades inteligentes se espalham pelo país. Em junho deste ano, foi aprovada a lei Federal 182/21, que autoriza a criação de sandboxs” espaços ou regiões apropriados para o desenvolvimento de modelos tecnológicos inovadores envolvendo projetos e parcerias privadas e o poder público.

O objetivo da lei é estimular o empreendedorismo, pesquisas e novas tecnologias que podem-se espalhar para outras partes do país. Entre os equipamentos instalados na Vila A para facilitar a vida dos moradores estão semáforos e luminárias inteligentes, câmeras de monitoramento, rede de comunicação (por fibra óptica) pontos de ônibus inteligentes (com painéis eletrônicos informando os horários) wi-fi gratuito em áreas abertas e um Centro de Controle de Operações (CCO) que monitora e integra todas as soluções tecnológicas instaladas no bairro.

Os equipamentos são validados pela população local, que também pode opinar sobre a eficiência deles no dia a dia. As cidades inteligentes também utilizam a tecnologia para tomar a sua relação com os moradores menos burocrática: Um dos exemplos é a Zona Azul Digital, implementada em diversas cidades do país, que facilitou a vida do cidadão ao eliminar a necessidade de compra do talão de papel para garantir uma vaga de estacionamento na rua.

Com o passar do tempo, muitas tecnologias evoluíram e ficaram mais acessíveis“, constata Aleksandro Montanha, presidente do comité de cidades inteligentes da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abine).

No Recife, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) conseguiu reduzir 70%o número de delitos em suas áreas de operação com a instalação de um sistema inteligente de vídeo monitoramento integrado a órgãos como a Policia Militar e o Samu. “Com isso, passamos a ter um panorama completo da situação, o que nos dá muito mais agilidade para tomar decisões“, relata Eduarlo Ferreira Lima, sócio-diretor da Avantia, empresa responsável pela implementação do sistema.

Para vigiar os movimentos de passageiros em 38 estações e 24 quilômetros de vias no sistema ferroviário da capital pernambucana, a CBIU instalou 1380 câmeras.

Na definição do Smart Cities Council, rede global que reúne boas iniciativas e programas que facilitam a vida urbana, uma Cidade Inteligente utiliza a tecnologia da informação para melhorar a “habitabilidade, viabilidade e sustentabilidade” dos núcleos urbanos, coletando, analisando e comunicando dados para aprimorar as tomadas de decisões dos governantes e da população.

Nesse sentido, a tecnologia não se traduz como garantia para o fim de um problema, mas uma maneira de conhecê-lo e solucioná-lo de maneira inteligente“, nota Sérgio Nunes, vice-presidente sênior da divisão de segurança, infraestrutura e tecnologias geoespaciais da Hexagon na América Latina.

A empresa, especializada em tecnologia da informação (TI) participa de um amplo projeto de monitoramento criado pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia e que deve ser instalado em mais de 70 municípios, com o objetivo de melhorar a segurança pública no estado e reduzir os índices de criminalidade.

Mais do que a tecnologia em si, dizem os especialistas, o que caracteriza uma cidade inteligente é a capacidade de inovação de seus agentes e a conectividade econômica com outros lugares, além de promover a qualidade de vida da população e o desenvolvimento local sustentável.

A cidade inteligente não é influenciada apenas pelos avanços tecnológicos. Não adianta a prefeitura comprar um semáforo inteligente se a população não tiver acesso a serviços como esgoto, educação e salde“, ressalva Thomaz Assumpção, CEO da Urban Systems, empresa de consultora empresarial que há mais de 20 anos se dedica ao estudo de cidades inteligentes no Brasil.

A Urban Systems elabora um ranking anual de cidades inteligentes brasileiras que leva em consideração mais de 75 indicadores, como instalação de parques de inovação tecnológica, qualidade dos serviços de saúde, raio de cobertura de internet, extensão de fibra Óptica, oferta de universidades, pujança da economia local, aeroportos e acessos rodoviários.

Os indicadores são divididos nos seguintes eixos: mobilidade, meio ambiente, urbanismo, tecnologia e inovação, saúde, educação, empreendedorismo, economia, governança, segurança e energia. O relatório da Urban Systems contempla as cidades com mais de 50 mil habitantes, num total de 677 municípios.

As cinco cidades mais bem posicionadas no ranking 2021 de cidades inteligentes brasileiras são todas capitais. A primeira da lista é São Paulo, seguida por Florianópolis, Curitiba, Brasília e Vitória.

Mais do que a presença da tecnologia, que é muito importante, a cidade inteligente de fato é aquela que promove o seu desenvolvimento sustentável em todos os sentidos, possui interatividade econômica com outras localidades e explora todos os seus potenciais para reter e atrair novos habitantes Uma cidade dormitório, por exemplo, não é nada inteligente, E ainda há muitas delas no paísdiz Assumpção.

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