Novos padrões de consumo, economia volátil, sociedade polarizada e sustentabilidade em alta. Desde o início da pandemia, as empresas de varejo estão vivenciando uma transformação digital acelerada que possui como objetivo entender a complexidade dessas novas variáveis para se antecipar ao comportamento dos clientes e definir estratégias de negócios.
Uma tecnologia que existe desde os primórdios da computação e que vem se tornando essencial no mundo corporativo, são os Sistemas de Informações Geográficas, ou GIS na sigla em inglês. Isso porque esses sistemas permitem aplicar o poder da data Science a favor dos negócios, através de uma linguagem comum a todos os tipos de dados, relacionando-os com o poder da geolocalização, permitindo ter visões não vistas apenas em números e gráficos, mas sim em mapas, orientando a decisão.
Cada vez mais os dados nascem digitais e praticamente todos possuem em comum a localização. Essa componente geográfica permite transformar um grande volume de e variáveis em mapas que facilitam a decisão.
Mapas?! Sim, mapas. Por séculos eles nos dizem onde estamos, que somos e para onde vamos. E com o avanço das geotecnologias, o GIS está permitindo, cada vez mais, que as empresas respondam à pergunta “O que devo fazer”.
De acordo com o CAPPRA INSTITUTE, “O que devo fazer” se encontra no mais alto nível de valor do Data Science, estando a frente das análises preditivas (“O que vai acontecer”), dos diagnósticos (“Por que isso acontece”) e do descritivo (“O que está acontecendo”).
Fonte: Cappra Institute
O mais fascinante disso tudo é que o GIS permeia todos os estágios dessa cadeia de valor com o tempo real, IoT e captura da realidade (“O que está acontecendo”); com as análises espaciais (“Por que isso acontece”); com a Inteligência Artificial (“O que vai acontecer”) e finalmente com o mix de toda essa tecnologia, funcionalidades e integrações, traduzida numa linguagem visual, seja através de mapas, indicadores e dashboards daquilo que chamamos de prescritivo, ou seja a resposta de mais alto valor que procuramos: O que devo fazer?
Nesse sentido, não é de se estranhar que 87% das organizações entendem que os Sistemas de Informações Geográficas (GIS) exercem função importante para seus negócios e que 75% das empresas da Fortune 1.000 utilizam a mesma tecnologia GIS para ganhar vantagem competitiva. (Fonte FAST Company).
A ERA GEOANALYTICS NO VAREJO
Nada melhor do que impulsionar o faturamento da sua rede de maneira sustentável e ao mesmo tempo oferecer melhores serviços e experiências para seus clientes. Com base nesse desafio, posso citar diversas empresas que são líderes nos segmentos onde atuam e que utilizam o GIS como base no planejamento de suas campanhas. São casos de sucesso no uso do DATA SCIENCE ANALYTICS com a GEOLOCALIZACAO por empresas como NATURA, GRUPO RAIA, O BOTICÁRIO, OXXO, STARBUCKS, BURGUER KING e KFC.
A boa notícia é que essa tecnologia está acessível para todas as empresas, porém somente aquelas com mentalidade digital e que buscam chegar no nível de “data-driven company” buscarão esse diferencial competitivo.
É praticamente impossível imaginar uma estratégia vencedora no varejo sem considerar a geolocalização como um fator crucial nas análises, como o posicionamento dos players, dados demográficos, redes de distribuição, dados climáticos e milhares de variáveis somadas a informações específicas do seu business.
Você sabia quem, de acordo com a consultoria Company Expert, saber como o seu cliente se comporta pode ampliar os seus resultados de vendas entre 30% e 50%?
Creio que alguns dos dados que apresentei até aqui podem te ajudar a levar essa inovação para a sua empresa. E quem sabe podemos aproveitar grandes movimentações para acelerar esse processo? Podemos potencializar uma data tradicional de grande movimentação no varejo como a BLACK FRIDAY ou otimizar as campanhas durante a COPA DO MUNDO DE FUTEBOL.
O GIS pode apoiar no planejamento dos e-commerces de toda a cadeia de suprimentos para atender a alta demanda e superar as expectativas dos seus clientes. Pode conectar de maneira mais precisa os clientes certos com seus produtos certos. Durante os últimos 5 anos o interesse dos consumidores nas promoções de Black Friday dobrou. Além disso, 66% dos consumidores pretendem comprar algum produto este ano pensando na Copa, de acordo com pesquisa feita pelo Google. Sendo assim, a importância de um planejamento logístico eficiente considerando algumas variáveis ajuda na eficácia desses eventos para os negócios, algumas delas são:
- Onde estão minhas operações? Centro de distribuição, distribuidores parceiros, dark stores, mini hubs?
- Onde há reclamações de entregas fora do prazo? Ainda possuo gaps de cobertura? Vale a pena investir em mini hub considerando sortimento de produtos através de predições?
- Quais impostos são cobrados para transporte na área que estou planejando atuar? Qual o volume? Vale a pena a operação?
A tecnologia é o maior diferencial na experiência de compra dos usuários tanto de e-commerce quanto canais físicos. A aceleração e transformação digital nas operações logísticas e uso de tecnologia geoespacial, cada vez mais comum nas organizações são essenciais para alcançar melhor desempenho e enfrentar desafios de um mundo mais dinâmico e complexo.
Essa é a questão fundamental do varejo. Para um cliente comprar um produto depende de conectar fisicamente o cliente ao produto. O cliente e o produto devem ser reunidos em um local, e sse local normalmente é uma loja, isso requer entender se o cliente está disposto a ir até a loja e os fatores que afetam essa decisão.
Na prática, o data analytics e localização podem ser utilizados para:
- Predição de Demanda: Os consumidores em sua área querem ou precisam do que sua empresa oferece? Tem recorrência de venda? Qual volume? Comparado com uma área ótima para sua operação?
- Tamanho do mercado: quantos consumidores sua empresa pode segmentar e alcançar? É suficiente para o seu negócio atingir o ponto de equilíbrio e, em seguida, gerar lucro?
- Indicadores econômicos: os consumidores em sua área têm renda disponível suficiente comprar os produtos ou serviços que sua empresa oferece? Como está sua relação com esta região?
- Localização: a que distância sua empresa está de onde seus consumidores-alvo moram e é fácil para eles chegarem e saírem da sua loja? Você consegue atender demandas e-commerce nos prazos sugeridos?
- Saturação do mercado: Que outros negócios semelhantes já existem – e por quanto tempo – em a mesma área? Quais são seus pontos fortes e fracos relativos? Essa área precisa outro negócio semelhante? O campo competitivo já está muito cheio para romper?
- Preços: O que seus consumidores-alvo estão dispostos a pagar? Se já existem concorrentes em uma área, como o preço dos produtos e serviços que você oferece comparar com os de seus concorrentes? Se você não oferece um preço mais baixo, o que seu uma oferta comercial exclusiva que comprove o preço que você está pedindo aos clientes que paguem?
- Mix de Produtos: Está alocando estoque em local onde tem saída de determinado sortimento? Há estoque parado? Há demanda para determinada região? Organização do giro de estoque é fundamental para evitar custos, além de maximizar a experiencia do cliente.
- Fluxo de movimento de pessoas: Como determinada região se comporta? É mais diurna ou noturna? Quais hábitos de circulação, perfis e padrões dizem muito sobre o sucesso da operação dependendo da natureza da empresa e é fundamental analisar para determinados casos.
De um modo geral, nos referimos à localização em inteligência como o uso de mapeamento e dados geoespaciais, em combinação com dados de clientes internos de uma empresa, para melhorar a experiência do cliente e processos de negócios subjacentes. A inteligência de localização já está revolucionando a maneira como as empresas operam.
O mundo está se movendo mais rápido do que nunca, impulsionado por tendências de mercado emergentes, demandas de clientes em evolução e sistemas ricos em dados. Felizmente, a inteligência de localização pode desbloquear pistas importantes, orientando os varejistas para os locais mais propensos ao sucesso. E como eu disse, a boa notícia é que essa tecnologia está acessível para todas as empresas, mas somente aquelas com mentalidade digital e que buscam chegar no nível real de “data-driven company” buscarão esse diferencial competitivo.
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Muito bom o artigo. O uso de geomarketing é essencial para as empresas.