Nos últimos meses, a escassez de chuvas, os níveis dos reservatórios em queda e a elevada demanda de água tem pressionado as bacias hidrográficas na oferta deste recurso. A crise hídrica, que representa a falta de recursos hídricos para atender a demanda da população, atualmente já se tornou uma das maiores crises registradas nos últimos 90 anos.
As causas para a diminuição da disponibilidade hídrica das bacias são bem conhecidas. A escassez de chuvas devido a condições climáticas, ocupações irregulares em áreas sensíveis da bacia hidrográfica, a supressão vegetal em áreas de recarga ou no entorno de nascentes são alguns dos fatores que contribuem para a diminuição da disponibilidade hídrica.
Os impactos da crise hídrica atingem diferentes setores da sociedade. As usinas hidrelétricas passam a apresentar queda na capacidade de geração de energia, tornando fontes de energia menos recomendadas, como as termoelétricas, alternativas a serem adotadas para suprir a demanda de energia.
A queda na vazão de rios e no nível de reservatórios também pressionam as companhias de saneamento a adotarem políticas de racionamento de água, com intervalos intermitentes no fornecimento. O uso da água, para outros fins não potáveis, também passa a ser realizado de forma mais restrita.
Para garantir que as bacias tenham capacidade de suprir as demandas atuais e futuras de água, práticas de conservação e proteção do meio ambiente devem ser aplicadas de forma eficaz e estruturada considerando os diferentes aspectos da bacia (meio físico, químico, biótico e antrópico). Neste sentido, o GIS e a Location Intelligence possuem os recursos necessários para promover o planejamento, a coleta de dados, a análise e o monitoramento das bacias sob suas diferentes perspectivas.
O mapeamento das áreas de proteção de mananciais e nascentes, o monitoramento dos níveis dos reservatórios e da qualidade da água, a fiscalização ambiental, os estudos de previsibilidade para identificar situações críticas e de emergência e a regularização de áreas em situação inadequada são processos em que os recursos tecnológicos disponíveis no GIS podem otimizar e tornar mais efetiva as ações de conservação ambiental nas bacias.
Os estudos integrados ao GIS também contribuem e auxiliam governos e diferentes agentes da sociedade na tomada de decisão quanto a preservação das bacias. Abaixo, seguem alguns processos que também podem ser otimizados com o uso do GIS para a conservação dos recursos hídricos:
Conservação de bacias e mananciais, através da fiscalização e monitoramento de áreas de recarga e nascentes;
Proteção a biodiversidade, através do levantamento em campo da flora e da fauna local;
Despoluição de rios e reservatórios, através da identificação e gerenciamento dos pontos de descarga de efluentes na bacia;
Combate as perdas de água, através da identificação de perdas físicas e aparentes nos sistemas de abastecimento de água;
Redução da emissão de carbono, através do monitoramento de queimadas e diminuição do desmatamento nas bacias
Expansão das ligações de esgoto em regiões socialmente vulneráveis, através do mapeamento e da estimativa da produção de esgoto nestes locais;
Programas de Educação Ambiental, através do engajamento da comunidade nas diretrizes de proteção ao meio ambiente.
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