O artigo a seguir aborda tudo o que a Geotecnologia pode fazer pela Gestão da Estrutura Educacional e foi criado pela equipe de Trainee da Imagem, que é composta por Bruna Candeia, Italo Giullian, Matheus Bertuci e supervisionada pela Especialista GIS para Governos Municipais e Estaduais Letícia Mose.
Considerando a necessidade de disponibilizar à população um ensino público de qualidade e que permita aos alunos melhores condições de aprendizado, diversos são os desafios enfrentados pelas secretarias de educação, entre eles, podemos citar: instalar, reparar, administrar e fiscalizar os equipamentos que compõem a rede de ensino; administrar, avaliar e controlar o sistema de ensino promovendo sua expansão qualitativa e atualização permanente; além de realizar estudos embasados em análises estatísticas, no combate sistemático à evasão escolar, repetência e todas as causas de baixo rendimento dos alunos.
Para executar uma gestão escolar onde seja possível cumprir com tais obrigações e entregar um serviço de qualidade à população, faz-se necessário que a Secretaria tenha conhecimento e controle sobre os dados e informações a respeito da infraestrutura dos equipamentos educacionais sob sua responsabilidade, além de mecanismos capazes de ter por medida o desempenho dos discentes beneficiados pelo seu sistema educacional.
Mediante a esses fatos, é indispensável que a estrutura (infraestrutura e desempenho) escolar seja objeto de observação constante e minuciosa, uma vez que se faz importante não só pelas suas dimensões físicas, mas também pelas suas dimensões sociais e de aprendizagem.
Todos os dias vemos cases de sucesso do uso do GIS no setor Elétrico, de Telecomunicações, Saneamento, Agronegócios, Varejo, Mineração e até no Governo, muito popular no Planejamento Urbano e Meio Ambiente.
Mas como o GIS pode melhorar a gestão dos equipamentos educacionais?
Garantindo maior conhecimento, controle e gestão da qualidade e desempenho da rede de educação;
Dando maior celeridade no levantamento de informações, identificação de demandas e ações para o melhoramento da infraestrutura presente nos equipamentos educacionais;
Permitindo maior celeridade no report de informações à Secretaria Estadual de Educação, INEP e Ministério da Educação;
Embasando novos projetos de políticas públicas com dados;
Proporcionando maior assertividade durante a alocação dos recursos destinados à educação.
Sendo assim, separamos algumas ferramentas capazes de auxiliar os responsáveis pela gestão pública dos equipamentos educacionais na tomada de decisão.
1. Mapeamento: atualmente o governo brasileiro é responsável pela administração de 179.533 mil escolas públicas.
No Censo Escolar de 2018 realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) percebeu-se que 26% das escolas não contam com abastecimento público de água e 49% não tem acesso a rede pública de esgoto.
Em 2020, segundo pesquisa do Datafolha 29% das escolas não possuem acesso à internet.
Mas, como identificar onde estão, justamente, essas escolas que não possuem abastecimento público de água e esgoto, e que não tem acesso à internet, por exemplo? E a resposta é, através do mapeamento e integração das informações, e os mapas digitais são uma ótima alternativa nesse sentido.2. Painéis de gestão: a grande maioria das Secretárias de Educação não tem os dados referente aos equipamentos educacionais mapeados, no entanto possuem os dados em forma de tabelas e relatórios a serem utilizadas durante reuniões de equipe e de gestores, mas até que ponto a informação pode ser gerada a partir dos dados apresentados nesses formatos?
Será possível responder quais escolas apresentam as menores taxas de IDEB e SAEB e se esses baixos índices possuem alguma relação com a localização atual da escola ou com alguma característica sociais presente na comunidade a qual a escola dá suporte?
Os painéis ou Dashboards, como também são conhecidos, são considerados fortes aliados da gestão, são uma espécie de ferramenta de report, uma vez que são capazes de apresentar dados através de aspectos visuais como: mapas, gráficos, indicadores, lista etc., permitindo identificar lacunas de equidade e oportunidade, embasando assim a tomada de decisão assertiva.3. Fluxos de trabalho: a dificuldade de diálogo interno nas escolas aumenta à medida que elas crescem.
Quanto mais ambientes a escola possui mais ações, melhorias e/ou manutenções são necessárias.
Para que não se perca meio as interações, é necessário que os fluxos de trabalhos sejam bem estruturados e as interações entre os colaboradores seja organizada, facilitando o contato para a execução das atividades.
O aumento da produtividade, portanto, é fruto de um esforço para estabelecer o processo adequado e otimizado, sendo de extrema importância que os gestores possam monitorar em tempo real as atividades a serem realizadas em uma determinada escola, além de identificar as escolas que necessitam de manutenções de forma mais eficiente.
Logo, os sistemas de fluxo de trabalho que permitem a criação, atribuição e acompanhamento das ordens de serviços as equipes de manutenção, em tempo real, são uma excelente pedida.4. Aplicações móveis para fiscalização: como já mencionado anteriormente, o Brasil, atualmente, conta com 179.533 mil escolas públicas. Se levarmos em consideração que cada escola passa por duas fiscalizações por ano, ao término do ano 359.066 mil fiscalizações devem ter sido realizadas, e 359.066 questionários físicos deverão ter sido digitalizados manualmente, processo este que demanda não apenas mão de obra humana, mas demanda um valor considerável de tempo e urgência, visto que os dados presentes em tais questionários são a base para a tomada de decisão por parte da alta gestão.
Tais desafios relacionados à eficiência operacional na coleta de dados em campo e atualização da base de dados podem ser superados graças a ferramentas mobile que utilizam da geolocalização e da sincronização dos dados em tempo real de maneira fácil e intuitiva, sendo possível a realização de auditorias de novas escolas e das escolas já existentes com atualização em tempo real das características avaliadas, tudo isso na palma da mão dos trabalhadores móveis.
O uso da tecnologia pode otimizar um trabalho manual obsoleto e oferecer novas formas de gerir as atividades da força de trabalho em campo. Um dos resultados mais nítidos para os gestores é a produtividade nas tarefas de coleta de dados em campo.
Mas, o GIS na educação, definitivamente, não se limita ao gerenciamento da infraestrutura escolar, ainda podemos citar o censo escolar, gestão dos discentes e docentes, otimização do sistema de transporte escolar, administração da merenda, além de serviços de apoio a informação para aos cidadãos.
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